Saiba como ser doador de órgãos
Ministério da Saúde que interessado deve deixar escolha clara para a família
De acordo com o Ministério da Saúde as regras para que alguém possa ser considerado doador de órgãos após a morte são os seguintes:
– Ter identificação e registro hospitalar.
– Ter a causa do coma estabelecida e conhecida.
– Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central.
– Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante.
– Ser submetido a exame complementar que comprove a morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral.
– Estar comprovada a morte encefálica. Nessa situação o cérebro está morto, tornando a parada cardíaca inevitável. Apesar de ainda haver batimentos cardíacos, que vão durar apenas por algumas horas, o paciente não pode mais respirar sem os aparelhos.
O ministério ressalta que hoje, pela legislação brasileira, a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode acontecer após a autorização da família. Por isso, quem tem interesse em doar órgãos deve manter a família avisada, diz o governo.
– O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Porém, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte.
Quando há morte encefálica podem ser doados os seguintes órgãos:
– Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias)
– Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas)
– Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas)
– Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas)
– Figado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas)
– Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas)
– Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos)
– Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue)
– Pele.
– Válvulas cardíacas
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