Mensagem de Michel Sidibé, diretor executivo do UNAIDS
Genebra, 8 de março de 2010 – Homenageio as mulheres que no mundo inteiro contribuíram incansavelmente para a resposta à aids: avós, mães, irmãs e filhas. Sem sua resiliência, contribuições e sacrifícios, o impacto da aids teria sido ainda mais grave.
Apesar disso, deixamos de proteger as mulheres e meninas, ao negar-lhes a igualdade de direitos e oportunidades. Mundialmente, quase a metade das pessoas que vivem com HIV são mulheres. Na África Subsaariana, há mais mulheres infectadas que homens. A AIDS é a principal causa de morte entre mulheres em idade fértil no mundo inteiro.
As desigualdades de gênero, a violência, a falta de acesso à educação, à saúde e às oportunidades econômicas fazem com que as mulheres sejam mais vulneráveis à infecção pelo HIV.
Podemos mudar tudo isso.
Podemos acabar com a violência contra mulheres e meninas.
Podemos impedir que haja novas infecções por HIV entre mulheres e seus filhos.
Podemos eliminar as leis, políticas e práticas punitivas, assim como o estigma e a discriminação que são um empecilho para as mulheres.
Podemos aprimorar a proteção social das mulheres.
Podemos garantir que todas as mulheres que vivem com HIV tenham acesso ao tratamento sempre que precisem.
E, o mais importante de tudo:
Podemos devolver a elas sua dignidade e seus direitos.
Para que isso aconteça, é preciso que nós, tanto os homens quanto as mulheres, desafiemos o status quo. É preciso ter programas inovadores que possibilitem que as mulheres estejam à frente da tomada de decisões. Precisamos criar um clima de segurança, no qual as mulheres possam acessar serviços de saúde e outros serviços sociais sem medo e sem coerção. O UNAIDS contribuirá para isso por meio de seu plano de ação para os próximos cinco anos, a Agenda para a Aceleração de Ações nos Países para Mulheres, Meninas, Igualdade de Gênero e HIV.
As mudanças já estão acontecendo. Grupos de mulheres estão se unindo para denunciar todas as injustiças e transformar as comunidades. É nosso dever apoiar esses esforços fundamentais.
Vamos lembrar o provérbio chinês que afirma com razão que “as mulheres levam sobre seus ombros a metade do céu.”
De minha colaboradora Ana Gloria
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