Explicação sobre o blog "Ativismocontraaidstb"


Aproveito para afirmar que este blog NÃO ESTÁ CONTRA OS ATIVISTAS, PELO CONTRÁRIO.

Sou uma pessoa vivendo com HIV AIDS e HOMOSSEXUAL. Logo não posso ser contra o ativismo seja ele de qualquer forma.

QUERO SIM AGREGAR(ME JUNTAR A TODOS OS ATIVISTAS)PARA JUNTOS FORMARMOS UMA força de pessoas conscientes que reivindicam seus direitos e não se escondam e muito menos se deixem reprimir.

Se por aí dizem isso, foi porque eles não se deram ao trabalho de ler o enunciado no cabeçalho(Em cima do blog em Rosa)do blog.

Espero com isso aclarar os ânimos e entendimentos de todos.

Conto com sua atenção e se quiser, sua divulgação.

Obrigado, desculpe o transtorno!

NADA A COMEMORAR

NADA A COMEMORAR
NADA A COMEMORAR dN@dILM@!

#CONVITE #ATOpUBLICO DE #DESAGRAVO AO FECHAMENTO DAS #EAT´S

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

#CONVITE #ATOpUBLICO DE #DESAGRAVO AO FECHAMENTO DAS #EAT´S

SEGUNDA-FEIRA 10:00hS
EAT Luis Carlos Ripper - Rua Visconde de Niterói, 1364 - Bairro Mangueira.
Caro Companheiro (a), Venha participar, com sua presença, dia 18 de fevereiro, às 10hrs da manhã de um "abraço" ao prédio da nossa querida EAT - Escola das Artes Técnicas Luis Carlos Ripper que, junto com a EAT Paulo Falcão ( Nova Iguaçu) foi fechada por uma arbitraria decisão governamental. Participe deste ato de desagravo ao fechamento de duas escolas públicas, reconhecidas e premiadas internacionalmente que, há dez anos, levam educação de excelência ao povo. ... Compartilhe este convite com todos aqueles que, como você esta comprometidos com a educação verdadeiramente de qualidade. >> Assine a petição para não deixar o governo do estado acabar com duas escolas de excelência!! << http://www.avaaz.org/po/petition/Pelo_manutencao_das_EATS_e_de_sua_Metodologia/?cqMRZdb Saiba mais: http://sujeitopolitico.blogspot.com.br/

ESTE BLOG ESTA COMEMORANDO!!!

ESTE BLOG ESTA COMEMORANDO!!!
3 anos de existência com vocês...

Ativismo Contra Aids/TB

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Alerta do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor

10/02/2010 - 18:02 - Atualizado em 10/02/2010 - 18:02
Sucos de caixinha podem não ser tão saudáveis quanto parecem
Excesso de açúcar, conservantes e corantes são os principais problemas apontados por pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
REDAÇÃO ÉPOCA
sxc.hu
Os sucos industrializados são realmente bons? Melhor checar a tabela nutricional

Sucos de caixinha são bons? Médio. Certamente são piores que os naturais. Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) com 12 bebidas à base de fruta, vendidas em caixinhas tetrapak ou garrafinhas de plástico em supermercados de São Paulo, elas contêm alto índice de açúcar, corantes e aromatizantes. O instituto avaliou a qualidade nutricional das bebidas, baseando-se na presença ou não dessas substâncias e as informações contidas nas embalagens, conforme manda a legislação.

Na análise do Idec, o poder da publicidade e do marketing é tão grande que uma simples embalagem pode nos levar a crer que determinada bebida é tão saudável quanto a fruta in natura que originou o produto. Mas apenas o consumo de frutas pode proporcionar o aproveitamento total dos nutrientes, conforme explica Vera Barral, sanitarista e coordenadora da pesquisa. "Os processos de fabricação dos sucos eliminam nutrientes. As fibras, por exemplo, raramente são encontradas neles", explica ela.

As bebidas industrializadas tendem a conter altos teores de açúcar. É o caso dos néctares, que, segundo a legislação, devem respeitar um limite de adição de sacarose. Apesar de práticos, porque são vendidos em embalagens de um litro, os néctares são diluições açucaradas de sucos concentrados. "Chegam a ter cerca de 20 gramas de açúcar por porção de 200 ml, o equivalente a duas colheres de sopa cheias", alerta Vera.

Outro detalhe importante é que um dos corantes contidos nas bebidas. A tartrazina, pode causar reações alérgicas, como asma brônquica, em pessoas alérgicas ao ácido acetil salicílico. Por decisão da Justiça Federal de São Paulo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve editar em até 30 dias uma norma obrigando que seja mencionado, com destaque na embalagem do produto, os efeitos adversos deste corante.

Adição de Açúcar:
O único suco adoçado, o suco tropical de manga Jandaia, traz essa informação apenas na face da caixa escrita em inglês, contrariando o Decreto nº 6.871/09, que determina que a palavra "adoçado" seja acrescentada no rótulo principal do produto, junto ao seu nome. O mesmo deve ocorrer quando o adoçante usado for artificial.

Além disso, segundo esse mesmo Decreto, a quantidade de sacarose adicionada à bebida deve ser expressa à parte (separado da frutose). Por exemplo, o suco Jandaia de manga informa apenas que uma porção de 200 ml do suco contém 23 g de açúcar (ou seja, são 115 g por litro). No entanto, é impossível saber quanto dessa quantidade é proveniente da própria fruta e quanto foi adicionado.

Para o Idec, a presença dessa informação em local visível ajuda o consumidor na hora da escolha. Segundo a consultora técnica, vale conferir se os açúcares adicionados estão discriminados na tabela de nutrientes, para avaliar qualidade nutricional do produto.

O Idec não o reprovou nesse quesito porque a bebida foi produzidas antes de 2 de dezembro de 2009, antes da aprovação do decreto e não precisava seguir tal determinação. Mas vale a dica para o consumidor ficar atento às bebidas fabricadas depois dessa data.

O excesso de açúcar causa prisão de ventre, dificulta a digestão e favorece a obesidade. Deve ser consumido com parcimônia.

Aromatizantes Corantes e Conservantes:
Em relação aos aromatizantes – aditivos que realçam ou conferem aroma aos alimentos –, três bebidas foram reprovadas por não informar a presença desses aditivos no rótulo, o que contraria o Informe Técnico 26/2007 da Anvisa. O suco tropical de manga Su Fresh fit, néctar de uva Disfrut e, novamente, o suco Jandaia de manga. As duas primeiras têm aromas naturais em sua fórmula e a terceira, aroma idêntico ao natural (isto é, sua molécula é quimicamente idêntica à do aroma natural, mas obtida por síntese).

Apenas dois dos produtos avaliados continham corantes: bebida mista de frutas verdes Skinka, que continha tartrazina; e bebida de frutas sabor uva Del Valle Frut, com maranto, tartrazina e azul brilhante. O rótulo de ambos trazia essa informação, conforme prevê o Decreto-Lei nº 986/69.

O conservante benzoato de sódio está presente em quatro das bebidas analisadas: suco tropical de maracujá Carrefour, suco de abacaxi Maravilha, suco tropical de manga Jandaia e bebida de frutas verdes Skinka.

Os corantes tartrazina (INS102) e amaranto (INS123) e o conservante benzoato de sódio (INS211) são apontados como causadores de reações alérgicas e estão ligados ao aumento de distúrbios de atenção e hiperatividade infantil.

Novo Decreto: Suco, néctar e refresco
Os produtos, classificados como suco, néctar e refresco, têm características distintas e devem seguir padronização, conforme determina o Decreto nº 6.871, de junho de 2009, válido, para as bebidas que foram produzidas a partir de 02 de dezembro de 2009.

Uma das principais diferenças entre as bebidas à base de frutas é o teor mínimo de polpa de fruta (isto é, da fruta em si) que cada uma precisa ter. O suco é o que tem a maior concentração. Em seguida vem o néctar e, por último, o refresco (também chamado de bebida de fruta). Mas esses percentuais mínimos variam caso a caso, já que cada fruta tem uma particularidade. Por exemplo, quando você faz um suco caseiro, provavelmente adiciona mais água a um de goiaba do que ao de laranja. O teor mínimo de cada fruta é previsto por Instrução Normativa do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Um problema detectado pelo Idec na legislação é a não obrigatoriedade de se informar o teor de polpa de fruta nas embalagens.
Www.revistaepoca.globo.com



Tratamento para alérgicos ao amendoim

22/02/2010 - 13:46 - Atualizado em 22/02/2010 - 13:46
Novo tratamento pode ajudar alérgicos ao amendoim
Hospital da Inglaterra vai testar um método experimental de terapia em crianças que sofrem de alergia ao alimento e seus derivados
REDAÇÃO ÉPOCA

2% das crianças na Inglaterra sofrem de alergia ao amendoim

Um hospital em Cambridge, na Inglaterra, começa a testar um novo tratamento para crianças que têm alergia de amendoim. O processo é simples: consiste em oferecer aos alérgicos pequenas doses diárias de farinha de amendoim para aumentar a tolerância ao alimento.

