Um ano após desabamento, terreno da
igreja Renascer segue vazio no Cambuci
Decisão da Justiça suspendeu obras de reconstrução da sede na zona sul de São Paulo
Veja fotos de como a região da igreja está hoje
Na tarde do sábado (16), a reportagem do R7 foi até o local do desabamento e constatou a paralisação das obras da igreja. O terreno está vazio desde o início de dezembro, quando a Justiça paulista concedeu uma liminar ao Ministério Público estadual suspendendo o alvará da Prefeitura de São Paulo que autorizava a reconstrução. No seu pedido, a promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo disse que a igreja descumpriu exigências técnicas nos últimos anos em relação à sede, como um número de pessoas superior ao permitido durante os cultos.
A assessoria da Renascer informou que irá entrar com recurso pedindo o retorno das obras. O R7 tentou falar com a assessoria da Lucena Arquitetura, responsável pelo projeto de reconstrução da Renascer, mas nenhum dos nossos telefonemas foi atendido.
Além do terreno continuar vazio, um ano após a tragédia no Cambuci as famílias das vítimas ainda não foram indenizadas. Em nota, a Renascer informou que “todos os temas relacionados ao acidente encontram-se sub judice [em segredo de Justiça]” e que por isso não poderia comentar o assunto, mas confirmou que nenhuma indenização foi paga. Mesmo assim, a igreja afirma ter custeado todas as despesas médicas dos feridos, os enterros dos mortos e a reforma de algumas das casas atingidas pelo desabamento.
Gilberto Amatuzzi, presidente da Associação de Moradores do Cambuci, afirma que, como Vera, outros moradores não fecharam acordos com a Igreja e continuam com parte das casas destruída:
- Alguns dos moradores aceitaram a proposta deles, que não cobria tudo o que ocorreu, mas eles acabaram aceitando para poderem voltar a suas casas e a suas vidas. Mas outros ainda esperam o resultado do caso na Justiça para poderem ser indenizados.
Laudo do IC (Instituto de Criminalística) constatou que o desabamento do teto da Igreja Renascer no Cambuci ocorreu por causa da ausência de reforço metálico em uma das tesouras que sustentavam o telhado.
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