Um desfile de tribos contra a globalização
O GLOBO
26/JANEIRO/2010
PORTO ALEGRE. A marcha de abertura do Fórum Social Mundial, ontem à tarde em Porto Alegre, reuniu as diferentes tribos de participantes do evento: de sindicalistas a babalorixás, de travestis a feministas, de estudantes a políticos, que se concentraram na Largo Glênio Peres, ao lado da prefeitura e em frente ao centenário prédio do Mercado Público para caminharem até a Usina do Gasômetro.
O clima era de festa. A primeira música tocada pela charanga foi "Explode coração". A PM estimou a presença de cinco mil pessoas.
Um carro alegórico, com figuras mascaradas dançando à frente no chão, encenava a agressão ao meio ambiente.
"Autonomia partidária" era o refrão entoado pelo "Coletivo antisexista Corpos em Revolta", que entre seus componentes abrigava punks.
- Somos contra o Fórum Social Mundial receber apoio de governos, partidos políticos e patrocinadores - disse a estudante de Ciências Sociais da UFRGS Luana Bitencourt.
Reunidos no Fórum, os movimentos sociais estão preparando uma plataforma conjunta com suas principais propostas aos candidatos à sucessão presidencial. João Pedro Stédile disse que há uma "unidade" nas propostas: o ataque à candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
- Sinto que na militância há uma unidade de que todo mundo é contra a volta do Serra - disse Stédile. (Soraya Aggege e Carlos Souza)
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