CLIPPING - 21/maio/2012
Dia Internacional da Hepatite C
Campanha fará testes gratuitos de hepatite C - Ao longo desta semana, até o sábado, o Cristo Redentor, na zona sul do Rio, ficará iluminado nas cores amarela e vermelha. A iniciativa faz parte de uma campanha de alerta sobre a hepatite C, promovida pela Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH) em parceria com o Santuário Cristo Redentor. Nesse período, voluntários da associação vão oferecer testes gratuitos para identificar a doença. A iniciativa estará disponível em vários pontos do País. O início da campanha é marcado pelo Dia Internacional da Hepatite C, comemorado hoje. Para o teste, é feita coleta de uma gota de sangue. O resultado fica pronto em cinco minutos. Esse tipo de hepatite é uma doença inflamatória do fígado causada pelo vírus VHC. Ele é transmitido por sangue contaminado (transfusão, transplante de órgãos, agulhas, seringas, ferimentos etc). A transmissão também pode ocorrer por contato sexual e de mãe para filho.
Dep. Paulo Rubem quer modificar Lei do Planejamento Familiar - O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT) quer modificar a Lei do Planejamento Familiar, de 1996. Para o deputado, a lei, que permite a esterilização voluntária na sociedade conjugal somente com o consentimento expresso de ambos os cônjuges, é anacrônica. “Ao mesmo tempo em que a lei concede ao cidadão brasileiro a propriedade de seu próprio corpo, com a capacidade de decidir se, e quando queira procriar, ela também impõe aos casais a exigência de aceite por parte do cônjuge para acesso legal aos procedimentos de esterilização.” O deputado apresentou o PL 3637/2012 que quer acabar com a exigência do consentimento expresso dos dois cônjuges para que um deles se submeta a uma cirurgia de esterilização. A aprovação deste projeto garantirá a cada indivíduo do casal o acesso individual aos procedimentos de esterilização cirúrgica. Esses indivíduos terão as mesmas facilidades de pessoas mais abastadas ao poderem desfrutar de sua sexualidade sem passar pelo desgaste de uma gravidez não planejada. “Esta medida representa um passo importante para o respeito à individualidade de homens e mulheres do País”, argumentou o deputado Paulo Rubem.
Mortalidade materna (Eleonora Menicucci) - A mortalidade materna é um problema complexo que se configura como importante sinalizador da condição de vida e de saúde das mulheres. O problema da mortalidade materna está diretamente ligado ao acesso aos serviços de saúde, desde o pré-natal com qualidade até o leito materno, passando necessariamente pelo acesso a informações claras sobre a saúde e os direitos reprodutivos. Na ponta do processo, como decisor, surge a apropriação do direito à saúde por parte da população feminina. Um dado do primeiro semestre de 2011, especialmente, é para ser comemorado: a diminuição recorde das mortes maternas por causas obstétricas. Tivemos 19% menos mortes desse perfil em relação a 2010 ou seja, o salto benéfico se verificou em apenas um ano. Notificaram-se 870 mortes por causa obstétricas no primeiro semestre de 2010, enquanto no segundo semestre de 2011 registraram-se 705 mortes. Isso significa que o Brasil conseguiu passar a resgatar para a vida uma mulher do grupo de cada cinco que morriam por essa razão. Mas, para além dos avanços, o governo tem o desafio e o compromisso de cumprir a Quinta Meta dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, da ONU, que é de reduzir a mortalidade materna em 75% entre 1990 e 2015. Nesse sentido, está sendo implementada a Rede Cegonha, programa do Ministério da Saúde, além de outras iniciativas integradas, que perpassam toda a estrutura governamental. Entre os itens fundamentais para se reduzir continuamente a mortalidade materna destaca-se a própria qualificação das informações. Essa demanda tem sido enfrentada pelos Comitês de Investigação da Mortalidade Materna, que serão fortalecidos com a implementação da Rede Cegonha. Assim, ao mesmo tempo em que as informações mostram sem subterfúgios o quanto precisamos avançar, o refinamento desses dados e as próprias políticas públicas apontam a perspectiva da maternidade como garantia de vida para as crianças, mas, como condição sine qua non e cada vez mais próxima, para as próprias mães. Afinal, nosso maior desafio enquanto integrantes do governo da primeira mulher presidente do Brasil é o de não aceitar que nenhuma mulher morra em decorrência da falta de atendimento no período da gravidez, do parto e do puerpério.
Mães que amamentam os filhos por mais de dois anos causam controvérsia - Controversa, a amamentação prolongada vem sendo adotada por muitas brasileiras adeptas do movimento chamado Criação com Apego (Attachment Parenting), que também prega que os pais durmam junto com os filhos até quando eles quiserem. O movimento nasceu há 20 anos nos EUA, após a publicação do livro "The Baby Book" (O livro do bebê, em tradução livre), do pediatra William Sears. A obra defende uma educação amável e sem castigos e punições. Na semana passada, o assunto ganhou destaque após a revista "Time" estampar na capa uma mãe amamentando o filho de três anos. O garoto usa um banquinho para alcançar o seio materno. Não há uma idade limite para o desmame, segundo a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza aleitamento exclusivo até os seis meses de idade. E recomenda que as crianças continuem sendo amamentadas no peito por até, pelo menos, dois anos. "Não há estudos que apontem prejuízo às crianças que são amamentadas acima de dois anos. O momento de parar é uma decisão entre mãe e filho e está muito relacionada a fatores culturais", diz a pediatra Graziete Vieira, do departamento de aleitamento materno da SBP.
