Estados Unidos
Obama comemora aprovação da reforma histórica da saúde
22 de março de 2010
O presidente dos Estados Unidos Barack Obama comemorou no fim da noite de domingo uma de suas mais importantes vitórias no cargo: a aprovação da reforma da saúde. "Esta legislação não consertará tudo que aflige nosso sistema de assistência médica", disse Obama numa entrevista coletiva. "Mas ela nos leva decisivamente na direção correta."
A Câmara dos Representantes aprovou o projeto de lei, considerado prioritário por Obama, que prevê uma significativa mudança no sistema de saúde do país. A reforma atenderá 32 milhões de americanos que não têm plano de saúde, oferecendo à população assistência médica gratuita.
O projeto precisava de um mínimo de 216 votos para ser aprovado pela Câmara, que conta com 427 deputados e quatro cadeiras vagas. Antes mesmo dos debates que antecederam a votação, Nancy Pelosi, líder dos democratas e presidente da Casa, afirmou que a maioria dos votos necessários já estava garantida.
A reforma foi aprovada por um total de 219 a 212 votos. Entre os democratas, 34 votaram contra o projeto; entre os republicanos, 178 alegaram se tratar de um investimento muito alto - 940 bilhões de dólares ao longo de 10 anos - para uma causa não tão nobre assim.
A reforma já havia sido aprovada pelo Senado em dezembro de 2009. Agora, o projeto segue direto para a sanção do presidente. Agora, os senadores devem trabalhar em um projeto complementar à proposta geral, aprovada pela Câmara e enviada ao presidente. O projeto complementar faz uma série de mudanças na reforma, incluindo o aumento do valor dos subsídios ao seguro-saúde e a redução da incidência de um imposto sobre planos de assistência médica de alto custo.
Obama disse que espera que as táticas parlamentares não impeçam a rápida aprovação do projeto no Senado - um recado claro aos senadores republicanos, que podem tentar se abster da discussão das medidas. "É hora de encerrar este debate e começar o difícil trabalho de implementar esta reforma adequadamente em respeito ao povo americano".
A reformulação do setor, carro-chefe de Obama, foi considerada uma das principais diretrizes do governo. O presidente americano chegou a fazer uma dura campanha pela reforma e até exigiu dos democratas que votassem a favor. "Está na mão de vocês. Não façam isso por mim. Não façam isso pelo partido democrata. Façam isso pelo povo americano", disse Obama antes da votação.
A reforma representa uma significativa mudança no sistema de saúde dos Estados Unidos. O último grande projeto do setor aconteceu na década de 60, quando o Medicare, sistema que garante o atendimento às pessoas com mais de 65 anos, foi criado.
A lei, depois de sancionada, ampliará o número de americanos cobertos por um sistema de saúde, contribuirá para o barateamento da assistência médica e ajudará a impor regras mais rígidas às seguradoras.
Reforma - O presidente Barack Obama defendeu a reforma do sistema de saúde por causa de um dado que não condiz com a posição econômica do país: os Estados Unidos são a única nação desenvolvida que não oferece uma cobertura médica ampla à população. Atualmente, cerca de 50 milhões de americanos não possuem qualquer plano de assistência médica.
Embora o projeto de lei não ofereça cobertura total, a reforma beneficia 95% dos americanos que não têm plano de saúde.
Sancionada, a lei estenderá o programa federal Medicaid aos pobres e permitirá que empresas e trabalhadores autônomos assinem planos de saúde com melhores condições.
A reforma ainda proíbe convênios médicos de negar apólices por causa de doenças preexistentes e graves.
FONTE: Veja.com
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