CLIPPING - 26/jul./2011
Governo prepara plano para reduzir número de mortes por doenças crônicas não transmissíveis- Reduzir em 2% ao ano o número de mortes de brasileiros com menos de 70 anos de idade por doenças crônicas não transmissíveis. Essa é uma das metas do plano nacional contra essas doenças, que será valerá para o período 2012-2022. Elaborado pelo Ministério da Saúde em parceria com entidades da sociedade civil, a população poderá opinar sobre o plano a partir de 25 de julho. O material está disponível na página do ministério na internet. Obesidade, tabagismo e sedentarismo são alguns dos fatores de risco que elevam as chances de uma pessoa desenvolver uma doença crônica não transmissível, como o diabetes. A proposta do governo prevê diminuir a taxa de obesidade entre crianças e adolescentes e o consumo de álcool e de cigarro pela população adulta. Prevê ainda a oferta de tratamento às mulheres com câncer. Hospital das Clínicas reabre hoje centro de reprodução assistida- Fechado desde o incêndio no Hospital das Clínicas, no Natal de 2007, o centro de reprodução humana do HC reabre hoje já com uma fila de espera de 500 casais. Segundo Edmundo Baracat, professor titular de ginecologia da USP, a reforma foi necessária porque o centro teve de ser adaptado para atender a novas determinações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "A fumaça do incêndio danificou equipamentos do laboratório", diz ele. Para as novas candidatas à FIV (fertilização in vitro), o limite de idade será de 38 anos. A decisão foi aprovada pela comissão de ética do HC porque, a partir dessa idade, as chances de gravidez ficam abaixo de 5% em razão da má qualidade dos óvulos. Baracat diz, porém, que mulheres acima de 38 anos poderão ser atendidas em protocolos especiais. Mas não haverá fertilização com óvulos doados -alternativa que mulheres mais velhas têm nos centros de reprodução privados. Adolescentes obesas sentem-se excluídas da sociedade e acreditam que ser magro é ser feliz- Para adolescentes obesas, ser magro é fazer parte da sociedade, ser feliz, bem-sucedido, vencedor. Essa é a conclusão da dissertação de mestrado A representação social de um corpo magro por adolescentes obesas, defendida em maio de 2011 por Dressiane Zanardi Pereira na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, sob orientação de Fernando Lefèvre. É importante dizer que meninas cujas famílias ajudaram diretamente nas mudanças de comportamento tiveram melhoras muito mais significativas do que aquelas que não tinham tanto apoio. “[A adolescência] é uma fase complicada. Você não faz compras sozinho, não decide tudo o que vai comprar, comer. Elas precisam do apoio dentro de casa para melhorar seus hábitos”, explica. Sobre políticas de saúde para a obesidade, Dressiane afirma que na maioria das vezes são ações isoladas, mas sem incentivo. Ela ainda diz que o Brasil passou da subnutrição à obesidade e que é preciso lidar com os problemas biológicos da doença. “O obeso pode ter diabetes, pressão alta, problemas cardíacos. É necessário ter cuidado com essas pessoas”. Esperar ou não: eis a questão (Jairo Bouer) - A religião é um dos principais motivos para o adiamento da primeira vez, mas há outros, como o desejo de esperar pelo parceiro ideal, o medo, a pressão da família, a sensação de falta de preparo, vergonha do corpo, timidez etc. Todos esses fenômenos, mais comuns nas meninas, podem fazer com que elas reflitam melhor sobre sua decisão. Já alguns fatores parecem antecipar ainda mais a primeira experiência. A bebida, o cigarro, experiências com drogas, ter saído da escola muito cedo, conflitos familiares importantes, problemas de autoestima, tudo isso pode fazer com que o sexo aconteça mais cedo, em uma tentativa, às vezes desesperada, de se sentir desejada e querida por alguém. Mais importante do que uma data certa para o início da vida sexual é que a decisão seja tomada por iniciativa própria, com tranquilidade. Internação de menores cria polêmica- Por trás da fumaça do crack, uma polêmica incendeia o debate em torno da internação compulsória de crianças e adolescentes dependentes da droga. De um lado, representantes de entidades de direitos humanos e dos conselhos regionais de enfermagem, assistência social e psicologia criticam a medida, classificada como "inconstitucional e de faxina da cidade". No outro extremo está o secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, que taxa de demagogos os críticos da medida. A internação obrigatória, definida em comum acordo com o Ministério Público estadual e a Vara de Infância e Juventude, já levou 82 jovens dependentes para unidades de tratamento desde maio. Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Margarida Pressburger, a portaria que instituiu o abrigo compulsório de jovens dependentes é inconstitucional. O secretário Rodrigo Bethlem defende a iniciativa e ressalta que apenas crianças e adolescentes com histórico de uso compulsivo de crack - após análise de médicos e psiquiatras - são levados aos abrigos. Bethlem não esconde a irritação: - São uns demagogos, que defendem o direito de ir e vir de crianças e adolescentes, que vivem abandonadas nas cracolândia. Ninguém faz nada por esses jovens enquanto estão jogados nas ruas. Estamos apenas cumprindo o dever de proteger esses jovens, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – afirma. DEPRESSÃO, O MAL QUE AVANÇA SOBRE O BRASIL- Difícil de ser diagnosticada. Muitas vezes confundida com uma simples tristeza. Mas, na verdade, um distúrbio devastador. Assim é a depressão. Classificada pela Organização Mundial de Saúde como o mal do século, a enfermidade já atinge 121 milhões de pessoas no planeta - número quatro vezes maior que o de portadores do vírus da Aids. Estudos de pesquisadores ligados à OMS mostram que a doença avança mundo afora. É, hoje, a quarta que mais incapacita no mundo. Em 2020, será a segunda. E, em 2030, a primeira, à frente do câncer e de algumas doenças infecciosas. O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking da prevalência da doença em países em desenvolvimento. Os autores descobriram que o nível social afeta a incidência da depressão de formas diferentes. Nos países desenvolvidos, os mais pobres apresentavam um risco aproximadamente duas vezes maior de ter a doença. Já nos países em desenvolvimento, não houve diferenças significativas.
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