Banheiros para novos apartados - É uma obviedade afirmar que as pessoas precisam ter acesso a um banheiro. Entretanto, vê-se que há casos de pessoas transgênero (transexuais e travestis) sendo impedidas desse direito, geralmente por autoridades desinformadas. A iniquidade no acesso ao banheiro tem sido uma das maiores barreiras para a integração de homens e mulheres transexuais na sociedade brasileira. Apartheid: palavra da língua holandesa sul-africana que significa "à parte". Na África do Sul, o termo definia a política de segregação entre os brancos e os definidos como não brancos, com base em uma filosofia que reivindicava a supremacia dos brancos. As pessoas eram obrigadas a ocupar espaços diferentes, em função da sua cor, incluindo banheiros. Historicamente, a falta de banheiros femininos foi uma estratégia para manter mulheres fora de espaços tradicionalmente dominados por homens. Ressalte-se que apenas na época da Constituinte um banheiro feminino foi instalado para as deputadas no Congresso Nacional. Essa é uma questão de gênero, e se estão repetindo essas apartações com relação a mulheres transexuais (preconceituosamente consideradas inferiores às mulheres biológicas) e aos homens transexuais (também considerados, por alguns, como inferiores aos biológicos). A identidade de gênero é central para vida pública e privada de qualquer ser humano, não apenas para as pessoas transexuais, independentemente de anatomia ou fisiologia. Não reconhecer essa vivência leva a sofrimento e a constrangimentos.
Xuxa revela ter sofrido abuso sexual na infância - Um drama que a apresentadora Xuxa Meneghel guardou durante anos foi revelado neste domingo: ela sofreu abuso sexual na infância. Como na maior parte dos casos, os agressores eram pessoas próximas: um amigo do pai, que seria seu padrinho, um homem que iria casar com sua avó e um professor. As violências só acabaram quando Xuxa completou 13 anos. A revelação foi feita em entrevista para o quadro “O que vi da vida”, do programa “Fantástico”, da Rede Globo. Muito emocionada, Xuxa chorou durante o depoimento e explicou que o trauma a levou a lutar pelo direito das crianças:
— Nunca falei nada para ninguém porque tinha vergonha, não sabia o que fazer. Se falasse para o meu pai, ele acharia que a culpa era minha, que eu provocava. Deviam ter notado que havia algo de errado; que eu, sempre muito falante, tinha virado uma pessoa calada.
Segundo Xuxa, o pai dela, Luís Floriano Meneghel, era militar e sempre foi muito ausente e distante. A mãe, Alda Meneghel, de acordo com a apresentadora, era muito amorosa e presente, mas inocente. Tinha que cuidar de cinco filhos e não reparou.
Bom da Rio+20 é a sociedade, dizem cientistas - A exatamente um mês da Rio+20, membros da sociedade civil reunidos sexta – feira em São Paulo em debate sobre a conferência para o desenvolvimento sustentável manifestaram que, nessa altura dos acontecimentos, o melhor que se pode esperar do evento é que ele sirva para fortalecer a mobilização da sociedade."Os temas que estão colocados na Rio+20 - economia verde, governança e erradicação da pobreza - são como recomeçar o mundo. Sem dúvida são coisas que dependem de acordos entre governos, mas temos a sensação de que esses acordos vão demorar cada vez mais. Então é fundamental a sociedade se mobilizar por esses temas, pressionar", afirmou o pesquisador da USP Pedro Roberto Jacobi, do Programa de Pós Graduação em Ciência Ambiental. Ele falou durante debate no evento Viva a Mata, que celebra o Dia Nacional da Mata Atlântica, no domingo. Jacobi resumiu um sentimento que prevalece na academia, entre organizações não governamentais e até entre os negociadores de alto nível de certo pessimismo que a conferência não resulte em compromissos mais concretos para que o mundo se encaminhe para o tão falado desenvolvimento sustentável. A comparação inevitável é com a Rio-92, vista como um momento que representou uma mudança de paradigma. "A Rio+20 significa um nada, um vazio. De 92 para cá o que aconteceu foi a não implementação de tudo o que foi acordado. Só que passados 20 anos, temos hoje muito mais dados e certezas de que caminhamos para um desastre ambiental e o que acontece? Nada", disse João Paulo Capobianco, do Instituto Democracia e Sustentabilidade. "É uma reunião sem entendimento mínimo sobre o que se espera dela, marcada pela falta de líderes, e que não vai enfrentar nosso pior problema, que é a falta de governança, a incapacidade de implementar acordos que nós mesmos fizemos"...
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