Medicação na gravidez esconde
certos perigos, afirma pesquisa
Remédios podem atravessar a placenta e provocar deformação do feto
Embora 86,4% das gestantes utilizem medicamentos com prescrição médica, mais da metade não recebeu nenhuma orientação sobre a medicação utilizada. De acordo com a farmacêutica Andrea Fontoura, autora da pesquisa, essa disparidade acontece porque em muitos casos os medicamentos são apenas entregues pelo farmacêutico com a apresentação da receita.
- Na verdade, a medicação deveria ser dispensada, ou seja, no ato da entrega são fornecidas todas as informações necessárias para o usuário, explica.
- Durante a gestação, os medicamentos ingeridos pela mãe podem atravessar a placenta e provocar efeitos teratogênicos, como defeitos na formação do feto, afirma a pesquisadora.
- Todo medicamento é lançado após exaustivos testes clínicos com seres humanos, mas como eles não podem ser realizados em gestantes, seus efeitos deletérios são conhecidos apenas quando já estão no mercado, completa.
Tipo de medicação
Os medicamentos mais utilizados pelas gestantes estão nas categorias A e B, com 20,55% e 25,20%, respectivamente.
- Os estudos existentes demonstram que esses grupos de medicamentos não tiveram efeitos teratogênicos sobre os fetos, afirma Andrea.
A farmacêutica alerta para os riscos da utilização dos princípios ativos da categoria C, verificada em 14,07% das mulheres pesquisadas, e que inclui a escopolamina, receitada em casos de dor e cólicas.
- Essa categoria inclui medicamentos que apresentaram efeitos adversos no feto em pesquisas sobre reprodução animal, ressalta.
- Entretanto, em seres humanos, não existem estudos adequados ou os resultados não foram divulgados
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