No início do tratamento, os médicos recomendarão a adição de pequenas quantidades da farinha (apenas 5 miligramas) no iogurte, por exemplo. Após seis meses, a dose é aumentada para 800mg por semana - o equivalente a cinco amendoins, ou 160 vezes a dose inicial que as crianças poderiam tolerar.

O método já foi testado anteriormente em 23 crianças. No final de seis meses, 21 das crianças tratadas para alergia do amendoim mostraram melhorias significativas, podendo comer até 12 amendoins por dia.

Desta vez, o Hospital Addenbrooke, que irá fazer o experimento, vai seguir 100 crianças alérgicas ao amendoim e seus derivados. Os coordenadores da pesquisa acreditam que em dois ou três anos terão uma conclusão sobre a eficácia do novo tratamento.

Um estudo realizado na Inglaterra aponta que 2% das crianças sofrem de alergia ao amendoim. Os efeitos variam de leve coceiras e erupções na pele até dificuldades respiratórias e anafilaxia (reação alérgica grave).

Os médicos alertam que os pais não devem tentar o tratamento sem supervisão médica.

Calendário de vacinação contra gripe suína

25/02/2010 - 12:49 - Atualizado em 25/02/2010 - 12:56
Governo divulga calendário de vacinação contra a gripe suína
Campanha começa no próximo dia 8 de março. Ministério anunciou a inclusão de uma nova faixa etária a ser vacinada, de 30 a 39 anos
REDAÇÃO ÉPOCA

O ministério da Saúde anunciou na manhã desta quinta-feira (25) o calendário de vacinação contra a gripe suína (influenza A (H1N1)). A campanha começa no próximo dia 8 de março e, primeiramente, vai imunizar profissionais de saúde e indígenas.

Depois do primeiro grupo, será a vez das gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a dois anos (22 de março a 2 de abril). Jovens de 20 a 29 anos e idosos com doenças crônicas também serão vacinados (confira o calendário completo no fim da reportagem).

Ao divulgar o calendário, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou a ampliação do público-alvo a ser imunizado. Adultos saudáveis de 30 a 39 anos também receberão a dose da vacina contra a gripe suína. Segundo o ministro, a medida foi tomada considerando o grupo com maior número de hospitalizações e mortes, além dos que já haviam sido priorizados.

De acordo com o Ministério, a ampliação do público-alvo a ser imunizado antes do início do próximo inverno, em junho, representa um aumento de 30 milhões de doses da vacina, totalizando 113 milhões. Para a compra das novas doses, o governo liberou R$ 300 milhões por meio de uma medida provisória.

A expectativa do governo é imunizar 91 milhões de pessoas contra a doença. Parte das 113 milhões de doses compradas será reservada para o caso de haver alterações epidemiológicas ao longo do inverno no país. “Vamos ter estoque estratégico, monitorando o que vai acontecer durante o processo para tomar outras medidas”, disse Temporão.

A logística de aplicação das vacinas, incluindo locais e horários, é de responsabilidade das Secretarias Estaduais de Saúde. Serão 36 mil pontos de vacinação espalhados pelo país.

Www.revistaepoca.globo.com


Profissionais de saúde e indígenas 8 de março
a 19 de março
Gestantes, doentes crônicos e
crianças de 6 meses a dois anos
22 de març
a 2 de abril
Jovens de 20 a 29 anos 5 de abril
a 23 de abril
Idosos (mais de 60 anos)
com doenças crônicas
24 de abril
a 7 de maio
Adultos de 30 a 39 anos 10 de maio
a 21 de maio

A barriga é feita de escolhas díarias(Francine Lima)

25/02/2010 - 10:43 - Atualizado em 25/02/2010 - 10:43
A barriga é feita de escolhas diárias
Se a vontade é perder peso, não há lugar para as desculpas
Francine Lima
Arquivo / Época
Francine Lima
Repórter de ÉPOCA, escreve às quintas-feiras sobre a busca da boa forma física

Fazia meses que não via meu pai. Tinha esperado as férias para fazer uma visita com calma, sem a mulher, os netos postiços, os amigos e vizinhos todos que costumam animar as festas e, de tanta alegria, não nos deixam conversar sozinhos nem curtir o silêncio juntos. Ainda não conhecia a casa nova, na nova cidade. Pequena, mas cuidadosamente arrumada. Até demais para um homem que mora sozinho, ousei pensar. Dois quartos, uma sala com cozinha americana, uma geladeira quase atrás da porta, tapetes e toalhinhas muito limpos.

– O que você quer comer? - perguntou.

Iríamos almoçar fora, claro. Aquela cozinha pequena é mais para o café; ele não é de cozinhar. Por causa do horário avançado, coisa de duas e meia da tarde de um sábado, sugeri um restaurante a la carte. Não confio nos bufês depois das duas. Comida velha não vale a pena.

Já sentados à mesa, ele me veio com um assunto repetido.

– Filha, estou com uma barriga que está me incomodando. O que faço para me livrar dela?

– Suponho que essa barriga não tenha surgido do nada. O que é que você anda comendo?

Menos de um ano depois de ter saído da casa da namorada para morar alguns quilômetros mais longe, imaginei que as refeições preparadas pela empregada tinham ficado no passado.

– Ah, filha. Eu costumo pedir marmitex. Depende das opções do dia. Às vezes é estrogonofe, tem dia que é linguiça, bife à parmegiana...

– Sei. Pratos bem leves, pelo jeito, né? - ironizei. E salada?

– Eles não têm muita salada.

Meu pai chegou a se orgulhar, tempos atrás, de ter aprendido comigo a comer verduras. Dizia isso de boca cheia (no sentido figurado), sentindo-se um tanto superior à turma da namorada, bastante afeita a açúcares e gorduras. Gabava-se de ser o mais ativo daquela outra família, já que em vez de dirigir fazia quase tudo a pé. De genética magra, nunca teve muitos problemas com a balança. Só agora, aos cinquenta e tantos, a barriga aborrecia sua vaidade. Agora, como a namorada fez tantas vezes, resolvia me perguntar como é que se faz pra cuidar da silhueta. Ao que me pareceu, tinha desaprendido.

No meio da conversa, o garçom veio ouvir o pedido. Como os pratos serviam duas pessoas, meu pai concordou em dividir um salmão cozido no vinho branco, arroz e legumes no azeite. Para mim era uma refeição ideal, mas para ele era um suplício. Aceitou porque era meu dia de visita, ou porque estava com o estômago sensível naquele dia. Mas previu que seria um dos almoços mais sem graça de sua vida. E desabafou. Gostava mesmo era de carne, temperos fortes, gordura que dá gosto às coisas. Não tinha nenhuma paixão por peixe nem por legumes cozidos.

E, ainda assim, queria perder a barriga.

Antes que o prato chegasse, desfilei todas as minhas teses acerca da boa alimentação. Disse que não era possível alcançar a desejada mudança em sua composição corporal sem fazer alguma alteração na dieta. Que era preciso priorizar os vegetais. Que uma rotina de exercícios físicos - coisa que ele já deixou claro que detesta - ajudaria, evidentemente, mas não substituiria as melhorias na alimentação. Fiz inúmeras sugestões. Que tal cozinhar pelo menos um pouco - coisas simples e muito rápidas, como brócolis, vagem ou couve-flor no vapor? Ele pôs defeito nos legumes da minha lista. Que tal ser mais seletivo nas encomendas de marmitex e complementar os pratos com uma salada comprada na feira e temperada em casa? Aí a desculpa foi falta de tempo. E se você comprasse a comida em outro lugar? Nada parecia solucionar a questão. Todas as dicas e palpites que eu ensaiava eram imediatamente rebatidos com uma objeção. Até que perdi a paciência:

– Se você não quer mudar nada, então contente-se com sua barriga. A escolha é sua. Ou você continua comendo as mesmas comidas pesadas, ou você reduz a barriga. As duas coisas não dá para ter.

