Alerta contra pombos no Rio
Queixas de infestação dobraram em 4 anos. Prefeitura pede que população evite alimentá-los
POR FRANCISCO EDSON ALVES
Rio - A Unidade de Vigilância em Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde do Rio intensificou alerta para que moradores não deem comida a pombos nas ruas e praças da cidade. O hábito levou a superpopulação da ave a níveis preocupantes, já que o animal transmite dezenas de doenças, entre elas a temida criptococose, que causa inflamação no cérebro e pode até matar.
As queixas de infestação de pombos dobraram nos últimos 4 anos, passando de 40 registros mensais no órgão, em 2007, para de 80 a 100 este ano. O perigo está nas fezes do animal, que podem conter fungos e, secas, são inaladas. “Vou rever meus hábitos”, decidiu, diante do alerta, o bancário Rodrigo Lima, 21, que costumava jogar pão aos pombos na Cinelândia.
Técnicos da Vigilância em Zoonoses têm feito palestras sobre o problema em escolas, clubes, praias e associações de moradores. Mas o veterinário e diretor da unidade, Fernando Ferreira, adverte: matar pombos não é a saída e sim, crime. Lei 9605/98 considera-os domésticos, e ação que provoque morte ou maus-tratos é passível de prisão inafiançável de até 5 anos. “A interferência humana na alimentação deles é que tem que acabar. Sem alimento fácil, eles saem à procura de sobrevivência”, aconselha. Na natureza, os pombos se exercitam em busca de alimentos — grãos sortidos e insetos — e têm vida mais saudável. “Comendo só milho, o tempo de vida deles é reduzido de até 15 anos para só três”, explica. O telefone 3395-2142 está à disposição para tirar dúvidas.
Como evitar contaminação
É preciso estar atento à limpeza de aparelhos de ar-condicionado, forros, calhas e qualquer outro local que possa reter fezes de pombo. Ninhos e sujeira deixada por pombos nunca devem ser removidos a seco, para evitar a inalação de poeira contaminada. Uso de máscaras e luvas é recomendado.
Em Londrina, no Paraná, a superpopulação da ave chegou ao limite e, em 2009, a prefeitura proibiu alimentar pombos por decreto. O supervisor veterinário da Suipa, Izanag Ferreira, diz que o Rio está alcançando situação semelhante à de Londrina: “A vida livre dos pombos, por si só, já equilibraria o sistema”.
Doenças
CRIPTOCOCOSE
Mais temida doença, transmitida pela inalação de fungo das fezes do pombo, causa inflamação no cérebro e meninges. Os sintomas incluem febre, tosse, dor torácica, podendo ocorrer também dor de cabeça, sonolência, rigidez da nuca, visão diminuída, agitação e confusão mental
HISTOPLASMOSE
Infecção pulmonar causada por fungos. O sintomas são parecidos com os da Criptococose
SALMONELA
Infecção intestinal, ocasionada pela ingestão de alimentos que estejam contaminados por bactérias presentes em fezes de pombos
ALERGIAS
Desencadeadas por penas de pombos que contenham piolhos, ácaros e pulgas
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/6/alerta_contra_pombos_no_rio_173971.html
As queixas de infestação de pombos dobraram nos últimos 4 anos, passando de 40 registros mensais no órgão, em 2007, para de 80 a 100 este ano. O perigo está nas fezes do animal, que podem conter fungos e, secas, são inaladas. “Vou rever meus hábitos”, decidiu, diante do alerta, o bancário Rodrigo Lima, 21, que costumava jogar pão aos pombos na Cinelândia.
Técnicos da Vigilância em Zoonoses têm feito palestras sobre o problema em escolas, clubes, praias e associações de moradores. Mas o veterinário e diretor da unidade, Fernando Ferreira, adverte: matar pombos não é a saída e sim, crime. Lei 9605/98 considera-os domésticos, e ação que provoque morte ou maus-tratos é passível de prisão inafiançável de até 5 anos. “A interferência humana na alimentação deles é que tem que acabar. Sem alimento fácil, eles saem à procura de sobrevivência”, aconselha. Na natureza, os pombos se exercitam em busca de alimentos — grãos sortidos e insetos — e têm vida mais saudável. “Comendo só milho, o tempo de vida deles é reduzido de até 15 anos para só três”, explica. O telefone 3395-2142 está à disposição para tirar dúvidas.
Como evitar contaminação
É preciso estar atento à limpeza de aparelhos de ar-condicionado, forros, calhas e qualquer outro local que possa reter fezes de pombo. Ninhos e sujeira deixada por pombos nunca devem ser removidos a seco, para evitar a inalação de poeira contaminada. Uso de máscaras e luvas é recomendado.
Em Londrina, no Paraná, a superpopulação da ave chegou ao limite e, em 2009, a prefeitura proibiu alimentar pombos por decreto. O supervisor veterinário da Suipa, Izanag Ferreira, diz que o Rio está alcançando situação semelhante à de Londrina: “A vida livre dos pombos, por si só, já equilibraria o sistema”.
Doenças
CRIPTOCOCOSE
Mais temida doença, transmitida pela inalação de fungo das fezes do pombo, causa inflamação no cérebro e meninges. Os sintomas incluem febre, tosse, dor torácica, podendo ocorrer também dor de cabeça, sonolência, rigidez da nuca, visão diminuída, agitação e confusão mental
HISTOPLASMOSE
Infecção pulmonar causada por fungos. O sintomas são parecidos com os da Criptococose
SALMONELA
Infecção intestinal, ocasionada pela ingestão de alimentos que estejam contaminados por bactérias presentes em fezes de pombos
ALERGIAS
Desencadeadas por penas de pombos que contenham piolhos, ácaros e pulgas
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/6/alerta_contra_pombos_no_rio_173971.html
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