26.3.2010
|12h00m
Obra Prima do Dia (Semana Giacomo Balla)
Pintura - As Flechas da Vida (1928)
Giacomo Balla é mais conhecido, e pelos motivos certos, como o pintor mais importante do Futurismo. Ele produziu mais de cem obras versando sobre os estudos abstratos do movimento, da cor e da forma. No entanto, seus trabalhos pré-futuristas, assim como os pós-futuristas, também tinham grande qualidade. O que significa que acima de tudo, ele foi um grande desenhista e um colorista de muito talento.
Como muitos dos futuristas, Balla apoiou Mussolini e os fascistas, apesar de menos entusiasta que outros. No decorrer da década de 1920, no entanto, seu entusiasmo político se esvaneceu e sua adesão ao futurismo também. Assim como aconteceu com Fernando Pessoa, “Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!”, em sua “Ode Triunfal”, o eterno de Balla também durou pouco.
Continuou, no entanto, fascinado pelos conceitos formais de cor e luz; muitas das obras que fez após abandonar as teorias futuristas demonstram sua consciência social sempre em atividade, o que é mais aparente numa série de telas que intitulou “Ciclo dei Viventi” (Ciclo dos Vivos), nos quais figuras marginalizadas, como uma mulher louca, um casal de doentes idosos, um pequeno comerciante e um mendigo, são retratados com muita simpatia.
De 1930 em diante, suas telas têm um caráter mais intimista e privado. Fez muitas paisagens e retratos de sua mulher, de suas duas filhas e de seus amigos. Mas não se pode negar que sua marca como grande artista está intimamente ligada ao movimento que ajudou a difundir, movimento responsável por uma verdadeira revolução nas Artes Plásticas. É como futurista que ele pode ser considerado um fora de série.
Giacomo Balla morreu em 1958, aos 87 anos.
O quadro de hoje, “As Flechas da Vida”, sua última obra em estilo futurista, é óleo sobre placa de madeira.
Acervo Galleria Nazionale d’ Arte Moderna e Contemporanea, Roma
Fontes
http://www.gnam.beniculturali.it
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