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JORNAL DE BRASILIA - DF | CIDADES LGBT 07/06/2010 Milhões contra a homofobia Com tema político e menos festiva, Parada Gay fez alerta para o voto Mais de três milhões de pessoas participaram, durante toda a tarde de ontem, da 14ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), realizada na Avenida Paulista, "A bandeira do arco-íris está pálida e cada vez temos menos paciência com o atraso brasileiro. Um atraso que tem nome, número, par-tido e tempo de televisão. É para isso que vamos na avenida este ano: para denunciar de onde vem nosso sofrimento, onde se situa a homofobia institucional. Vamos também mostrar que podemos agir. Como eleitores, podemos sim decidir destinos", disse, em entrevista coletiva, Alexandre Santos, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT. Ele pediu que as pessoas elejam uma "nova geração de políticos", que respeitem o país e a cidadania. Durante a coletiva, Santos ressaltou que um dos grandes problemas é com relação a alguns senadores, que tentam dificultar a aprovação de projeto que trata a homofobia como crime. "Os fulanos e sicranos que não nos toleram e acham que vamos passar mais quatro anos sem direitos, sem respeito e sendo violados em nossa cidadania, que ponham as barbas de molho". Já em entrevista concedida na manhã de ontem, na Assembléia Legislativa de São Paulo, o governador Alberto Goldman lembrou que temas, como respeito e tolerância devem ser discutidos e permear as eleições deste ano. "Ele [o tema gay] se relaciona agora com alguns princípios da cidadania e da democracia. Temos, durante este ano, que aproveitando o momento eleitoral, e dar qualidade a essa discussão, [relacionando] todos os temas, desde a economia aos do dia a dia. As questões do respeito e da tolerância são caros a todos nós". Ja o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, lembrou que a importância de a classe política se posicione sobre assuntos relacionados à diversidade sexual. SAIBA + Na abertura da Parada Gay, organizadores convocaram o público a vaiar os políticos homofóbicos. Pediram, ainda, que os projetos a favor dos homossexuais fossem votados com celeridade no Congresso Nacional. De acordo com Manoel Zanini, coordenador-geral do Mês do Orgulho LGBT, a festa transcorreu sem problemas. Segundo organizadores, o público compreendeu o tom político da festa neste ano de eleições |
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