Sem grandes prazeres, comeu o salmão com legumes. Depois de pagar a conta, saiu para fumar um cigarro - este, sim, um prazer que ele não larga há décadas. No caminho para casa, contou que finalmente estava decidido a parar de fumar. Queria cuidar melhor da saúde, da pele, dos dentes. Disse que iria procurar um médico e fazer algum tratamento para se desfazer do vício. Incentivei, claro. Vai que dessa vez dava certo? Depois de passar a vida toda insistindo para que ele abandonasse o hábito maldito, só me restava aplaudir uma atitude mais firme nesse sentido. Até acrescentei argumentos. Além de evitar males terríveis e ficar mais cheiroso, quem sabe, deixando o cigarro, ele poderia recuperar o paladar e sentir o verdadeiro gosto dos alimentos. Quem sabe, sentindo mais os sabores, aprenderia a apreciar o que é saudável e perceber nos gostos fortes a presença exagerada das gorduras e dos açúcares que fazem mal.

No dia seguinte, pudemos chegar em tempo a um restaurante a quilo, desses onde a gente se deslumbra com a variedade e enche o prato além da conta. Para mostrar que tinha aproveitado a conversa da véspera, meu pai se serviu só de salada, para começar. Na segunda rodada, foi mais honesto.

– Então a dica é forrar o estômago com verdura e preencher com comida de verdade, né? - fez graça, sem esconder a malandragem. E exibiu, com sorriso de moleque, as opções prediletas do dia: carne de porco com pele, torresmo e lasanha. E, para ajudar a descer, coca-cola. Não discursei mais. Meu recado estava dado; cabia a ele seguir ou não.

O episódio me faz desconfiar que quem gosta de comida pesada e custa a gostar de comidas mais equilibradas vai sempre dar um jeito de convencer a si mesmo de que sua dieta não é tão má assim. À pergunta "o que devo comer para ficar em forma?", me parece, já foram dadas todas as respostas, em livros de dietas, em programas de TV, em revistas, em jornais, em sites, em blogs. Mas só as aceita quem quer. Objeções como falta de tempo, inaptidão para cozinhar ou dificuldades logísticas sempre terão seu lugar, desde que a vontade de mudar para valer não seja real. É uma questão de escolha. Uns preferem a gula, outros prezam mais pelo metabolismo saudável.

E você? Já fez sua escolha hoje?

(Francine Lima escreve às quintas-feiras.)

As Farmácias mais baratas do Brasil(Cristiane Segatto)

26/02/2010 - 13:14 - Atualizado em 26/02/2010 - 15:40
As farmácias mais baratas do Brasil
Como elas conseguem oferecer os melhores preços
CRISTIANE SEGATTO
 Reprodução
CRISTIANE SEGATTO
cristianes@edglobo.com.br
Repórter especial, faz parte da equipe de ÉPOCA desde o lançamento da revista, em 1998. Escreve sobre medicina há 14 anos e ganhou mais de 10 prêmios nacionais de jornalismo

Ninguém compra remédio feliz da vida. Toda vez que pagamos a conta da farmácia lembramos que nossa saúde poderia ser melhor, que aquele dinheiro poderia ser gasto com algo mais prazeroso, que estamos engordando os lucros da indústria farmacêutica. Esse sentimento é ainda mais forte quando o remédio é de uso contínuo e vira uma despesa mensal fixa, como a escola dos filhos ou o supermercado. O Ministério da Saúde deveria advertir: comprar remédio dói e provoca acessos incontroláveis de raiva. Principalmente quando os preços variam ao sabor do vento. Não é ultrajante perceber que pagamos R$ 100 por uma droga e, na farmácia em frente, ela custa a metade?

Os preços de um mesmo medicamento podem variar até 1.400% na cidade de São Paulo, segundo um levantamento divulgado recentemente pela Fundação Procon. O único jeito de não se sentir lesado é pesquisar, pesquisar, pesquisar. A boa notícia é que alguém já gastou sola de sapato por nós. A Pro Teste, maior organização de defesa do consumidor da América Latina, visitou 49 farmácias em seis capitais e descobriu quais cobram menos. A pesquisa será divulgada no sábado (27) e estará disponível no site www.proteste.org.br. Mas esta coluna antecipa os resultados nesta sexta-feira (26), com exclusividade.

Em cada loja visitada, a Pro Teste pesquisou os preços, com o máximo desconto possível, dos seguintes remédios:

· Buscopan
· Crestor
· Dermodex
· Diovan
· Dorflex
· Glifage
· Hipoglós
· Lipitor

· Neosaldina
· Nexium
· Novalgina
· Pantozol
· Puran
· Rivotril
· Tylenol

Os pesquisadores buscavam os preços dos remédios sempre nas mesmas apresentações e incluindo as versões genéricas (quando disponíveis). Esses medicamentos foram os escolhidos porque representam alguns dos mais vendidos no país.

Em São Paulo, o preço mais baixo desta cesta de medicamentos foi encontrado na Drogaria Onofre. Ela saiu por R$ 490. O valor mais alto era cobrado pela Farmalife: R$ 703.

Em Porto Alegre, a Onofre também foi a que ofereceu os melhores preços: R$ 549. Em Florianópolis, a melhor escolha era a Pague Menos (R$ 566), assim como em Belo Horizonte (R$ 579) e no Rio de Janeiro (R$ 581).

Em Brasília, o menor valor foi encontrado na Extra (R$ 618). Brasília, aliás, é a cidade onde os remédios custam mais caro. “Em todas as capitais pesquisadas verificamos que a maioria das farmácias pratica preços 30% abaixo dos valores máximos permitidos pelo governo”, diz Ana Gabriela Barroso, analista de mercado da Pro Teste. “Em Brasília é diferente. Muitas cobram o preço máximo. Não entendemos qual é a razão”.

Ana Gabriela conta que foram encontradas diferenças absurdas em todas as capitais. “Se o consumidor não pesquisar, vai ser muito prejudicado”, diz. Esse é um ponto importante: a pesquisa da Pro Teste é o retrato de um momento. Sinaliza as farmácias que, numa determinada semana, cobravam menos. Não significa que elas tenham sempre os melhores preços ou que esse padrão seja válido para qualquer remédio. A mesma farmácia que oferece uma pechincha em determinada droga pode jogar o preço de outra nas alturas.

Sempre tive curiosidade de entender como funciona esse mercado. Por que há tanta variação de preços? Como algumas farmácias conseguem oferecer valores incrivelmente mais baixos? Os céticos vão dizer que é preciso desconfiar de ofertas boas demais. Afinal, o roubo de medicamentos e a falsificação de produtos são um fato que podem ajudar a explicar o inexplicável.

Mas esse não parece ser o caso de nenhuma das farmácias visitadas pela Pro Teste. “Não podemos garantir a procedência dos medicamentos, mas realizamos a pesquisa apenas em grandes redes e partimos dos princípio de que são idôneas”, diz Ana Gabriela.

Resolvi procurar a Drogaria Onofre para tentar entender qual é o segredo. Conversei com Marcos Arede, diretor comercial e membro da família fundadora da empresa. Ele me disse que a Onofre oferece os melhores preços porque consegue negociar ótimos valores com a indústria farmacêutica. “Compramos à vista enquanto os concorrentes costumar pedir muito prazo aos fabricantes”, diz. “Se compramos muito bem, conseguimos dar um bom desconto.”

O segredo da Onofre parece ser o custo fixo muito baixo. A rede tem poucas lojas (apenas 36 no país) e tem investido muito em vendas pela internet e pelo telefone. Gasta pouco com encargos trabalhistas, impostos, luz, água, aluguel, manutenção de lojas. “A minha estratégia é pegar o meu fluxo de caixa e vender mais barato. Só consigo fazer isso porque tenho um custo fixo muito pequeno”, diz. “A empresa tinha duas opções: ser grande ou vender muito por loja. Ficamos com a segunda.” Nos últimos oito anos consecutivos, a Onofre se mantém como a empresa que tem a maior venda por metro quadrado construído, segundo o ranking da Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

Recentemente, uma declaração do secretário de saúde do governo paulista, Luiz Roberto Barradas Barata, provocou polêmica. “Existem três grandes mercados, muito poderosos e difíceis de controlar: o de armas, o narcotráfico e o de medicamentos”, disse. A indústria farmacêutica reagiu. “Os preços dos medicamentos são em sua expressiva maioria controlados pelo governo. Por isso, a afirmação do secretário é ofensiva, absurda e inaceitável”, disse Nelson Mussolini, vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo.

Remédios não são um produto como outro qualquer. Ninguém escolhe ficar doente. Ninguém escolhe que medicamento tomar. Remédios são itens de uso essencial e compulsório. O mercado é livre e a concorrência entre as empresas é saudável. Mas, nesse campo tão especial, o consumidor precisa se sentir protegido. Trabalhos como o da Pro Teste ajudam e deixam uma mensagem clara: pesquise sempre e opte pelos genéricos, sempre que possível.

