CLIPPING - 08/ago./ 2012
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Colesterol alto: um problema que atinge 77 milhões de brasileiros - O país chega ao seu Dia Nacional de Combate ao Colesterol com uma triste marca: a cada ano são 320 mil mortes registradas por causas cardiovasculares. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que promove hoje, em todas as unidades básicas de saúde das capitais do país, aferição de pressão, distribuição de folhetos e exames de glicemia, colesterol e triglicérides, além de orientações à população. Segundo as contas da entidade, 32% dos óbitos no Brasil todo ano ocorrem devido ao problema. De acordo com o Ministério da Saúde, nada menos que 30% da população tem uma alta dose de colesterol. A SBC informa que são cerca de 77 milhões de pessoas com dislipidemia (a alta incidência da substância no sangue). Para o diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, Carlos Alberto Machado, é preciso conscientizar a população da importância de exames frequentes para verificar as taxas de colesterol no organismo. Aqueles que comprovem níveis de colesterol total acima de 200 mg/dl, ou então LDL (colesterol ruim) acima de 100 mg/dl e HDL (colesterol bom) abaixo de 40 mg/dl, são um sinal de alerta de que, a médio prazo, podem ocorrer problemas de saúde.
Doença avança e surpreende - A diabetes tipo 2, geralmente associada à obesidade e ao sedentarismo, já é entendida como um problema alarmante de saúde no mundo. Mas a de tipo 1, com prevalência em crianças e adolescentes, também começa a preocupar pesquisadores. A incidência da diabetes tipo 1 vem crescendo nos Estados Unidos e parte da Europa em cerca de 2,5% a 4% por ano, inclusive em adultos, segundo uma reportagem publicada no "The Wall Street Journal". Apesar de não haver dados que comprovem a tendência no Brasil, o aumento também é uma percepção dos médicos brasileiros. - Seguramente está aumentando o número de casos de diabetes tipo 1, mas ainda não temos estudos que comprovem isto - afirmou o diretor do Centro de Diabetes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Antônio Roberto Chacra.
São dois os tipos principais de diabetes. A tipo 1 é um distúrbio autoimune que impede que o corpo produza insulina para digerir a glicose. A doença já foi chamada de diabetes juvenil, por se manifestar principalmente em crianças e adolescentes. Já a diabetes tipo 2 ocorre principalmente em adultos a partir dos 40 anos. Ela é caracterizada pela inabilidade do corpo de usar com eficiência a insulina, e, às vezes, apenas um medicamento oral e a mudança de rotina podem controlar os sintomas.
País desconhece realidade da violência contra a mulher, dizem pesquisadoras - A tarefa de conhecer a situação da violência contra a mulher no Brasil esbarra na falta de dados estatísticos. De acordo com a pesquisadora Lia Zanotta, do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade de Brasília (UnB), só é possível citar com alguma segurança números sobre homicídios. “O resto são tentativas de aproximação”, sustenta. Lia Zanotta participou de audiência pública da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher na tarde desta quarta-feira, organizada para discutir a sistematização e o monitoramento de dados sobre violência contra a mulher. A presidente da CPMI, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), assinalou que a principal dificuldade do grupo é a falta de acesso a informações. “Solicitamos a todos os estados uma série de dados relativos a registros de casos, queixas e processos finalizados, e temos dificuldade de receber essa resposta”, ressaltou.
Mulheres com mais coragem de denunciar - Mais de 329 mil mulheres que procuraram o serviço de denúncia de violência contra o gênero — o Disque 180 —, nos últimos seis anos, sofreram algum tipo de agressão. A maioria delas, cerca de 47%, relatou ainda que a situação era diária. Os dados são do canal de atendimento da Secretaria de Política para as Mulheres, divulgados ontem. No mesmo dia, a Lei Maria da Penha, fonte de mais rigor para a punição de crimes de violência doméstica, completou seis anos. Os números vêm acompanhados da atualização do Mapa da Violência 2012 — Homicídio de Mulheres no Brasil, com base em dados de 2010, que mostram crescimento na taxa de homicídios. Em 2010, foram 4.465 assassinatos, aumento de 20% comparado a 2007 e de 230% em relação ao ano 2000.
Saúde usará R$ 31 milhões para incentivar denúncias de violência contra mulheres - O Ministério da Saúde vai destinar R$ 31 milhões às secretarias estaduais e municipais de todo o país na tentativa de incentivar a notificação de casos de violência contra mulheres e promover ações de vigilância e prevenção. Ainda segundo o ministério, a maioria das agressões sofridas por mulheres acontece dentro da própria residência (60,4%). Os homens com os quais elas se relacionam ou se relacionaram respondem por 41,2% dos casos, enquanto amigos e conhecidos representam 8,1% e desconhecidos, 9,2%.Nas ocorrências que envolvem agressões sexuais, 51% dos principais agressores são desconhecidos; 13,5% são os próprios cônjuges e 13,4%, amigos ou conhecidos.
