Vacinação contra gripe suína começa em março
O GLOBO
27/JANEIRO/10
Idosos, grávidas, trabalhadores de saúde e doentes crônicos são grupos de maior risco
BRASÍLIA. O governo vai vacinar, a partir de 8 de março, 62 milhões de pessoas em todo o Brasil contra gripe suína. Somando os que receberão uma dose contra a gripe comum, o número chegará a 81 milhões de pessoas, o maior contingente de brasileiros vacinados contra uma epidemia no país. O maior número tinha sido em 2008, contra a rubéola, quando 70 milhões receberam vacina. A estratégia de prevenção à segunda onda da gripe suína, que matou pelo menos 1.075 brasileiros no ano passado e acometeu outros 39.679, é evitar que a pandemia cause mais óbitos e doentes. O governo vai manter estoque de 13 milhões de vacinas.
A vacinação será feita por etapas. De 8 a 19 de março serão vacinados trabalhadores de saúde e de laboratórios de investigação, incluindo o pessoal da limpeza e motoristas de ambulâncias.
Cerca de 600 mil indígenas receberão a imunização no primeiro momento. Para chegar aos locais distantes da Amazônia, o governo contará com a ajuda da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Marinha.
A segunda etapa vai de 22 de março a 2 de abril e atenderá a doentes crônicos, como diabéticos, portadores de câncer e AIDS e obesos mórbidos. Estima-se que 13 milhões de pessoas se enquadrem na categoria.
Entram na segunda etapa da vacinação crianças de 6 meses de idade a 2 anos e grávidas em qualquer fase da gestação.
A terceira etapa - de 5 a 23 de abril - imunizará jovens de 20 a 29 anos.
A quarta etapa vai de 24 de abril a 7 de maio e contemplará idosos com doenças crônicas.
Eles também serão vacinados contra a gripe comum.
A decisão de incluir crianças pequenas e jovens adultos no grupo de risco foi tomada, segundo o ministério, porque essas faixas etárias concentraram casos graves e mortes em 2009.
A Organização Mundial da Saúde não os considera como grupo de risco. Ao atender as pessoas mais suscetíveis ao contágio, o governo espera reduzir significativamente o ciclo de transmissão.
- Há critério de prioridade e de vulnerabilidade. Vacinar pelo menos um terço da população brasileira traz redução enorme da circulação viral e tem impacto importante.
Não estou ex-cluindo (grupos). Quando vacino mais de 60 milhões contra essa doença, estou reduzindo muito a possibilidade de que outras pessoas adoeçam e possam morrer - disse Temporão.
O governo ampliou o número de tratamentos para a doença, que em todo o mundo já fez pelo menos 14.142 vítimas fatais.
Para atender a casos graves, o Brasil terá 21,9 milhões de tratamentos. Na aquisição de novos tratamentos o governo gastou R$ 424,5 milhões.
Cortesia Clipping Bem Fam (27/01/010)
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