E você? O que você faz para comprar remédios mais baratos? Acha que esse mercado deveria ser mais bem controlado? Queremos ouvir a sua opinião.

(Cristiane Segatto escreve às sextas-feiras.)

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A proteção irracional a homicidas de 16 anos(Ruth de Aquino)

25/02/2010 - 16:25 - Atualizado em 26/02/2010 - 19:51
A proteção irracional a homicidas de 16 anos
Ruth de Aquino
Revista Época
RUTH DE AQUINO
é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro
raquino@edglobo.com.br

Não há justificativa para o circo de privilégios montado em torno de um dos assassinos do menino João Hélio, de 6 anos. Ele tinha 16 anos na época. Ficou detido três anos numa instituição para menores – o máximo previsto por lei. Ameaçou matar um funcionário numa rebelião. Hoje, tem 19 anos. A Justiça adotou o assassino e o incluiu em um programa de proteção a adolescentes ameaçados de morte. Mas voltou atrás. Ele está agora em regime de semiliberdade. É suficiente?

Do crime monstruoso o país todo se lembra, não só a família de João Hélio. Mas é importante refrescar a memória. Rendidas por assaltantes armados num cruzamento na Zona Norte do Rio ao voltar para casa após o culto semanal, a mãe e a irmã de João Hélio viram o carro sair em alta velocidade com o menino do lado de fora, batendo no asfalto, preso apenas pelo cinto de segurança abdominal. A mãe havia tentado soltá-lo, sem êxito. Se tivessem algum apreço pela vida humana, os assaltantes teriam deixado João Hélio com sua família. Ou teriam colocado o garoto de volta no assento do carro. Por 7 quilômetros, ignoraram gritos apavorados de pedestres. Abandonaram o carro e o corpo do menino numa rua sem saída, voltaram para casa, tomaram banho, jantaram e foram a uma festinha da igreja local.

O menor que matou João Hélio é, para a sociedade, simplesmente um nome que começa com E. Seu rosto é disfarçado por efeitos nas fotos – antes, por ser menor, e, hoje, para não ser reconhecido na rua. E. foi beneficiado, no primeiro momento, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê detenção máxima de três anos para menores. Não importa o grau de atrocidade do crime cometido. Nem o mau comportamento durante a detenção.

Solto, a Justiça o incluiu no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, com o apoio da ONG Projeto Legal, coordenado por Carlos Nicodemos. Um programa público e oficial com uma sigla imensa: PPCAAM. Ele seria acolhido em imóvel do projeto, junto com sua família, com acompanhamento e avaliações periódicas. Uma inversão medonha de valores. Que recado é esse à juventude?

O menor que matou o menino João Hélio está em semiliberdade.
Que recado é esse para a juventude?

Como a sociedade reagiu fortemente ao disparate, a Justiça recuou. E. ficará em regime de semiliberdade – o que significa ter de voltar todas as noites a uma instituição para dormir. Assim manda a lei. Seu destino parece ser a cidade de Friburgo, na serra do Rio. A população está em polvorosa. Anunciou-se que E. terá de dormir todas as noites numa instituição para adolescentes localizada em frente a um jardim de infância. Como reagiria você, se seu filho estudasse ali?

A semiliberdade para o assassino de João Hélio continua sendo um privilégio, a meus olhos. E aos olhos de muitos países que sabem distinguir um crime comum de um homicídio bárbaro. Para quem não se lembra, a Inglaterra condenou à prisão perpétua em 1993 dois garotos de 10 anos, por terem mutilado e matado um menino de 2. Eles ficaram presos por oito anos.

“O juiz Carlos Borges, um sujeito jovem e preparado, sugeriu uma mudança interessante na legislação penal”, disse o governador do Rio, Sérgio Cabral, em entrevista a ÉPOCA após a morte de João Hélio. “Se um garoto cometer um crime, o Ministério Público avalia a gravidade. O menor responderá por esse crime ainda como menor. Mas, a partir dali, se o crime for grave, sua maioridade penal será antecipada pelo juiz. Para qualquer outro crime posterior, ele será tratado como maior.” Quando crimes monstruosos acontecem, é natural que muitos saiam clamando pela pena de morte. Sou contra a pena de morte. Sou contra por princípio, meio e fim. Tampouco acredito em prisão perpétua. Mas defendo que sejam responsabilizados criminalmente, sem privilégios, os jovens com idade para votar e ter filhos.

Adiantaria? Reduziria o total absurdo de homicídios no Brasil, 45 mil por ano? Não sei qual seria o efeito concreto sobre os números. Mas estamos falando de certo e errado. De punições que correspondam à gravidade de um crime e sirvam de exemplo. Basicamente, estamos falando de justiça.

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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Acupuntura para Soropositivos

27.1.2010 - 13:52
Acupuntura pode aumentar imunidade de soropositivos
Da Redação - editornet@liberal.com.br

Aberto em março de 2009, o Ambulatório de Acupuntura do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, da Secretaria de Estado de Saúde, vem ganhando cada vez mais adeptos e já superou os 3.200 atendimentos a pacientes soropositivos. Pesquisa de satisfação realizada pelo centro com usuários do ambulatório mostrou que 95% dos participantes estão satisfeitos com o uso da acupuntura.

No ambulatório, cada paciente realiza em média 10 sessões. Entre as técnicas utilizadas, estão a auriculoacupuntura, moxabustão e acupuntura tradicional (com agulhas individuais). De acordo com o ginecologista do ambulatório de especialidades do CRT, Paulo Balikjian, a acupuntura pode aumentar a imunidade dos pacientes, reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos antirretrovirais e até promover o preenchimento de sulcos faciais produzidos pela lipodistrofia, a partir do estímulo com agulhas nos locais afetados.

"Entre as queixas mais recorrentes feitas pelos pacientes estão a lombalgia, tendinite e fibromialgia. Também há demandas por insônia, enxaqueca e decorrentes do uso de drogas, como cocaína e crack, entre muitos outros problemas que podemos auxiliar no tratamento", afirma Balikjian, que tem formação em acupuntura.

O Ambulatório de Acupuntura do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids atende pacientes em tratamento na unidade e funciona de segunda a sexta, das 9h às 21h. O CRT/Aids fica na rua Santa Cruz, nº 81, na Vila Mariana, São Paulo.

Fonte: Jornal O Liberal

O Carnaval 2010 Acabou

O Carnaval 2010 Acabou

Adultos de 30 a 39 anos também terão vacina da gripe A

Adultos de 30 a 39 anos também terão vacina da gripe A

Meditação para soropositivos

A meditação prova ser eficaz também para o tratamento da aids, destaca revista ISTOÉ 27/02/2010 - 17h

O PODER DA MEDITAÇÃO - Parte 1

A técnica ganha espaço em instituições renomadas e prova ser eficaz contra um leque cada vez maior de doenças. Entre elas, a depressão, males cardíacos e até AIDS

ilene Pereira e Maíra Magro

Ela chegou ao Ocidente como mais um item da lista de atrações exóticas do Oriente. Hoje, está se transformando em um dos mais respeitados recursos terapêuticos usados pela medicina que conhecemos. Está se falando aqui da meditação, uma prática milenar cujo principal objetivo é limpar a mente dos milhares de pensamentos desnecessários que por ela passam a cada minuto, ajudando o indivíduo a se concentrar no momento presente.

É por essa razão que um de seus benefícios é o de ajudar as pessoas a lidar com sentimentos como a ansiedade. Mas o que se tem visto, de acordo com as numerosas pesquisas científicas a respeito da técnica, é que a meditação se firma cada vez mais como uma espécie de remédio - acessível e sem efeitos colaterais - indicado para um leque já amplo de enfermidades: da depressão ao controle da dor, da artrite reumatoide aos efeitos colaterais do câncer.

A inclusão da prática no rol de tratamentos da medicina ocidental é um fenômeno mundial. Nos Estados Unidos, por exemplo, ela figura entre as opções de centros renomados como o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, um dos centros de referência do planeta no tratamento da doença.

Também está disponível na Clínica Mayo, outro respeitado serviço de saúde. No Brasil, o método começa a ganhar espaço, boa parte dele assegurado pela Política de Práticas Integrativas e Complementares do SUS, implementada em 2006 pelo Ministério da Saúde.

