Saúde
Novas regras para farmácias passam a vigorar nesta quinta
18 de fevereiro de 2010
Passam a valer a partir desta quinta-feira as novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para as farmácias. Está proibida a venda de medicamentos sem prescrição médica, como analgésicos e antitérmicos, em prateleiras ao alcance do consumidor eles devem ser colocados atrás do balcão. As grandes redes de drogarias, porém, conseguiram na Justiça liminares que as liberam das principais determinações da nova lei.
Somente os remédios fitoterápicos que não precisarem de receita, os administrados por via dermatológica e os sujeitos a notificação simplificada (como a água oxigenada, por exemplo) poderão continuar ao alcance do público. Além disso, as farmácias deverão alertar os clientes, por meio de cartazes, sobre os riscos da automedicação.
"O entendimento é um só. A Anvisa não tem competência para baixar tais determinações. Ela é uma autarquia federal e não tem poder de legislar. Nenhuma lei proíbe farmácias de vender produtos de conveniência no país, disse Sérgio Mena Barreto, presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). "São inúmeros municípios no Brasil que não têm nenhum banco público. O maior prejudicado é o cidadão, pois se as farmácias não têm mais receita, elas vão cortar custos ou aumentar os preços, além da diminuição da oferta de empregos", continuou.
A resolução ainda regulamenta quais serviços podem ser prestados nas farmácias e a venda de medicamentos pela internet e pelo telefone. Os estabelecimentos poderão medir pressão, temperatura, taxa de glicose, aplicar medicamentos e furar orelha para a colocação brincos. Pelas novas regras, apenas as farmácias e drogarias abertas ao público poderão realizar vendas por telefone e pela internet.
Barreto assegura que todas as farmácias brasileiras já têm uma medida judicial e não precisam cumprir essa resolução. Além da Abrafarma, que já havia obtido uma decisão judicial em outubro do ano passado, as entidades que cobrem as outras farmácias, (ABC Farma e a Febrafarm) também já obtiveram decisões judiciais.
Fonte: www.veja.abril.com.br
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