Rio é o estado com maior incidência de tuberculose, diz ministério
Do G1, em São Paulo
25/03/2010
Menor índice foi registrado no Tocantins; dados são de 2008.
Percentual de cura dos pacientes passou de 69%, em 2002, para 73%.
O estado do Rio de Janeiro registrou, em 2008, a maior incidência de tuberculose no Brasil, com 68,64 casos por 100 mil habitantes. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24), Dia Mundial da Luta contra a Tuberculose, pelo Ministério da Saúde.
A segunda maior incidência foi registrada no Amazonas (com 67,88 casos por 100 mil habitantes), seguido de Pernambuco (47,61). As menores taxas do país foram registradas no Distrito Federal (13,73), Tocantins (13,67) e Goiás (13,91).
Apesar dos altos índices, o Brasil reduziu a incidência de tuberculose, e melhorou sua posição na lista dos 22 países que concentram 80% dos casos da doença no mundo. Segundo o ministério, o Brasil passou da 18ª posição para a 19ª no levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Essa é uma boa notícia que tem sido mantida nos últimos anos, e não leva em consideração os números absolutos, mas a incidência. Nosso objetivo é, em curto espaço de tempo, sair dessa lista”, diz o coordenador geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Draurio Barreira.
Redução de óbitos
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, em 2008, ocorreram 70.989 casos novos de tuberculose, contra 72.140, em 2007. Em 2002, foram 77.493. O índice reduziu, consequentemente, a taxa de incidência da doença de 38,1 para 37,4 por 100 mil habitantes, entre 2007 e 2008.
Houve queda também nos números da mortalidade. Em 2008, foram 4.735 óbitos por tuberculose. Em 2007, foram 4.823.
"Ficamos muito satisfeitos em apresentar esses dados de redução de incidência da tuberculose e óbitos causados pela doença. É importante ressaltar a evolução do tratamento da tuberculose. Antes, o paciente ficava isolado, e acabava abandonando o tratamento. Hoje, temos um novo esquema terapêutico para tratar a doença", diz o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Segundo o ministério, o tratamento contra tuberculose era composto de três drogas e o paciente era obrigado a tomar até nove comprimidos diariamente. O novo esquema teve a adição de uma quarta droga e é apresentado em dose fixa combinada, em um único comprimido. Isso facilita a adesão ao tratamento.
População de risco
A faixa etária mais acometida pela tuberculose, segundo o Ministério da Saúde, é a que vai dos 20 aos 49 anos. A incidência entre os homens (cerca de 50 por 100 mil habitantes) é quase o dobro do que entre as mulheres. "Há o registro de 1,8 homem com a doença para cada mulher. Essa proporção aproximada se mantém há décadas", diz Barreira.
Quanto ao tempo de estudo, 73% das pessoas com tuberculose têm até oito anos de escolaridade. Quase 9% dos pacientes com a doença são analfabetos.
Já nas populações mais vulneráveis, como indígenas, a incidência é quatro vezes maior do que a taxa nacional na população em geral. Nos portadores de HIV, é 30 vezes maior. Nos privados de liberdade, como presos, é 25 vezes maior.
"Apesar de termos grupos com maior risco, a tuberculose pode afetar qualquer pessoa, independente da renda, classe social ou escolaridade", afirma.
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