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O sangue de pessoas infectadas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), causadora da aids, pode ser usado de forma segura para transfusões de sangue, como aponta um estudo médico recente apresentado em Nairóbi e que é citado hoje pela imprensa local.

O estudo do médico Samwel Oketch, do New Nyanza Provincial General Hospital, da província queniana de Nyanza que prova que a "lavagem dos glóbulos vermelhos elimina o plasma do ARN (ácido ribonucleico) do HIV, tornando o sangue seguro para transfusões", assinala o jornal queniano "Daily Nation".

"Os pesquisadores foram capazes de limpar o sangue de qualquer rastro do HIV usando uma solução salina, composta de sal de cozinha e água", segundo a publicação.

Oketch apresentou os resultados da pesquisa no 29º Congresso Mundial de Ciência Biomédica de Laboratório, que começou em Nairóbi que se encerra nesta semana.

Em caso de ser adotado, este método seria especialmente útil em países da África Subsaariana como o Quênia, onde há escassez de reservas de sangue "devido ao temor dos doadores de que seu sangue seja analisado para identificar se são portadores da aids".

Pelos últimos dados da Organização Mundial da Saúde, no mundo há 33,4 milhões de pessoas com aids, dos quais 22 milhões vivem na África Subsaariana.