Acessar o site de divulgação das candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode levar o eleitor à loucura. No Estado de São Paulo, são 1.642 candidatos a deputado estadual, sendo que há vagas somente para 1.976. Clicando sobre o nome de cada um, é possível saber onde ele nasceu, se é casado, sua profissão, seu grau de instrução e até sua declaração de bens. Tem gente que não declara nada, porque não tem. Tem candidato que declara um Fusca ou uma conta bancária com apenas R$ 42. Mas também há os afortunados, literalmente milionários. E não são poucos.
É divertido navegar por esses perfis, mas impossível escolher os governadores dos próximos anos olhando unicamente para seus bens ou estado civil. No próximo dia 3 de outubro, os brasileiros devem eleger representantes para os postos de presidente da República, senador, governador, deputados federal e estadual, e não podem se basear apenas em dados curiosos para isso. Há sites criados por organizações idôneas e apartidárias que relacionam o perfil do eleitor ao dos candidatos, sugerem em quem votar e se apresentam como um banco de dados sobre tudo o que está sendo discutido no mundo virtual sobre as eleições: reportagens, posts de blogs tuítes e vídeos.
Novo banco de dados sobre que se fala em eleições na internet, o Observatório das Eleições 2010 foi desenvolvido no departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O portal mostra a visibilidade dos candidatos à Presidência em sites de notícias, blogs, no Twitter e YouTube. São cerca de 200 fontes de informação, que permitem comparar o volume de citações entre os candidatos em diferentes intervalos de tempo. Há também algumas ferramentas de comparação e análise, como a que indica a frequência de citações por mídia, nuvem de tag e a filtragem das notícias por temas e termos relacionados à campanha eleitoral. Segundo Wagner Meira, pesquisador do grupo, é o primeiro site a mostrar quantas pessoas foram atingidas por uma mesma informação em um intervalo de tempo.
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