Ela incentiva o uso, pela rede pública, de uma série de práticas não convencionais - como a medicina tradicional chinesa, a acupuntura e a fitoterapia - para auxiliar no processo de cura. "Nessas diretrizes, a meditação está prevista como parte integrante da medicina chinesa", explica a médica sanitarista Carmem De Simoni, coordenadora do programa.

A atriz Cláudia Ohana, 46 anos, aderiu ao método há dez anos. Foi uma das formas que escolheu para diminuir a ansiedade, que lhe provoca irritação e dor de estômago. "Depois de uma semana de prática, fico mais tranquila e paciente."

Para ela, a técnica diminui o stress causado pelo excesso de trabalho e pela vida na cidade grande. "É praticamente uma PÍLULA de felicidade", afirma

Em Campinas, no interior de São Paulo, 20 postos de saúde oferecem treinamentos de meditação gratuitos à população. Em São Carlos, também no interior paulista, alguns postos públicos de atendimento começarão a ofertar este ano sessões usando uma técnica conhecida como atenção plena (Mindfulness-Based Stress Reduction, ou MBSR, em inglês), desenvolvida pelo Centro Médico da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos.

É baseada em exercícios de respiração e consciência corporal que ajudam o indivíduo a focar as percepções no momento presente. "Queremos incluir a prática em 30 unidades de saúde", diz Marcelo Demarzo, chefe do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos.

"Meditadores têm habilidade singular para cultivar emoções positivas"

Eileen Luders, pesquisadora da Universidade da Califórnia

Outra experiência interessante no Brasil é o uso do método em escolas da rede estadual do ensino médio do Rio de Janeiro. Trata-se de uma iniciativa da Fundação David Lynch, criada pelo cineasta americano, com o objetivo de reduzir a violência nos colégios por meio da prática.

Um projeto piloto com cerca de 750 crianças e adolescentes de 10 a 18 anos mostrou que ela contribui para o aumento da concentração e da criatividade. "Muitas relataram ainda benefícios como redução de crises de dor de cabeça", diz Joan Roura, representante da entidade no Brasil.

O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, decidiu oferecer a prática tanto para pacientes quanto para funcionários, depois de testá-la por dois anos no setor de oncologia. "Nos pacientes em tratamento contra o câncer, notamos uma diminuição na ansiedade e maior disposição para enfrentar a doença", afirma o médico Paulo de Tarso Lima.

Ele é responsável pelo serviço de medicina integrativa no hospital, que promove a adoção de terapias complementares - entre elas, a meditação - para auxiliar no tratamento convencional.

O movimento que se observa atualmente com a meditação é o mesmo experimentado pela acupuntura cerca de dez anos atrás. Da mesma forma que o método das agulhas, ela conquista o respeito da medicina tradicional porque tem passado nas provas de eficácia realizadas de acordo com a ciência ocidental.

Isso quer dizer que, aos olhos dos pesquisadores, foi despida de qualquer caráter esotérico, mostrando-se, ao contrário, um recurso possível a todos - ninguém precisa ser guru indiano para praticá-lo - e de fato capaz de promover no organismo mudanças fisiológicas importantes.

A profusão de pesquisas que apontam algumas dessas alterações é grande. Os resultados mais impressionantes vêm dos estudos que se propõem a investigar seus efeitos no cérebro.

Um exemplo é o trabalho realizado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica "NeuroImage". Após compararem o cérebro de 22 meditadores com o de 22 pessoas que nunca meditaram, eles descobriram que os praticantes possuem algumas estruturas cerebrais maiores do que as dos não praticantes.

Especificamente, hipocampo, tálamo e córtex orbitofrontal. As duas primeiras estão envolvidas no processamento das emoções. E a terceira região, no raciocínio. "Sabemos que as pessoas que meditam têm uma habilidade singular para cultivar emoções positivas", disse à ISTOÉ Eileen Luders, do Laboratório de Neuroimagem da universidade. "As diferenças observadas na anatomia cerebral desses indivíduos nos deram uma pista da razão desse fenômeno."

Na publicação "Psychological Science", há outro trabalho interessante. Pesquisadores da Universidade George Mason constataram que a prática proporciona uma melhora significativa na memória visual.

Normalmente, uma imagem é armazenada integralmente no cérebro por pouquíssimo tempo. Mas o estudo verificou que monges, habituados a meditar todos os dias, conseguem guardá-las - com riqueza de detalhes - até 30 minutos depois de praticar. "Isso significa que a meditação melhora muito este tipo de memória, mesmo após um certo período", disse à ISTOÉ Maria Kozhenikov, autora do experimento.

Essa habilidade transforma a técnica em um potencial instrumento para complementar o tratamento de doenças que prejudiquem a memória, como o mal de Alzheimer.

No Instituto do Cérebro do Hospital Albert Einstein, aqui no Brasil, pela técnica de ressonância magnética foram fotografados os cérebros de 100 voluntários, antes e depois de um retiro de uma semana para práticas diárias.

"Na análise de uma primeira amostra, observamos que as áreas ligadas à atenção, como o córtex pré-frontal e o cíngulo anterior, ficaram mais ativadas após o treinamento", afirma a bióloga Elisa Kozasa, responsável pela pesquisa. As regiões cerebrais eram observadas enquanto os voluntários realizavam testes para medir o quanto estavam atentos.

"Houve uma tendência de maior número de acertos e mais velocidade nas respostas após a meditação", explica a pesquisadora Elisa.

O ator paulista Maurício Souza Lima, 43 anos, sofreu episódios frequentes de síndrome do pânico por mais de cinco anos. Chegou a tomar antidepressivos e tranquilizantes, mas não conseguia se livrar do distúrbio.

Depois que a taquicardia e os tremores o atingiram em pleno palco, durante uma apresentação, há dez meses, ele buscou apoio na meditação transcendental. "Nunca mais tive uma crise"

Na área da oncologia, há várias evidências científicas de eficácia. Tome-se como exemplo o estudo feito na Universidade de Brasília pelo psiquiatra Juarez Iório Castellar. Ele investiga os efeitos do método em 80 pacientes com histórico de câncer de mama.

Castellar pediu às participantes que preenchessem questionários para medir a qualidade de vida. Por meio da coleta de amostras de sangue e saliva antes e depois dos exercícios meditativos, ele também está acompanhando variações hormonais que indicam a situação da doença. "Um dos dados que já verificamos é que a meditação reduziu os efeitos colaterais da quimioterapia, como náuseas, vômitos, insônia e inapetência", afirma.

Outra frente de pesquisas tenta decifrar seu impacto nas doenças mentais. Novamente, as conclusões são bem animadoras. Na Universidade de Exeter, na Inglaterra, o pesquisador Willem Kuyken verificou que o método é uma opção concreta para auxiliar no controle da depressão a longo prazo.

Depois de 15 meses comparando a evolução de pacientes que meditavam e tomavam remédios com a apresentada por aqueles que apenas usavam os antidepressivos, o cientista constatou que crises mais sérias ocorreram em 47% dos meditadores, enquanto entre os outros o índice foi de 60%.

Na Universidade George Washington, nos Estados Unidos, a técnica provou-se uma aliada no tratamento de crianças com transtorno de hiperatividade e déficit de atenção. "Houve redução de 50% dos sintomas após três meses de prática", disse à ISTOÉ Sarina Grosswald, coordenadora da pesquisa.

Há ainda evidências de benefícios na luta contra transtornos alimentares como bulimia e dependência de drogas. "A meditação relaxa os dependentes e os torna mais fortes para resistir à vontade de consumir drogas", explicou à ISTOÉ Elias Dakwar, do Instituto de Psiquiatria do Columbia-Presbyterian Medical Center, em Nova York, instituição que passou a usar o método recentemente.

Há apenas três meses, o médico cearense Lúcio Guimarães Xavier, 37 anos, começou a meditar duas vezes ao dia, durante 20 minutos. Ele já nota uma melhora na sensação de bem-estar, na capacidade de concentração e na qualidade do sono.

"Costumava ter insônia e hoje durmo muito bem." Ele também se surpreendeu com o desaparecimento de um tremor nas mãos, que tinha desde criança

O segredo que possibilita efeitos dessa magnitude nestes tipos de patologias é o fato de a meditação ensinar o indivíduo a viver o presente, sem antecipar medos e sofrimentos. "E como o ato de pensar é "desligado", a mente transcende seu estado ocupado e experimenta um profundo silêncio", explica Sarina Grosswald.

"O corpo, por sua vez, fica totalmente relaxado." É este o mecanismo que também explica parte do seu poder contra a dor. "O método ajuda os pacientes a perceberem a dor e a deixá-la ir embora, sem se prender a ela", disse à ISTOÉ Paula Goolkasian, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Ela faz parte de uma equipe que estuda intensamente a relação entre dor e meditação e é autora de alguns artigos científicos a respeito do tema.

