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JORNAL DO BRASIL - RJ | CIDADE
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
26/03/2010
Tuberculose avança na favela e nas cadeias
Rocinha lidera casos no Rio, e detentos também sofrem
Carolina Monteiro
Como foi divulgado anteontem, o Rio é o estado brasileiro com mais casos de tuberculose: são 68,64 por cada 100 mil habitantes. Na capital do estado, a região mais afetada pela doença é a Rocinha. Só em 2008, foram 273 casos registrados na comunidade, onde os barracos são muito próximos e o ar pouco circula.
Segundo o Grupo de apoio a ex-pacientes de tuberculose (Gaexpa), cerca de 40 moradores são tratados mensalmente na Rocinha, no Centro Municipal de Saúde da Gávea.
Para diminuir a incidência da doença, a Secretaria Municipal de Saúde tem na comunidade uma das principais frentes de atuação.
O Programa de Controle da Tuberculose do órgão utiliza a Estratégia de Tratamento Diretamente Observado (Dots) para reduzir o abandono, um dos maiores desafios no combate à doença.
Com o método, os profissionais de saúde observam o paciente tomar os medicamentos desde o início do tratamento até a cura.
- Principalmente no começo do tratamento, é importante ter apoio afetivo e financeiro.
Por causa do efeito forte dos remédios, muita gente se sente tão mal que prefere ficar doente mesmo - explica Rita Smith, presidente do Gaexpa, que já teve a doença.
Presos
- As carceragens são insalubres, abafadas e próprias para a proliferação de doenças como a tuberculose - diz Freixo.
Outros fatores que aumentam o risco de contração de doenças pelos detentos é a ausência de uma triagem antes do ingresso no sistema carcerário e a precariedade do atendimento de saúde disponibilizado aos presos.
- Antes, havia uma porta de entrada única, o presídio Ary Franco onde era feito um trabalho de prevenção. Agora, não há mais triagem alguma. O estado perdeu o controle de doenças dos presos - lamenta o deputado.
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