Violência que assusta (Tânia Bastos)
O Dia
14/07/2010
A aprovação da Lei Maria da Penha foi um avanço. Mas é preciso muito mais
Vereadora e Presidente da Comissão Permanente de Defesa da Mulher da Câmara Municipal do Rio
Rio - O caso da jovem Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno, provocou comoção na sociedade e trouxe à tona novamente a questão da violência contra a mulher brasileira. A aprovação da Lei Maria da Penha foi um avanço na sociedade, ao reconhecer este tipo de violência como crime. Mas é preciso muito mais. No país onde dez mulheres morrem por dia, faz-se necessário a aplicação efetiva da lei e, em paralelo, o amparo dos direitos da mulher.
Este triste cenário não mudará enquanto persistir a impunidade dos criminosos, a banalização desses crimes, e não houver acesso a profissionais capacitados para um atendimento digno e eficiente para as vítimas que chegam às delegacias com suas denúncias.
A união entre os poderes é fundamental para que possamos criar políticas públicas com o recorte de gênero, que é uma relação social.
Vale ressaltar que o gênero não se refere somente às questões das mulheres ou do sexo feminino, mas às relações de poder e às representações sobre os papéis sociais e comportamentos de homens e mulheres, por isso, ele pode mudar de acordo com os costumes e a cultura de cada sociedade.
Cortesia Clipping Bem Fam(14/07/010)
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