Permeando todos esses processos, porém, está a redução do stress proporcionada pelo método - e os benefícios advindos disso. O controle da tensão implica mudanças importantes na química cerebral, entre elas a diminuição da produção do cortisol.

Liberado em situações de stress, o hormônio tem consequências danosas. Uma delas é a elevação da pressão arterial. Portanto, quanto menor sua concentração, mais baixas são as chances de hipertensão.

E como a meditação diminui o stress, acaba reduzindo, indiretamente, a pressão. Este mecanismo explica por que a técnica contribui para a prevenção de doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral, causadas, entre outras coisas, por uma pressão arterial acima dos níveis recomendados.

Um estudo recente realizado na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, deu uma ideia desse potencial. Durante nove anos, os cientistas acompanharam 201 homens e mulheres com média de 59 anos de idade.

Parte foi orientada a meditar todos os dias e o restante recebeu recomendação para mudar hábitos. Os meditadores tiveram 47% menos chance de morrer de um problema cardiovascular em comparação com os outros. Com base nesse resultado, o coordenador da pesquisa, Robert Schneider, considera que a descoberta equivale ao encontro de uma nova classe de "remédios" para evitar essas enfermidades.

"Nesse caso, a medicação é derivada dos próprios mecanismos de cura do corpo e de sua farmácia interna", disse à ISTOÉ.

A ciência registrou ainda mais um impacto positivo da redução do stress promovida pelo método: o auxílio contra a AIDS.

A doença caracteriza-se pelo ataque do vírus HIV aos linfócitos CD-4 (células que integram o sistema de defesa do corpo). Por causa disso, o corpo fica mais vulnerável a infecções, podendo sucumbir a elas.

Mas é sabido que outro inimigo dos exércitos de defesa é o stress: o hormônio cortisol enfraquece seu funcionamento. Por isso, diminuir a tensão é uma maneira de evitar que isso aconteça.

Na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, os cientistas testaram a força da meditação para controlar o stress em pacientes com AIDS e constataram que, também aqui, ela funciona. Eles selecionaram 48 pessoas soropositivas, divididas em dois grupos: um meditou e o outro, não.

Após oito semanas, os que a praticaram não apresentavam perda de CD-4, ao contrário dos outros participantes. Isso revela que a meditação reduziu o stress. Dessa maneira, contribuiu para preservar o sistema imunológico dos pacientes, ajudando a retardar o avanço do HIV.

Uma das mais intrigantes abordagens de pesquisa é a que estuda a relação entre o método e o envelhecimento precoce. Os pesquisadores começaram a fazer essa associação a partir da certeza do vínculo entre o stress - ele de novo - e a ocorrência de uma deterioração celular acentua­da. Partindo desse raciocínio, eles querem saber se a meditação também teria efeito indireto nesse mecanismo, já que atua sobre o stress.

Cientistas da Universidade da Califórnia estão investigando se a redução do stress causada pela meditação poderia provocar um efeito benéfico sobre os telômeros - espécie de capa protetora das extremidades dos cromossomos cujo comprimento está associado ao grau de envelhecimento celular. Quanto mais comprido, menor o índice de desgaste. E um dos fatores de desgaste dos telômeros é o stress. Portanto, quanto menos stress, mais preservadas essas estruturas.

Diagnosticada com um câncer no intestino em 2005, a bióloga pernambucana Marta Gomes Rodrigues, 59 anos, teve de se submeter a diversas sessões de quimioterapia. Com a reincidência da doença pela quarta vez, ela decidiu aliar ao tratamento a prática da meditação. "Os efeitos colaterais dos medicamentos diminuíram e as náuseas acabaram", diz

No Brasil, o interesse por esse tema, especificamente, também cresce. O médico José Antônio Esper Curiati, do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, por exemplo, coordena grupos de meditação para idosos "Estou medindo os efeitos da prática em aspectos como memória, humor e qualidade do sono", diz.

No Centro de Estudos do Envelhecimento da Universidade Federal de São Paulo, o médico Fernando Bignardi é outro que acompanha os reflexos em indivíduos na terceira idade. "O que notamos de mais imediato é uma mudança na condição emocional", relata.

"Depois há uma melhora no sono, nas condições metabólicas e, finalmente, alterações clínicas que levam à melhora de doenças como hipertensão e diabetes."

A experiência bem-sucedida incentivou Bignardi a desenvolver uma pesquisa mais ampla. A instituição acompanha a saúde de 1,5 mil idosos para verificar a relação entre estilo de vida, personalidade, cognição e doenças.

A intenção agora é analisar como a prática meditativa interfere nessa equação - inclusive na incidência de doenças neurodegenerativas como o mal de Alzheimer. A médica Edith Horibe, presidente da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento, já indica a meditação para seus pacientes. "Sem dúvida, ela permite uma vida mais longa e com saúde", afirma.

"E a técnica não exige mudanças no estilo de vida", completa Kleber Tani, diretor da seção carioca da Sociedade Internacional de Meditação.

Fonte: Revista Istoé
de:www.agenciaaids.com.br

A respeito da Reportagem de Carta Capital Remédios por Juros


Agora vejo o porque de nós estarmos nessa situação.
Lembro-me de passar o Dia 1 de Dezembro enviando emails
para tudo quanto fosse deputado, vereador e senador,
relatando falta de médicos Infectoligistas, num posto de saúde
aqui no bairro de irajá, depois foi veiculada reportagens mostrando, que eram em vários postos e inclusive falta de remédio.
Tenho um Ofício (feito através do gabinete do Sr Deputado Otávio Leite)que pede explicações dele.
O ofício data de 25/11/2009.
Ao que me consta até hoje não foi respondido.
Aproveitei essa reportagem e enviei cópia p/ Sr Otávio, vamos
aguardar.
O que mais me causou espanto foi saber que o Sr Serra também
tem problemas, logo ele que quando esteve à frente do Ministério da Saúde fez um bom trabalho.
Temos que pensar muito em que vamos votar!!!

Vacinação contra Gripe 2

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

JORNAL DA CIDADE DE BAURU-SP

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27/FEVEREIRO/2010

Vacinação da gripe A amplia faixa etária (26/02/2010)

Brasileiros de 30 a 39 anos também serão vacinados na campanha que começará no próximo dia 8 em todo o Brasil

Márcio Falcão

O Ministério da Saúde informou ontem que ampliou o número dos grupos de pessoas que poderão receber gratuitamente a vacina contra a gripe A (H1N1). Segundo o ministro José Gomes Temporão (Saúde), também serão incluídos adultos saudáveis entre 30 anos e 39 anos. Com a mudança, o governo espera imunizar 110 milhões de brasileiros contra gripe -sendo 90 milhões de doses contra gripe A e mais 20 milhões de doses contra gripe sazonal.

O ministro afirmou que a inclusão dessa faixa etária foi provoca porque foi o grupo com maior número de óbitos por causa da gripe. "A inclusão da população de 30 e 39 anos foi tomada com base nos seguintes critérios: foi a população com o maior numero de óbitos e de maior risco no conjunto da população e também porque sobrou vacina no Hemisfério Norte. [..] Essa mobilização será de uma boa guerra, que é a guerra da saúde. Com a população protegida quando a segunda onda da gripe chegar ao Hemisfério Sul, vamos estar mais seguros do que o ano passado'', disse.

Além da nova faixa de imunização, o ministro disse que o governo vai recomendar aos postos de saúde que amplie o horário de atendimento, passando a vacinar em turnos noturnos e aos fins de semana. "Fiz apelo para que os Estados e os municípios, para facilitar a vida do cidadão que não poder ir durante o dia, para que possa tomar vacina durante a noite ou em horários entendidos no fim de semana", disse.

Em janeiro, quando foi anunciada a estratégia nacional de enfrentamento da segunda onda da pandemia de nova gripe no País, a nova faixa etária de imunizados não estava contemplada. Pelas regras iniciais, seis grupos seriam vacinados, sendo que primeiramente os profissionais de saúde e população indígena.

Na sequência, aparecem gestantes, crianças a partir de seis meses e menores de dois anos, além de portadores de doenças crônicas, como diabéticos, imunodeprimidos (portadores do vírus HIV, por exemplo), cardiopatas e portadores de doenças respiratórias crônicas. A terceira etapa foi reservada para adultos saudáveis entre 20 e 29 anos.

A primeira etapa da vacinação começa no dia 8 de março. Agora, a campanha só termina em 21 de maio, com o atendimento da nova faixa de imunização para os adultos entre 30 e 39 anos.

