Adolescentes são programados para ter um comportamento de risco, mostra estudo
25/03/2010
Reuters
LONDRES - Adolescentes não se arriscam porque são malcriados ou não respeitam autoridade. Eles são geneticamente programados para preferir comportamentos de risco, como fazer sexo sem proteção, arranjar brigas ou dirigir em alta velocidade. É o que afirma a pesquisadora Sarah-Jayne Blakemore, do Instituto de Neurociência Cognitiva da University College London.
- A chegada da adolescência é marcada por uma explosão de comportamentos arriscados, que vão desde a preguiça para fazer exercícios ou se alimentar bem até os famosos 'porres' e o sexo sem proteção - diz Sarah-Jane.
Para ela, estes comportamentos contribuem para o chamado 'paradoxo da saúde', que acontece quando o ser humano está no pico de sua capacidade física e mental, mas tem um risco maior de morte e acidentes. No estudo, foram avaliadas 86 pessoas do sexo masculino, com idades entre 9 e 35 anos. Durante a pesquisa, eles tiveram que jogar uma série de games enquanto seus cérebros eram analisados.
O resultado mostra que os adolescentes são os que mais reagem aos momentos de sorte ou imprevistos causados pelos jogos, e isto poderia explicar porque eles teriam uma tendência maior de participar de eventos arriscados.
- Entender o que motiva os adolescentes a participarem de atividades perigosas é muito importante para os pais e para a saúde pública - garante a pesquisadora.
O estudo também mostrou que os adolescentes são bons em pesar os prós e os contras de uma situação - ao contrário de crianças mais jovens - mas preferem o perigo por causa das sensações que ele causa. O comportamento mais arriscado foi detectado nos adolescentes de 14 anos. Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que 40% das mortes na adolescência são causadas por ferimentos ou acidentes violentos.
Cortesia: Clipping Bem Fam(25/03/010)
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