PSDB e o HDT ( Hospital referencia para tratamento da Aids em Goiás)
Funcionários e acompanhantes de pacientes do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em
Goiânia, queixam-se da falta de medicamentos na unidade, que é considerada referência em tratamento infectológicos e dermatológicos, entre outros.
Segundo a balconista Morgana Barbosa Souza, para realizar atendimento médico os funcionários chegam a pegar remédios de outros hospitais. “Esses dias chegou uma criança em estado grave e estava sem remédio para atender ele. Os funcionários tiveram que sair correndo até um Cais para pegar os medicamentos emprestados”, revela a jovem, que está com o filho internado no local.
A tia de uma paciente que está com suspeita de dengue afirma que ela mesma realizou esse procedimento para a sobrinha ser atendida e conseguir uma vaga na UTI. “Tive que ir por conta própria pedir os medicamentos em outra unidade hospitalar. Além disso, fiquei sabendo que até a lavanderia está sendo afetada. A situação de todo HDT está precária”, revela a mulher que preferiu não ser identificada.
Em protesto com a atual situação do HDT, os funcionários da unidade realizaram uma paralisação de dez minutos na quarta-feira (28). De acordo com alguns deles, o corpo clínico do hospital decidiu que se a situação não melhorar até a próxima segunda-feira (2) haverá paralisação total. A dona de casa Flávia de Sousa Macedo, afirma que ouviu a conversa de uma médica dizendo: “Se os materiais que estão faltando no hospital não forem comprados nos iremos fazer uma paralisação”.
Com o filho internado em estado grave no Hospital de Doenças Tropicais, o serralheiro Gilmar Borges irá pedir ajuda ao Ministério Público (MP-GO) para que a situação não se agrave ainda mais na unidade médica. “Para conseguir internar meu filho na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] do HDT foi difícil. E, se o atendimento for paralisado em qual outro hospital vou conseguir essa vaga? A unidade realmente vai parar por causa da falta de medicamentos?”, questiona o serralheiro.
Medidas
De acordo com o superintendente executivo da Secretaria Estadual de
Saúde, Halim Girad, todos os procedimentos estão feitos para garantir a melhoria no atendimento do HDT. “Assim como nos outros hospitais públicos do estado, o HDT também tem passado por momentos difíceis. Por isso, estamos trabalhando para mudar esse paradigma para sempre, pois, a população e o governo não podem conviver com esse tipo de situação. Resolveremos esses problemas da falta de medicamentos unidade em até 50 dias. Uma Organização Social (OS) será escolhida para administrar a unidade”, conclui o superintendente.
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