De acordo com dados do ministério, o vírus H1N1 matou 1.705 pessoas no Brasil e mais de 14 mil em todo o mundo. No país, mais de 20 mil casos de brasileiros infectados com a gripe foram registrados.

Gasto de R$ 1 bilhão

O governo federal vai gastar R$ 1,006 bilhão na aquisição aquisição da vacina contra a gripe A. Os recursos estão vinculados ao Programa Nacional de Imunizações, que também oferece vacinas contra outras doenças. "Esse é o nosso maior desafio em termos de campanha. O ministério vai incluir mais um grupo populacional no programa nacional de vacinação que é a população saudável entre 30 anos e 39 anos. São mais de 30 milhões de pessoas que serão vacinadas. Vamos imunizar os idosos saudáveis com mais de 60 anos. O tamanho do esforço e vacinar em dois meses 110 milhões de pessoas", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Segundo o ministro, os brasileiros que não estiverem entre os grupos de imunização não devem procurar os postos. "Escolhemos os grupos por faixas etárias e portadores de doença com maior risco de adoecer'', disse.

Vacinação contra Gripe

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

AMAZÔNIA HOJE-PA

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CIDADE


27/FEVEREIRO/2010

Vacina para 91 milhões (26/02/2010)

Pessoas entre 30 e 39 anos vão receber gratuitamente a dose, por ser uma faixa vulnerável

O Ministério da Saúde decidiu ampliar os grupos que participarão da primeira etapa da campanha de vacinação contra gripe A. Além dos trabalhadores da saúde, indígenas, gestantes, doentes crônicos e crianças de seis meses a dois anos incompletos (23 meses), passam a integrar o público alvo da campanha a população saudável de 30 a 39 anos. O cronograma de vacinação começa a partir do dia 8 de março.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, justificou a ampliação do grupo pelo fato de que as pessoas com esta faixa etária correspondem ao grupo com maior número de hospitalizações e mortes depois daqueles já priorizados nas etapas anteriormente definidas.

"A inclusão de mais um grupo populacional dentro das prioridades de vacinação contra a gripe pandêmica representa mais 29 milhões de pessoas. Isso significa que estamos começando uma campanha para imunizar, em dois meses em meio, 91 milhões de brasileiros", ressaltou o ministro durante a I Reunião Preparatória com os Coordenadores Estaduais em Imunizações - Campanha Influenza, que está ocorrendo hoje e amanhã em Brasília.

O ministro ressaltou que a oferta mundial de vacinas também possibilitou a nova aquisição. Serão 30 milhões de doses da vacina a mais, o que deve elevar o montante para 113 milhões de vacinas. A compra será realizada com o aporte de R$ 300 milhões, que serão liberados por medida provisória. Os recursos também serão utilizados para custear os gastos com a operacionalização da nova etapa. Ao todo, o gasto do governo federal com medicamentos e vacinas para a nova gripe chegará a R$ 1,8 bilhão, mais do que o R$ 1,4 bilhão investido no ano passado no programa de AIDS, um dos mais caros do ministério.

De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo da campanha é manter os serviços de saúde funcionando e reduzir o número de casos graves e óbitos nos grupos mais vulneráveis. A expectativa é imunizar pelo menos 91 milhões de pessoas contra a gripe pandêmica, além da vacinação de 19 milhões de idosos contra a gripe comum.

A Campanha de vacinação começa no dia 8 de março. Nesta primeira fase, que vai até o dia 19 de março, serão imunizados os trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos na resposta à pandemia e a população indígena. Entre os trabalhadores, estão médicos, enfermeiros, recepcionistas, pessoal de limpeza e segurança, motoristas de ambulância e outros profissionais que atuam nas unidades que prestam assistência aos pacientes, equipes de laboratório e profissionais que atuam na investigação epidemiológica. O grupo foi escolhido por ter mais contato com pessoas doentes, e por consequência, estarem mais expostas à contaminação.

Já a vacinação dos indígenas abrangerá a totalidade da população que vive em aldeias e será realizada em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Cronograma de imunização vai até maio

Entre 22 de março e 2 de abril, a campanha abrangerá grávidas em qualquer período de gestação, pessoas com problemas crônicos (exceto idosos, que serão chamados posteriormente) e crianças de seis meses a dois anos incompletos (23 meses). Na lista, entram doenças do coração, pulmão, fígado, rins e sangue; diabéticos, pessoas com deficiência do sistema imunológico e obesos grau 3.

Esta faixa de pessoas foi escolhida por ter uma probabilidade maior de apresentar complicações severas diante da doença, em parte por possuir uma resistência menor. Por isso, merece acompanhamento mais rigoroso.

Enquanto que os adultos de 20 a 29 anos, o público alvo da terceira fase, que vai de 5 a 23 de abril, foram escolhidos por ter sido o grupo com maior incidência da doença segundo os registros oficiais da Organização Mundial de Saúde.

A etapa seguinte, de 24 de abril a 7 de maio, coincide com a campanha anual de vacinação contra a gripe comum. Nesse período, os idosos serão imunizados para a influenza sazonal, como todos os anos. Se tiverem doenças crônicas, receberão também a vacina contra a gripe pandêmica. A estratégia foi elaborada de forma que a população da faixa etária se dirija aos locais de vacinação apenas uma vez. Agora, a campanha só termina em 21 de maio, com o atendimento da nova faixa de imunização para os adultos entre 30 e 39 anos.

Fonte:www.aids.gov.br

Remédios por juros reprotagem de Carta Capital

Revista Carta Capital: Auditoria aponta que governos de SP, DF, MG e RS usaram recursos do SUS, inclusive para o combate da aids, para fazer ajuste fiscal Remédios por juros

Sem alarde e com um grupo reduzido de técnicos, coube a um pequeno e organizado órgão de terceiro escalão do Ministério da Saúde, o Departamento Nacional de Auditorias do Sistema Único de Saúde (Denasus), descobrir um recorrente crime cometido contra a saúde pública no Brasil.

Em três dos mais desenvolvidos e ricos estados do País, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, todos governados pelo PSDB, e no Distrito Federal, durante a gestão do DEM, os recursos do SUS têm sido aplicados, ao longo dos últimos quatro anos, no mercado financeiro.

A manobra serviu aparentemente para incrementar programas estaduais- de choques de gestão, como manda a cartilha liberal, e políticas de déficit zero, em detrimento do atendimento a uma população estimada em 74,8 milhões de habitantes.

O Denasus listou ainda uma série de exemplos de desrespeito à Constituição Federal, a normas do Ministério da Saúde e de utilização ilegal de verbas do SUS em outras áreas de governo. Ao todo, o prejuízo gerado aos sistemas de saúde desses estados passa de 6,5 bilhões de reais, sem falar nas consequências para seus usuários, justamente os brasileiros mais pobres.

As auditorias, realizadas nos 26 estados e no DF, foram iniciadas no fim de março de 2009 e entregues ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em 10 de janeiro deste ano.

Ao todo, cinco equipes do Denasus percorreram o País para cruzar dados contábeis e fiscais com indicadores de saúde. A intenção era saber quanto cada estado recebeu do SUS e, principalmente, o que fez com os recursos federais. Na maioria das unidades visitadas, foi constatado o não cumprimento da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, que obriga a aplicação em saúde de 12% da receita líquida de todos os impostos estaduais. Essa legislação ainda precisa ser regulamentada.

Ao analisar as contas, os técnicos ficaram surpresos com o volume de recursos federais do SUS aplicados no mercado financeiro, de forma cumulativa, ou seja, em longos períodos.

Legalmente, o gestor dos recursos é, inclusive, estimulado a fazer esse tipo de aplicação, desde que antes dos prazos de utilização da verba, coisa de, no máximo, 90 dias.

Em Alagoas, governado pelo também tucano Teotônio Vilela Filho, o Denasus constatou operações semelhantes, mas sem nenhum prejuízo aos usuários do SUS. Nos casos mais graves, foram detectadas, porém, transferências antigas de recursos manipulados, irregularmente, em contas únicas ligadas a secretarias da Fazenda.

Pela legislação em vigor, cada área do SUS deve ter uma conta específica, fiscalizada pelos Conselhos Estaduais de Saúde, sob gestão da Secretaria da Saúde do estado.


O primeiro caso a ser descoberto foi o do Distrito Federal, em março de 2009, graças a uma análise preliminar nas contas do setor de farmácia básica, foco original das auditorias.

