Campanha quer conter avanço da Aids em mulheresDIÁRIO DO NORDESTE - CE
30/03/2010
Ação da Secretaria de Saúde do Município tem como objetivo o enfrentamento da "feminização" da AIDS Os números não deixam dúvida: a AIDS está se disseminando com mais rapidez entre as mulheres do País. E a "feminização" da doença pode ser constata de várias formas em Fortaleza. A mais clara delas é que, enquanto em 1980 para cada 15 casos de AIDS registrados na Capital entre os homens havia uma ocorrência da doença entre as mulheres, atualmente a cada 15 registros da Síndrome em os homens já são contabilizados dez em mulheres. Além disso, estudos da Secretaria Municipal de Saúde mostram que de 1983 - quando foi identificado o primeiro caso da doença na cidade - até 2009, houve 5.640 notificações de AIDS entre adultos, dos 26,7% são de portadoras do vírus do sexo feminino. Os dados de período (os levantamentos referentes aos primeiros meses deste ano ainda não foram contabilizadas) em Fortaleza trazem, também, a notificação de 1.817 óbitos em decorrência do Vírus da Imunodeficiência Adquirida. Como forma de alertar a população sobre os cuidados para prevenir a doença, bem como sobre a importância do diagnóstico precoce, a Coordenação Municipal de DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), inicia hoje, no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Frei Tito de Alencar, na Praia do Futuro, uma campanha de enfrentamento da "femi-nização" da AIDS. A campanha prossegue durante o próximo mês nos Cras, com a promoção de palestras, distribuição de material informativo e realização de testes de HIV. As ações visam frear o avanço do vírus HIV entre as mulheres, lembrou ontem a coordenadora municipal de DST AIDS e Hepatites Virais da Secretaria da Saúde, Renata Mota. Segundo ela, desde o ano passado, o Ministério de Saúde iniciou a construção de um plano de enfrentamento da feminização da epidemia de AIDS e outras DSTS. Na década de 1980, existia a crença de que a AIDS era uma doença de grupos de riscos. "Mas, hoje, acreditamos existirem populações mais vulneráveis à doença, que são todas as aquelas que têm vida sexual ativa e não usa PRESERVATIVO", destacou. "A desigualdade de gênero, leia-se machismo, contribui para o crescimento dessa epidemia entre as mulheres", disse, esclarecendo que essas desigualdades trazem desinformação e diminui o acessos das mulheres aos PRESERVATIVOS. A violência doméstica e sexual é outro fator para a "feminização" da AIDS. Brasil Doença ataca mais as adolescentes Em âmbito nacional, na faixa etária dos 12 a 19 anos, a incidência da AIDS no sexo feminino já é maior que no masculino, informa publicação do Ministério da Saúde. De acordo com Renata Mota, isso já vem ocorrendo desde 2007. Em Fortaleza, contudo, ainda não há estudo comprovando essa disseminação tão acentuada da Síndrome entre os adolescentes. Por outro lado, ela adianta que as questões relacionadas à pobreza intensificam a epidemia da AIDS entre as faixas menos favorecidas da população. "Isso porque essas pessoas têm menos acesso aos PRESERVATIVOS, dentre outros fatores", ponderou, lembrando que os tratamentos e a qualidade de vida dessas populações enfrentam maiores dificuldades. O certo é que de 1983 a 2009, os casos registrados de AIDS na Capital provocaram 1.817 óbitos entre os doentes de todas as faixas etárias. Já os registros de AIDS especificamente em crianças ficou em 132 casos. "Sem dúvida uma preocupação nossa é alertar sobre o crescimento vertical da doença, ou seja de mãe para filho", frisou Renata Mota, recomendando que o teste do HIV deve feito por toda gestante. "Quando mais cedo a doença for diagnosticada, maiores as chances de o paciente ter qualidade de vida, graças ao acompanhamento médico e aos tratamentos", comentou. O teste da HIV é indispensável para quem deve relações sexuais sem CAMISINHA há pelo menos dois meses. O crescimento da AIDS entre mulheres casadas também preocupa.
Cortesia;Clipping Bem Fam(30/03/010)
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