Diabetes
Cadela treinada salva vida de menina diabética
Animal treinado para perceber alterações no nível de glicose do ser humano salva vida de menina de seis anos na Inglaterra
Ums cadela da raça labrador, a mesma da foto, salvou a vida de Rebecca (Getty Images)
A instituição de caridade Bio-Detection Dogs descobriu que os caninos conseguem perceber sinais de hipoglicemia (baixos níveis de glicose no sangue) e hiperglicemia (altos níveis de glicose no sangue) farejando o suor humano. Teoricamente, qualquer cão pode ser treinado para isso.
Shirley não é uma cadela comum. Ela foi treinada pela associação de cães para cegos da Inglaterra para procurar ajuda tão logo os níveis de glicose de Rebecca Farrar, de 6 anos, estivessem baixos. O antigo dono da cadela, também um diabético, reparou que ela sempre lambia sua mão momentos antes da hipoglicemia se manifestar.
Rebecca estava dançando com amigos em uma festa de família quando Shirley atravessou o salão e buscou o kit para testar níveis de açúcar que estava debaixo da mesa, dentro da bolsa médica da família. "Mesmo com todo o barulho e agitação no ambiente, ela trouxe o kit direto para mim", disse Claire Farrar, mãe de Rebecca, ao jornal britânico Daily Mail.
Há muitos anos, cães são usados para auxiliar pessoas cegas ou surdas, mas a habilidade de detectar doenças humanas só foi relatada pela primeira vez no British Medic Journal em 2004. Nessa ocasião, foi relatado que o olfato superior dos cães — mais de 100.000 vezes mais sensível que o dos humanos — poderia farejar traços de câncer de bexiga na urina.
Desde então a ciência tem investigado outras formas com que os cães podem ajudar os seres humanos. Foi então que a instituição de caridade Bio-Detection Dogs descobriu que os caninos conseguem perceber sinais de hipoglicemia (baixos níveis de glicose no sangue) e hiperglicemia (altos níveis de glicose no sangue) farejando o suor humano. Teoricamente, qualquer cão pode ser treinado para isso.
A vida da família Farrar mudou desde que a cadela entrou para a família, há 8 semanas. "A Rebecca não teve nenhuma recaída depois que a Shirley chegou e nunca houve qualquer engano", disse Claire. A mãe explica que a cadela lambe a mão da filha quando percebe que os níveis de glicose dela estão baixos e, caso ignorada, vai atrás da mãe.
Shirley só não acompanha Rebecca na escola. "Ela vigia a Rebecca a noite toda, ela precisa de um descanso", diz Claire. "Quando tiramos a coleira de identificação médica ela se transforma em outro cachorro — igual a um filhote, mastigando brinquedos e fazendo travessuras. Ela vale o peso que tem em ouro; finalmente consigo dormir à noite", diz a mãe satisfeita.
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