"TENHO DIREITO DE SER AMAPÔ" este foi o título que a Assistente Social Luiza Carla Cassemiro deu à sua tese de mestrado, tendo como Orientador Padre Luís Correa Lima, apresentada a uma banca de professores na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro no dia 05 de julho de 2010.
Luiza é um profissional que gosta de desafios e assim decidiu abordar um tema polêmico "As trajetórias de travestis e transexuais face à implementação das políticas públicas de Assistência Social e Saúde". Não li (ainda) o trabalho, mas ouvi as observações e os elogios dos exigentes mestres presentes.
Há uns dois anos quando ela apresentou para mim esta idéia, sugeri que conversasse com o Presidente do Grupo Pela Vidda/RJ onde encontraria naquela organização apoio para iniciar sua pesquisa com as travestis que lá estavam desenvolvendo uma atividade de grupo com muita seriedade.
Segunda-feira na sua apresentação, Luiza Carla destacou a calorosa recepção da Lorna Washington, quando ela compareceu ao Pela Vidda pela primeira vez. "Recebi uma aula sobre o que é a vida de uma travesti e aí me encantei". Mencionou também o carinho, a gentileza e a aceitação que lhe foi transmitida pela Giselle, Coordenadora do Grupo Transrevolução e TODAS as demais participantes do grupo. Luiza buscou informações também em outros locais e até mesmo em outras cidades. Fez um trabalho muito completo e para ela o mais importante foi o quanto ela aprendeu com as travestis e com os transexuais.
O título dado à tese "Tenho Direito de ser AMAPÔ" foi de autoria de Lorna Washington à qual muito ela agradece.
Sugeri o Grupo Pela Vidda/RJ por acreditar na seriedade do trabalho que se iniciava com as travestis e fiquei feliz pelo atendimento à colega ter correspondido às minhas expectativas. Fiquei feliz por ver mais um profissional de Serviço Social trabalhando para romper preconceitos em relação à população LGBT e espero que este trabalho venha um dia fazer parte do arquivo público do Centro de Referência Contra Homofobia, intolerância religiosa e discriminação a pessoas vivendo com HIV/Aids.
Luiza sabe que ainda tem muito que aprender e deseja trabalhar com esta população. É difícil conseguir espaço para desenvolver um trabalho sério, nesta sociedade individualizada onde o preconceito predomina. Mas Luiza é guerreira e vai conseguir. Vamos torcer por você Luiza Carla Cassemiro. Parabéns.
Ana Bontempo
Diretora de Administração BEMFAM
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