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AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | AIDS 13/08/2010 13/08/2010 - Um ano de Agência SIDA em Moçambique: Projeto trouxe mais voz à sociedade civil, afirmam autoridades e ativistas 13/08/2010 - 19h A Agência de Notícias de Resposta ao SIDA completou um ano de existência neste dia 13 de agosto. Apesar do pouco tempo de trabalho, a iniciativa já é elogiada por autoridades, ativistas, jornalistas e especialistas no assunto em Moçambique e ao redor do mundo. "Este é um projeto que contribui em muito para a mobilização na luta contra a epidemia do HIV", disse o Presidente Armando Emílio Guebuza, durante uma visita ao Brasil no ano passado. "Conhecer o ambiente social do país se faz importante para que as mensagens da Agência sejam bem entendidas", acrescentou. O diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e AIDS (UNAIDS), Michel Sidibé, afirmou no começo do ano em Portugal que a Agência SIDA "é um ótimo exemplo de como os países de língua portuguesa podem e devem trabalhar juntos contra a doença". A ideia de criar um serviço de notícias e de apoio aos medias na área do HIV e AIDS surgiu no Brasil, em 2003, com a Agência de Notícias da AIDS. Desde então, o trabalho passou a ser premiado e apresentado internacionalmente e, no final de 2008, através de uma parceria com o ramal moçambicano do Instituto para a Comunicação Social da África Austral (MISA-Moçambique) surge a Agência de Notícias de Resposta ao SIDA. Baseado na Cidade de Maputo, a capital moçambicano, este projeto tem por objetivo ajudar a formar uma geração de jornalistas mais bem preparados e engajados no assunto, assim como aumentar a quantidade e melhorar a qualidade das informações transmitidas pelos veículos de comunicação social. Com apoio do UNAIDS de Moçambique e do Brasil, do Centro Internacional de Cooperação Técnica em HIV/AIDS (CICT) do governo brasileiro e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) de Moçambique, a Agência SIDA foi oficialmente lançada em 13 de Agosto de 2009. "O HIV não tem fronteiras e a luta contra a AIDS também não. Brasil e Moçambique estão juntos nessa batalha", defendeu a jornalista e idealizadora do projeto, Roseli Tardelli, durante o lançamento da iniciativa em Maputo. Ativistas e jornalistas parabenizam 1º ano de Agência SIDA Julio Mujojo é Secretário Executivo da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e SIDA (RENSIDA). Para ele, "a Agência mostrou ser um veiculo independente, pois deu à sociedade civil a liberdade de dizer aquilo que pensa". A vice-presidente da associação de pessoas vivendo com HIV e AIDS Kindlimuka, Irene Cossa, ressaltou que a Agência ajuda na divulgação de informações sobre a doença. "Através das notícias, as pessoas podem se conscientizar e tomar conhecimento de vários casos de estigma e discriminação contra soropositivos ainda muito presentes no nosso país", comentou. Para o oficial de Informação e Comunicação do Movimento de Acesso ao Tratamento em Moçambique (MATRAM), Mario Machimbene, a Agência SIDA pode ser comparada aos Hospitais de Dia, extintos centros de saúde especializados no atendimento de soropositivos e muito elogiados pelos pacientes. "Esse projeto está num bom caminho, mas sugerimos que abordem mais sobre o trabalho das ONGs de base", acrescentou. Salomão Moyana, Diretor do jornal moçambicano Magazine Independente, disse que "a criação da Agência foi muito útil porque levanta assuntos acerca do HIV de uma forma consistente e assídua." Na opinião do jornalista, "a Agência pode se tornar numa instituição âncora sobre HIV no país e na região porque é uma experiência inovadora e muito importante na divulgação de informações sobre um dos maiores problemas da África, a AIDS". O Chefe da Seção Nacional do Jornal Domingo, André Matola, afirmou que a iniciativa é muito bem vinda para um país onde o índice de soroprevalência é preocupante (15 por cento dos adultos). "É importante ter uma projeto que nos ajudar a tomar conta dos fatos em tempo real, escritos com profundidade, de forma didática e pedagógica. Gostaria que a página fosse mais divulgada para que todos tenham o seu acesso", comentou. Para o assessor de Comunicação da organização Médicos Sem Fronteiras Agência SIDA em números No primeiro ano do projeto em Moçambique, cerca de 600 reportagens, notícias e artigos opinativos foram publicados neste site. Quase todos com fotos que ilustram bem o assunto abordado. A média mensal de acessos ao site é de 10.100 visitas, números considerados positivos já que apenas um por cento da população moçambicana usa a internet com frequência, segundo estimativas do governo. De acordo com um levantamento interno, os visitantes são, na maioria, profissionais que atuam na área, jornalistas e funcionários do governo. Aproximadamente 50 textos produzidos pela Agência SIDA foram publicados na íntegra ou usados como base para notícias veiculadas nos principais jornais, rádios e sites do país. A criação da Agência ganhou destaque no programa "Em Defesa da Vida", da Televisão de Moçambique (TVM); e no jornal iO Globo e nas revistas Saber Viver e Raça Brasil. Em parceria com a Agência AIDS, do Brasil, a Agência SIDA fez a cobertura de importantes eventos internacionais, como a XVIII Conferência Internacional de AIDS na Áustria, o III Congresso da Comunidade de Países de Língua Portuguesa sobre HIV e AIDS em Portugal, e a V Conferência da Sociedade Internacional de AIDS (IAS) na África do Sul. A Agência promoveu também palestras e debates sobre jornalismo e AIDS para mais de 100 estudantes na Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane e na Escola Técnica e Superior de Jornalismo; e ajudou na formação sobre HIV e minorias sexuais de 20 jovens comunicadores. Quatro estudantes de jornalismo participaram de um treinamento na redação da Agência, em Maputo, durante três meses; e um jornalista veio ao Brasil, onde fez trabalhou na Agência AIDS durante dois meses e conheceu organizações que atuam contra a epidemia e alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil. Mais sobre a Agência SIDA "A agência tem um papel fundamental em apoiar os medias a criar um debate franco sobre todos os problemas que envolvem a AIDS." Secretário Executivo-Adjunto do Conselho Nacional de Combate a AIDS de Moçambique, Diogo Milagre "Uma ferramenta essencial na luta contra o HIV e AIDS." Diretor do UNAIDS em Moçambique, Maurício Cysne. "Esperamos fazer uma revolução na área de informação sobre a AIDS." Director executivo do MISA-Moçambique, Alfredo Libombo Tomás. "A Agência em Moçambique é um veículo de comunicação para dar poder a sociedade civil". Diretor do UNAIDS no Brasil, Pedro Chequer. "Vai contribuir com a educação cívica da população, sobretudo em relação às medidas de prevenção ao HIV". Embaixador de Moçambique no Brasil, Murade Murargy. "A agência veio preencher a falta de conhecimento profundo sobre o HIV e AIDS existente aqui no nosso país". Coordenador do Movimento de Acesso ao Tratamento em Moçambique, César Mufanequiço. "A iniciativa pode influenciar a vida de muitas pessoas nesse país africano tão fortemente atingido pela epidemia". Mariângela Simão, ex-diretora do Departamento de AIDS do Brasil. Redação da Agência de Notícias da AIDS |
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