Durante conferência LGBT, ativistas mulheres criticam enfoque de ações da ONU em homens gays e HSH
Agência Aids
29/01/2010
Ativistas mulheres do movimento LGBT (formado por lésbicas, bissexuais, transexuais e transgêneros) criticaram o enfoque das ações da ONU (Organização das Nações Unidas) nos homens gays e HSH (homens que fazem sexo com homens). As queixas foram feitas nesta quinta-feira (28) após integrantes de diferentes agências da Organização apresentarem, na 5ª Conferência Regional da Ilga na América Latina e no Caribe – que está sendo realizada até sábado em Curitiba - os compromissos da entidade em relação aos direitos LGBT.
Nenhuma das apresentações, que contaram com representantes do Unaids (Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Aids), PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) e Grupo de Cooperação Técnica Horizontal da América Latina e do Caribe em HIV/Aids (GCTH) abordaram ações relacionadas a lésbicas, bissexuais ou travestis. As principais críticas que as ativistas fizeram aos debatedores foi sobre a falta de projetos para mulheres não-heterossexuais.
“Quando falamos em direitos humanos estamos tratando do acesso de todas as pessoas à saúde. O que ocorre é que o público de HSH está muito mais vulnerável ao HIV, por exemplo”, disse o representante da Opas, Diego Postigo. “Além disso”, completou, “não existem evidências de que as lésbicas são mais vulneráveis do que as outras mulheres”.
Já Jorge Martínez, do PNUD, afirmou que ‘seria adequado’ incluir o público de lésbicas e mulheres bissexuais nas ações da ONU. “As portas da Organização estão abertas para isso”, disse.
Para a ativista Lol Kin Castañeda, que coordena a associação mexicana Acciona (Ação Cidadã de Construção Nacional) na luta pelos direitos LGBT, as respostas dos representantes da ONU foram apenas para se defenderem das críticas.
“Não queremos que eles deixem de atender os homens que fazem sexo com homens, mas que também realizem ações voltadas às lésbicas”, disse. “Não existe nenhuma campanha de prevenção pra as mulheres. Quantas terão que morrer para que a ONU comece a agir?
Já a integrante do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas, Sirlene Cândido, interpretou de forma diferente as respostas da Organização das Nações Unidas.
Nota pessoal: Sempre achei que a população Lésbica fosse posta à margem, aqui confirmo isso.
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