CLIPPING - 30/jun./2011
Crise de 2008 atingiu taxa de natalidade nos países desenvolvidos, revela estudo- A recessão econômica global fez diminuir o aumento geral da natalidade registrado em muitos países desenvolvidos nos últimos anos, com alguns deles experimentando uma queda significativa nos nascimentos desde a crise de 2008, indica um estudo realizado na Áustria. As mulheres que passaram a repensar a ideia de ter filhos sob a incerteza econômica são, em maioria, jovens que ainda não eram mães. Governo adota novo modelo de gestão na área de saúde- Um decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff, e publicado nessa quarta-feira, cria contratos que trarão metas específicas de atendimento a serem cumpridas pelos estados e municípios na rede pública de saúde, como número de cirurgias ou de pré-natal. Atualmente, são definidos apenas compromissos nacionais. Quem descumprir os compromissos, corre o risco de ser punido, podendo deixar de receber recursos. Quem cumprir as metas, será recompensado e poderá ganhar o dobro do repasse. Brasil pode influenciar outros países do BRIC a serem doadores do Fundo Global- O Chefe da Equipe Latinoamericana e Caribenha do Fundo Global de Luta Contra a Aids, Tuberculose e Malária, Lelio Marmora, acredita que o Brasil pode influenciar os países da América do Sul e do BRIC (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China) a apoiarem financeiramente o Fundo. Para o Diretor Nacional do Programa de Tuberculose do Ministério da Saúde, Draurio Barreira, é preciso considerar que o Brasil já é doador em alguns órgãos internacionais, tem acordo bilateral com mais de 10 países e estabeleceu como prioridade neste ano a Aliança Global de Vacinas e Imunização (Gavi). “Uma proposta viável é que programas que já recebem doação do Brasil se articulem e trabalhem complementando ações do Fundo Global”, sugere. Após a crise financeira mundial, algumas potências que compõem o G8 (principais doadores) deixaram de contribuir com o Fundo. Para tapar esse buraco, as atenções foram voltadas aos países emergentes e do BRIC. Rede de Jovens com HIV se articula para sensibilizar Fundo Global sobre a necessidade de projetos para esse público- “Nossa principal demanda é em relação à reprodução assistida (método utilizado para preservar a saúde do casal e do filho, quando pelo menos um dos futuros pais é soropositivo). O acesso, inclusive a informações, é restrito”, disse José Rayan, coordenador da Rede de Jovens. “A maior parte da sociedade acredita que pessoas com HIV não podem ser pais”, completou. O fato do Fundo Global querer que o Brasil aumente as doações à entidade não impede que o país também receba doações, explicou o chefe da equipe latinoamericana e caribenha do Fundo, Lelio Marmora. “Como é considerado país de renda média-alta, o Brasil é elegível para aplicar propostas voltadas à sociedade civil”. 9.989 detidas em todo o país- A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, cobrou mudanças na legislação penal brasileira para atender à população carcerária feminina, que praticamente dobrou nos últimos 10 anos. "Elas sofrem por serem mulheres e por estarem presas. As políticas públicas para o nosso esfacelado sistema carcerário são voltadas exclusivamente para o sexo masculino", disse a corregedora. "A situação das mulheres encarceradas é desconhecida até mesmo pelos movimentos feministas. Assim, cada vez mais elas ficam longe do alcance dos direitos humanos", acrescentou a corregedora. As regras de Bangkok, editadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano passado, estabelecem especificidades no tratamento das mulheres presas. Entre elas, a estrutura adequada para grávidas e para os filhos que vivem na prisão, uma política de saúde e de higiene e assistência jurídica posterior ao encarceramento. O que é Estado laico? (Ives Gandra Martins Filho)- Têm surgido com crescente frequência na esfera judiciária questões de caráter administrativo ou judicial envolvendo as relações entre o espiritual e o temporal. Discutem-se a presença de símbolos religiosos em órgãos públicos, o funcionamento desses órgãos em dias santos ou a validade pública de argumentos de caráter religioso. A questão do que seja Estado laico tem sido enfrentada por numerosos países, com diversas soluções. A França proibiu o uso das burcas, e a Suíça, a construção de minaretes; já na Itália, com a decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos, não se considerou atentado à laicidade do Estado a presença de crucifixos em escolas públicas. Inca capacita médico para identificar câncer de útero- O Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Instituto Fernandes Figueira, ligado à Fundação Oswaldo Cruz, criaram um programa de capacitação de ginecologistas para padronizar o diagnóstico do câncer de colo de útero no País. Entre as novas diretrizes está a que prevê a ampliação da faixa etária para o exame preventivo até os 64 anos, em vez dos 59 atuais. Outra estabelece que paciente que tenha tratado de lesão precursora de câncer deve fazer dois exames no primeiro ano, com intervalo de seis meses, e repeti-lo a cada três anos. A diretriz anterior previa o acompanhamento de pacientes com menos de 20 anos, diagnosticadas com a lesão e o tratamento assim que ela chegasse a essa idade. Agora, a recomendação será para que cada médico avalie caso a caso a melhor medida. Conselho dos EUA veta droga contra câncer- Um grupo de oncologistas americanos decidiu, pela segunda vez e por unanimidade, que o Avastin, o remédio contra a doença mais vendido no mundo, não deve mais ser indicado a pacientes com câncer de mama. O Avastin é aprovado para vários tipos de câncer e continuará disponível para câncer de mama, embora a maioria das seguradoras deve retirá-lo de cobertura se o FDA revogar sua aprovação. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), recomendou aos oncologistas, em dezembro de 2010, que usassem o Avastin apenas para tratamento de câncer de mama metastático e em combinação com o quimioterápico paclitaxel. SP testa pílula 4 em 1 contra enfarte e AVC- Uma superpílula, que reunirá num único comprimido quatro medicamentos para combater as doenças cardiovasculares, deve ser testada em 22 hospitais do País dentro de quatro meses. Estudos iniciais, feitos no Brasil pelo Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, indicaram que a polipílula reduziu em até 60% os riscos de uma pessoa sofrer enfarte ou acidente vascular cerebral (derrame) no futuro, além de controlar o colesterol e a pressão arterial. Outros seis países participaram da primeira fase dessa pesquisa. O Ministério da Saúde já aguarda esses resultados para incluir o medicamento na lista de remédios distribuídos gratuitamente – o que deve ocorrer em 2013. No País, as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte.
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