Hipertensão afeta 30 milhões de brasileiros e quase a metade não sabe que tem doença, diz Ministério da Saúde
Publicada em 22/04/2010 às 11h27m
O GloboRIO - A Sociedade Brasileira de Cardiologia lança na segunda-feira a campanha "Eu sou 12 por 8", que tem como objetivo alertar a população brasileira dos perigos da pressão alta. A doença, que no início não apresenta sintomas, afeta 30 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. Destes, 12 milhões não sabem que têm a doença e correm um risco maior de ter outros distúrbios perigosos, entre eles infartos e derrames. A SBC estima que apenas 10% das pessoas com pressão alta faz regularmente acompanhamento médico e segue suas orientações. Para incentivar a população, personalidades aderiram à campanha, se tornaram embaixadores e já vestiram a camiseta "Eu sou 12 por 8", como a atriz Guilhermina Guinle, o cantor Ney Matogrosso e a apresentadora Sarah Oliveira.
Alguns fatores aumentam as chances de um indivíduo desenvolver hipertensão e parte deles pode ser evitada.Uma alimentação não balanceada, especialmente carregada de sal, pode levar ao quadro hipertensivo. O consumo de bebida alcoólica, o sedentarismo e a obesidade também estimulam a doença.O Ministério da Saúde acrescenta ainda à lista de fatores de risco: diabetes, histórico de hipertensão na família e ser da raça negra.
O órgão avisa que, depois dos 55 anos, 90% dos indivíduos correm o risco de desenvolver hipertensão, mesmo que tenham tido pressão normal até então. Alguns sintomas que podem ajudar no diagnóstico da doença são dores de cabeça, cansaço, tonturas e sangramentos do nariz. Porém, a única forma segura de identificar a hipertensão é checar regularmente a pressão arterial.
Perigo para os executivosUm levantamento feito pelo Centro de Medicina Nuclear da Guanabara feito com 1.054 executivos indica que 22% dos trabalhadores cariocas têm pressão alta. O médico Eduardo Duarte, responsável pela pesquisa, afirma que é fundamental que as pessoas mantenham os exames em dia para diagnosticar o quadro no início.
- São indivíduos com elevado grau de informação, mas que, mesmo assim, não tomam os cuidados necessários para manutenção da saúde. São capazes de lembrar da revisão do seu novo automóvel, mas não encontram tempo para uma avaliação médica - afirma Duarte.
Para ele, a mudança no estilo de vida é a principal arma para se combater a doença. Neste caso, é preciso, além de fazer exercício, seguir uma dieta equilibrada, sem sal, embutidos e alimentos processados.
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