Ministro aceita pedido de prisão de Arruda; decisão é analisada pelo STJ
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Fernando Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), relator do inquérito que investiga o suposto esquema de corrupção no GDF (Governo do Distrito Federal), aceitou o pedido de prisão do governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido).
Os demais integrantes da Corte foram convocados na tarde desta quinta-feira para analisar a decisão de Gonçalves. A subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a prisão de Arruda pela suposta tentativa de suborno do jornalista Edson dos Santos, o Sombra.
"Se não é possível fazer conclusões nesse atual estágio [...] por outro lado é inconteste que a presença do governador está ligada aos recentes eventos e tem gerado instabilidade na ordem publica da cidade. A única forma de se fazer cessar é decreto de prisão preventiva", disse o relator.
Além de Arruda, Gonçalves aceitou a prisão do ex-deputado Geraldo Naves (DEM); Weligton Moraes, ex-secretário de Comunicação; Rodrigo Arantes, sobrinho do governador; Haroaldo Brasil de Carvalho, diretor da CEB (Companhia Energética de Brasília); e Antonio Bento da Silva, conselheiro do Metrô. Silva, no entanto, já está preso..
A Polícia Federal prendeu, na semana passada, o conselheiro do Metrô. No momento da prisão, ele entregava R$ 200 mil a Sombra.
Segundo o jornalista, o dinheiro seria a primeira parcela de um suborno de R$ 1 milhão em troca de um pacote de serviços que incluía uma declaração afirmando que os vídeos que mostram políticos de Brasília recebendo dinheiro de suposta propina foram manipulados por Durval Barbosa, delator do esquema.
Em depoimento à Polícia Federal, Sombra disse que, além de Silva, Naves e Weligton foram interlocutores do governador na tentativa de suborno.
O jornalista ainda entregou aos policiais um bilhete que teria sido escrito por Arruda como prova de que estaria envolvido na negociação de suborno.
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