Oposição leva caso Bancoop à CPI das ONGs para atacar PT
BRASÍLIA (Reuters) - Em mais uma iniciativa para tentar atacar o PT, a oposição conseguiu aprovar nesta quinta-feira requerimentos para explorar o caso da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) na CPI das ONGs do Senado.
Serão realizados na terça-feira os depoimentos do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, do promotor de Justiça José Carlos Blat e do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro.
Os três já haviam sido convocados pela Comissão de Direitos Humanos da Casa. A ideia de PSDB e DEM é explorar esses casos contra o PT antes das eleições.
"O assunto está em evidência na imprensa e famílias de cooperados lesados ao investir no sonho da casa própria vivem situação desesperadora", destacou o requerimento de autoria do senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
O presidente da CPI, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), colocou em votação de forma rápida um bloco de requerimentos durante a sessão da comissão.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) pediu então o destaque do requerimento do caso Bancoop e que os depoimentos fossem agendados com maior rapidez. A oposição já vinha apostando em um "cochilo" da base aliada para explorar o caso.
Blat acusou Vaccari, ex-presidente da Bancoop, de desviar recursos da entidade para financiar campanhas eleitorais do PT. Já Funaro teria dito em depoimento que dirigentes do PT desviaram dinheiro de fundos de pensão de empresas estatais com a mesma finalidade. Vaccari e o PT negam as irregularidades.
"O que não faltam são escândalos a serem apurados, como o caso Yeda (Yeda Crusius, governadora tucana do Rio Grande do Sul) e diversas CPIs paradas na Assembleia de São Paulo, e nada disso é apurado", criticou a jornalistas a líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
(Texto de Fernando Exman; Edição de Alexandre Caverni)
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