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Nota
16/04/10Esclarecimento sobre a situação dos antirretrovirais no país
Nos últimos dias, notícias veiculadas sobre o possível desabastecimento de antirretrovirais no país têm causado apreensão aos usuários. Gostaríamos de esclarecer às pessoas que vivem com aids, às redes sociais e aos profissionais de saúde que a situação verificada em algumas cidades foi gerada por redução dos estoques de alguns itens produzidos no Brasil. O Ministério da Saúde assegura que todos os esforços foram feitos para a regularização dos estoques.
A logística de medicamentos antirretrovirais trabalha com estoques reguladores de no mínimo de 3 meses. Devido a atrasos nas entregas programadas dos medicamentos Lamivudina (3TC) 150mg, Zidovudina (AZT) 300mg + Lamivudina (3TC) 150mg, a quantidade desses antirretrovirais enviados a cada remessa aos estados foi reduzida para garantir a cobertura em todo o território nacional. Isto gerou uma sobrecarga da estrutura logística de distribuição em alguns locais.
O Ministério informa que há no país disponibilidade de matéria-prima para a fabricação dos antirretrovirais em quantidade suficiente. A distribuição da produção entre os laboratórios nacionais já foi reprogramada, de forma a garantir o abastecimento regular da rede e a recomposição dos estoques estratégicos.
A redução dos estoques dos medicamentos de produção nacional difere-se do ocorrido com o Abacavir Comprimido de 300mg. O Abacavir é um antirretroviral importado. Diante do atraso na entrega deste medicamento, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais divulgou, em 14 de dezembro, uma nota técnica orientando a substituição por outros medicamentos. A chegada do Abacavir ao país é prevista para o final da semana que vem e a distribuição acontecerá no fim de abril.
É importante ressaltar que para prover o acesso universal aos antirretrovirais o Departamento trabalha com a aquisição e a distribuição de 19 medicamentos, totalizando 32 apresentações diferentes, de forma a atender a quase 200 mil pessoas que vivem com aids no país.
O Ministério da Saúde reitera que todos os esforços de gestão necessários para garantia do acesso das pessoas que vivem com aids aos medicamentos continuarão sendo feitos para que a situação venha a ser regularizada.
Mariângela Simão
Eduardo Barbosa
Diretoria do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Ministério da Saúde
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