Pessoal;
Acabou no sábado o VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids e o I Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais com um saldo muito positivo. Com a participação em massa de gestores e sociedade civil - 5000 pessoas.
A participação em peso da sociedade civil foi fundamental principalmente pela diversidade ali encontrada. Ressalto a participação ativa das travestis, pessoas transexuais, lésbicas, gays, prostituas e usuários de drogas. Os (as) "vulneráveis" estavam muito bem representados (as)
As lésbicas abalaram com uma proposta de atuação para o segmento. Fiquei emocionado ao escutar o relato no final do congresso. Parabéns. Todo nosso apoio.
Afinal não somos o problema somos parte da solução.
E Ângela Reclery arrasando no Hino Nacional. E querida Safira Bengel arrasando no show final.
A juventude com um protagonismo digno de parabéns. A mostra do SPE sucesso total.
O empenho do Departamento de DST, Aids, Hepatites Virais é elogiável. Todos os detalhes foram pensados ,a parte cultural, os estandes , a programação. Muitos lançamentos de livros, vídeos e tudo mais. Um luxo só. O pessoal do departamento e terceirizados sempre muito gentis. E tudo muito intersetorial e transversal. Ministro Temporão, Mariângela, Eduardo, Dulce e toda equipe parabéns.
Os pré-fóruns foram um espaço para que todos e todas pudessem colocar suas propostas. O Fórum dos Planos foi maravilhoso. Esperamos ansiosos o relatório para ver se fomos contemplados nas propostas .
Claro que para as pessoas que já frequentaram os outros 7 congressos tem pontos repetitivos, mas estes congressos sempre são uma renovação das nossas baterias. Vi muitas carinhas novas.
Com relação ao movimento aids, deveriam ter mais reuniões paralelas para tomar decisões mais conjuntas. Creio que é fundamental unidade na ação do movimento.
Afinal quem é movimento? Creio que somos todos nós.
Sem sombra de dúvidas somos um programa de aids referência para mundo. Porém temos muito a melhorar. Precisamos cada vez mais estabelecer formas de diálogo horizontais e de forma articulada. Os discursos das nossas lideranças devem ser fruto de discussões em plenárias e reuniões de forma a unificar a luta.
O engajamento de todos e todas é fundamental.
Temos que lutar pela assistência e prevenção dias e noites, inclusive aos finais de semana.
Pessoalmente, gosto de manifestações bem preparadas, com manifestos e, principalmente, bem articulados. Quando o tomador de decisão diz Ok vocês estão certos. Para isto precisamos muita informação, muito planejamento e principalmente conversa.
Dar tiro do pé não faz parte do meu Guia de Advocacy e Controle Social.
Hoje temos um governo aberto ao diálogo, vide as 67 conferências no atual governo. Vivemos numa democracia.
O Departamento de Aids poucas vezes se recusou ao diálogo. Precisamos tratar aliados(as) como aliados(as) e adversários(as) como adversários(as) . Misturar as coisas não avança em nada, muito pelo contrário. Desestimulamos as pessoas que fazem parte da história de luta neste pais. Neste sentido temos que verificar o que é a comunicação. Quem é emissor e receptor. Se um não escuta outro, não há comunicação, há confusão.
E como falava o filósofo popular Chacrinha, quem não se comunica, se trumbica. Ui.
Respeito é fundamental para todos e todas.
Somos muito poucos(as) ativistas para ficarmos nos digladiando entre nós. Precisamos ver o que nos une, e não o que nos desune.
Sabemos das nossas diferenças entre nossas formas de ativismo, mas com certeza temos que nos centrar no que nos une, que é a cidadania plena, a prevenção e assistência para todos e todas, sem discriminação.
O sistema não é perfeito, mas com críticas bem fundamentadas, formas de manifestações bem pensadas e articuladas, podemos melhorar em muito. Estou dentro sempre.
Por um ativismo sério, responsável e respeitoso. Podemos conseguir muito mais.
Afinal todos e todas queremos Viver com direitos – acesso, equidade e cidadania, Incluo aqui felicidade e muito prazer e claro com camisinha.
Cordialmente
Toni Reis
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