Já houve pesquisas semelhantes em alguns estados e municípios, mas esta é a primeira de âmbito nacional. Os entrevistados, escolhidos por amostragem, responderão a 100 perguntas, divididas em cinco blocos, que englobam desde a identificação do pesquisado (com dados como renda, escolaridade e estado civil) até se ele presenciou ou sofreu alguma forma de violência em seu bairro, se sente-se protegido perto de casa e se precisou mudar a rotina após passar por algum tipo de problema.
Outra parte da sondagem aborda como o entrevistado avalia a segurança prestada em seu bairro, os serviços como disque-denúncia e 190 e o que acha da atuação policial na sua comunidade. Há ainda questões específicas sobre alguns tipos de crime, como roubo, estelionato e violência doméstica. Depois de serem analisados, os dados serão comparados com o registro oficial, para identificar casos de subnotificação.
O trabalho de campo começou em 1º de junho, e deve estar concluído até dezembro. Com o resultado será possível elaborar políticas públicas dirigidas para a área, e corrigir aquelas que não estão dando certo.
A sondagem é feita por funcionários do instituto de pesquisa Datafolha, escolhido em uma licitação organizada pelo PNUD. "Eles receberam treinamento específico em relação à melhor forma de abordar os entrevistados sobre este tema delicado", afirma a oficial de programa do PNUD Brasil Erica Massimo Machado, responsável pelo projeto Segurança Cidadã junto à Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Parte das perguntas (20) foram elaboradas pelo UNICRI (Instituto de Investigação Inter-regional de Crime e Justiça das Nações Unidas). "Isso foi feito para termos uma base para comparações internacionais sobre o tema, levando em consideração as diferenças culturais sobre a ideia de crime e violência", complementa Erica.
Além disso, a pesquisa terá um comitê de especialistas, para monitorar a qualidade da sondagem e acompanhar o trabalho dos pesquisadores.
Coretesia Bem Fam(07/07/010)
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