No DF, havia acúmulo de recursos repassados pelo Ministério da Saúde desde 2006, ainda nas gestões dos governadores Joaquim Roriz, então do PMDB, e Maria de Lourdes Abadia, do PSDB. No governo do DEM, em vez de investir o dinheiro do SUS no sistema de atendimento, o ex-secretário da Saúde local Augusto Carvalho aplicou tudo em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs).

Em março do ano passado, essa aplicação somava 238,4 milhões de reais. Parte desse dinheiro, segundo investiga o Ministério Público Federal, pode ter sido usada no megaesquema de corrupção que resultou no afastamento e na prisão do governador José Roberto Arruda.

Essa constatação deixou em alerta o Ministério da Saúde. As demais equipes do Denasus, até então orientadas a analisar somente as contas dos anos 2006 e 2007, passaram a vasculhar os repasses federais do SUS feitos até 2009.

Nem sempre com sucesso. De acordo com os relatórios, em alguns estados como São Paulo e Minas os dados de aplicação de recursos do SUS entre 2008 e 2009 não foram disponibilizados aos auditores, embora se tenha constatado o uso do expediente nos dois primeiros anos auditados (2006-2007).

Na auditoria feita nas contas mineiras, o Denasus detectou, em valores de dezembro de 2007, mais de 130 milhões de reais do SUS em aplicações financeiras.

O Rio Grande do Sul foi o último estado a ser auditado, após um adiamento de dois meses solicitado pelo secretário da Saúde da governadora tucana Yeda Crusius, Osmar Terra, do PMDB, mesmo partido do ministro Temporão. Terra alegou dificuldades para enviar os dados porque o estado enfrentava a epidemia de gripe suína.

Em agosto, quando a equipe do Denasus finalmente desembarcou em Porto Alegre, o secretário negou-se, de acordo com os auditores, a fornecer as informações. Não permitiu sequer o protocolo na Secretaria da Saúde do ofício de apresentação da equipe. A direção do órgão precisou recorrer ao Ministério Público Federal para descobrir que o governo estadual havia retido 164,7 milhões de recursos do SUS em aplicações financeiras até junho de 2009.

O dinheiro, represado nas contas do governo estadual, serviu para incrementar o programa de déficit zero da governadora, praticamente único argumento usado por ela para se contrapor à série de escândalos de corrupção que tem enfrentado nos últimos dois anos. No início de fevereiro, o Conselho Estadual de Saúde gaúcho decidiu acionar o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas do Estado e a Assembleia Legislativa para apurar o destino tomado pelo dinheiro do SUS desde 2006.

Ainda segundo o relatório, em 2007 o governo do Rio Grande do Sul, estado afetado atualmente por um surto de dengue, destinou apenas 0,29% dos recursos para a vigilância sanitária. Na outra ponta, incrivelmente, a vigilância epidemiológica recebeu, ao longo do mesmo ano, exatos 400 reais do Tesouro estadual.

No caso da assistência farmacêutica, a situação ainda é pior: o setor não recebeu um único centavo entre 2006 e 2007, conforme apuraram os auditores do Denasus.

Com exceção do DF, onde a maioria das aplicações com dinheiro do SUS foi feita com recursos de assistência farmacêutica, a maior parte dos recursos retidos em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul diz respeito às áreas de vigilância epidemiológica e sanitária, aí incluído o programa de combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTS).

Mas também há dinheiro do SUS no mercado financeiro desses três estados que deveria ter sido utilizado em programas de gestão de saúde e capacitação de profissionais do setor.

Informado sobre o teor das auditorias do Denasus, em 15 de fevereiro, o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior, colocou o assunto em pauta, em Brasília, na terça-feira 23. Antes, pediu à Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, à qual o Denasus é subordinado, para repassar o teor das auditorias, em arquivo eletrônico, para todos os 48 conselheiros nacionais.

Júnior quer que o Ministério da Saúde puna os gestores que investiram dinheiro do SUS no mercado financeiro de forma irregular. "Tem muita coisa errada mesmo."

No caso de São Paulo, a descoberta dos auditores desmonta um discurso muito caro ao governador José Serra, virtual candidato do PSDB à Presidência da República, que costuma vender a imagem de ter sido o mais pródigo dos ministros da Saúde do País, cargo ocupa-do por ele entre 1998 e 2000, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Segundo dados da auditoria do Denasus, dos 77,8 milhões de reais do SUS aplicados no mercado financeiro paulista, 39,1 milhões deveriam ter sido destinados a programas de assistência farmacêutica, 12,2 milhões a programas de gestão, 15,7 milhões à vigilância epidemiológica e 7,7 milhões ao combate a DST/AIDS, entre outros programas.

Ainda em São Paulo, o Denasus constatou que os recursos federais do SUS, tanto os repassados pelo governo federal como os que tratam da Emenda nº 29, são movimentados na Conta Única do Estado, controlada pela Secretaria da Fazenda.

Os valores são transferidos imediatamente para a conta, depois de depositados pelo ministério e pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), por meio de Transferência Eletrônica de Dados (TED). "O problema da saúde pública (em São Paulo) não é falta de recursos financeiros, e, sim, de bons gerentes", registraram os auditores.

Pelos cálculos do Ministério da Saúde, o governo paulista deixou de aplicar na saúde, apenas nos dois exercícios analisados, um total de 2,1 bilhões de reais. Destes, 1 bilhão, em 2006, e 1,1 bilhão, em 2007. Apesar de tudo, Alckmin e Serra tiveram as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

O mesmo fenômeno repetiu-se nas demais unidades onde se constatou o uso de dinheiro do SUS no mercado financeiro. No mesmo período, Minas Gerais deixou de aplicar 2,2 bilhões de reais, segundo o Denasus. No Rio Grande do Sul, o prejuízo foi estimado em 2 bilhões de reais.

CartaCapital solicitou esclarecimentos às secretarias da Saúde do Distrito Federal, de São Paulo, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Em Brasília, em meio a uma epidemia de dengue com mais de 1,5 mil casos confirmados no fim de fevereiro, o secretário da Saúde do DF, Joaquim Carlos Barros Neto, decidiu botar a mão no caixa.

Oriundo dos quadros técnicos da secretaria, ele foi indicado em dezembro de 2009, ainda por Arruda, para assumir um cargo que ninguém mais queria na capital federal. Há 15 dias, criou uma comissão técnica para, segundo ele, garantir a destinação correta do dinheiro do SUS para as áreas originalmente definidas. "Vamos gastar esse dinheiro todo e da forma correta", afirma Barros Neto. "Não sei por que esses recursos foram colocados no mercado financeiro."

O secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, afirma jamais ter negado atendimento ou acesso à documentação solicitada pelo Denasus.

Segundo Terra, foram os técnicos do Ministério da Saúde que se recusaram a esperar o fim do combate à gripe suí-na no estado e se apressaram na auditoria. Mesmo assim, garante, a equipe de auditores foi recebida na Secretaria Estadual da Saúde.

De acordo com ele, o valor aplicado no mercado financeiro encontrado pelos auditores, em 2009, é um "retrato do momento" e nada tem a ver com o fluxo de caixa da secretaria. Terra acusa o diretor do Denasus, Luís Bolzan, de ser militante político do PT e, por isso, usar as auditorias para fazer oposição ao governo. "Neste ano de eleição, vai ser daí para baixo", avalia.

Em nota enviada à redação, a Secretaria da Saúde de Minas Gerais afirma estar regularmente em dia com os instrumentos de planejamento do SUS. De acordo com o texto, todos os recursos investidos no setor são acompanhados e fiscalizados por controle social.

A aplicação de recursos do SUS no mercado financeiro, diz a nota, é um expediente "de ordem legal e do necessário bom gerenciamento do recurso público". Lembra que os recursos de portarias e convênios federais têm a obrigatoriedade legal da aplicação no mercado financeiro dos recursos momentaneamente disponíveis.

Também por meio de uma nota, a Secretaria da Saúde de São Paulo refuta todas as afirmações constantes do relatório do Denasus. Segundo o texto, ao contrário do que dizem os auditores, o Conselho Estadual da Saúde fiscaliza e acompanha a execução orçamentária e financeira da saúde no estado por meio da Comissão de Orçamento e Finanças. Também afirma ser a secretaria a gestora dos recursos da Saúde.

Quanto ao investimento dos recursos financeiros, a secretaria alega cumprir a lei, além das recomendações do Tribunal de Contas do Estado.

"As aplicações são referentes a recursos não utilizados de imediato e que ficariam parados em conta corrente bancária." A secretaria também garante ter dado acesso ao Denasus a todos os documentos disponíveis no momento da auditoria.
Fnt: Carta Capital