Mundo | 11/06/2010 | 11h20min
Portadores do vírus HIV querem assistência da Previdência Social
Tema foi debatido em seminário sobre direitos e deveres de portadores do vírus
A inclusão Previdenciária e Benefícios da Previdência e Assistência Social do portador do vírus HIV foi um dos temas mais debatidos no seminário Direitos e Deveres da Pessoa Vivendo com HIV/Aids no Rio de Janeiro. Promovido pela organização não governamental Grupo Pela Vidda, o seminário faz parte das comemorações dos 19 anos de fundação da entidade.
— Precisamos integrar as pessoas para a Previdência, pois a maioria está no trabalho informal. Nós estamos mostrando a importância disso, e orientando aqueles que são atendidos de modo a esclarecer os seus direitos — afirmou a assessora jurídica do Grupo Pela Vidda, Patrícia Rios.
A criminalização da aids foi outro tema das discussões. Segundo dados do Ministério da Saúde, existem cerca de 650 mil pessoas vivendo com HIV e Aids no Brasil.
— Desde 2008, na Conferência Internacional de Aids no México, países propuseram leis criminalizando o HIV. No Brasil isso não existe, mas já temos pessoas presas por homicídio doloso por terem transmitido a doença. Estamos tentando descaracterizar isso, porque a Aids é uma doença crônica mas hoje tratável — disse a assessora jurídica do Grupo Pela Vidda, Patrícia Rios.
O Grupo Pela Vidda é uma instituição que busca dar dignidade e integrar os portadores de HIV e aids na sociedade e seus serviços são gratuitos. A organização luta pela descriminalização dos soropositivos, contra a proliferação da doença e pelo acesso aos medicamentos antiretrovirais. A organização também desenvolve projetos de prevenção, de assistência jurídica e de ativismo político na área de direitos humanos. Considerado o trabalho mais importante do grupo, o projeto Criança = Vidda foi criado para atender as crianças vítimas da epidemia de aids com assistência psíquica, clínica e social para elas e suas famílias.
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