Hormônio feminino é fundamental na fertilidade masculina - Uma pesquisa feita na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que o hormônio feminino estrogênio também desempenha papel fundamental na fertilidade masculina. A descoberta ajuda a entender alguns casos de infertilidade de causa até então desconhecida e abre caminho para novos tratamentos. “O nível de estrogênio na corrente sanguínea do homem é mais baixo que o circulante na mulher. Mas, quando se analisam os órgãos do sistema reprodutor masculino, o teor é até mais alto que o existente na mulher. Queríamos entender qual era a importância desse hormônio nesses órgãos”, conta Catarina Segreti Porto, coordenadora da pesquisa financiada pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Projeto Temático. “Alguns casos de infertilidade masculina não têm relação com a falta de testosterona, de outros andrógenos ou de seus receptores. A explicação para esses casos pode ser falhas na produção de estrogênio ou no funcionamento desse receptor alfa”, disse Porto. Em outro braço do projeto também coordenado por Porto, os cientistas investigaram se a presença do estrogênio e de seus receptores no sistema reprodutor masculino também teria influência sobre o câncer de próstata.
Anvisa quer receita para tarja vermelha - O hábito de ir à farmácia e comprar remédios de tarja vermelha (como anticoncepcionais, anti-inflamatórios e drogas para hipertensão) sem apresentar a receita médica pode acabar.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pretende fechar o cerco às farmácias para fazer valer, na prática, a inscrição "vendido sob prescrição médica" impressa nas tarjas vermelhas. Barbano afirma acreditar que é possível resolver a equação sem nova lei, apenas pela sensibilização das vigilâncias e farmácias. "Vamos dar um tempo para o segmento se sensibilizar. Se não funcionar, a Anvisa pode tomar medidas do ponto de vista regulatório." Para Gustavo Gusso, professor de clínica geral da USP, é boa a ideia de exigir receita para remédios como o anticoncepcional, mas ele ressalva que no país há dificuldades de acesso a médicos que precisam ser superadas.
"Onde não existe médico, ou vai ter um médico para assinar receitas uma vez por mês ou vai acontecer outra coisa. Entre o ideal e o real existem muitas opções", diz. A Anvisa também trabalha na revisão e atualização da lista das drogas isentas de prescrição e na revisão da portaria que regula a venda dos remédios controlados.
Projeto altera regras para autorização de laqueadura - Tramita na Câmara o Projeto de Lei 3050/11, do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que permite a realização de laqueadura nos períodos de parto ou aborto em caso de cesariana anterior. A proposta altera a lei que trata do planejamento familiar (Lei 9.263/96).
O autor argumenta que a medida vai contribuir para o controle da natalidade. Segundo ele, as taxas médias de natalidade do País vêm caindo gradativamente nas últimas décadas nas classes média e alta da população. “As camadas mais carentes ainda sofrem com a falta de informação e com a dificuldade de acesso aos meios anticoncepcionais, que acabam por inviabilizar o planejamento familiar e, consequentemente, por agravar o quadro de miséria e ignorância no País”, afirma o parlamentar.
O parlamentar ressalta que a realização de uma cesariana exclusivamente para a laqueadura deve ser repudiada. Mas ele argumenta que, nos casos já permitidos em lei para a esterilização, não há por que submeter a mulher a outra anestesia e a outro procedimento cirúrgico. A matéria, sujeita a apreciação do Plenário, foi apensada ao PL 313/07, e ainda será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
O PIB e a felicidade - A presidente Dilma Rousseff causou controvérsia ao afirmar que se mede a Nação não pelo produto interno bruto (PIB), mas pela capacidade de proteção às crianças. Os críticos logo apontaram a forte correlação entre renda e situação infantil. O momento tornou infeliz o palpite fabricado para tampar a falta de resultados na seara do crescimento. Mas se a presidente tivesse o dom da oratória poderia ter trazido à tona temas importantes subjacentes à sua declaração. O crescimento do PIB proporciona a ilusão da felicidade, enquanto o enriquecimento torna os homens mais aquisitivos e, portanto, cada vez mais insaciáveis e descontentes. Na última semana de julho, o Office for National Statistics da Inglaterra publicou o primeiro relatório do bem-estar nacional, baseado em pesquisas que perguntam às pessoas o que sentem sobre sua própria vida. A iniciativa partiu de David Cameron, que denunciou as falhas da contabilidade nacional e pediu outra medida de felicidade além do PIB.
As respostas mostraram britânicos felizes. Os que têm parceiros são mais felizes do que os solteiros, viúvos ou divorciados. Os donos de casa própria são mais felizes do que os locatários. Os que têm deficiência e saúde ruim são bem menos felizes e mais ansiosos do que os saudáveis. E confirmando pesquisas anteriores, pessoas de meia-idade também são menos felizes do que as mais jovens ou as mais velhas. Ao que parece, a crise da meia-idade não é mito. Se a moda das pesquisas sobre felicidade se firmar entre os economistas, dentro de 30 anos teremos uma série temporal com observações suficientemente numerosas para rejeitar a hipótese de que o crescimento do PIB aumenta a felicidade. Então saberemos se a presidente Dilma tinha razão ou se deveria ter seguido as teorias convencionais que utilizam o PIB como referência para o sucesso nacional. Por enquanto, parece razoável admitir que medidas do PIB e da felicidade são imperfeitas e que o bom senso sugere combinar políticas de crescimento sustentável com estabilidade e objetivos sociais.
ALERTA PARA DESVIO DE VERBA PARA PREVENÇÃO - Ricardo Boechat lembra que hoje a presidenta Dilma anuncia a liberação de R$ 20 bilhões para prevenção a acidentes naturais. O Rio deve vai ficar com a maior parte da verba. "Desses R$ 20 bilhões, quantos bilhões efetivamente chegarão até as obras e as iniciativas que estão no papel? Em Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, as denúncias de desvio causaram a deposição de dois prefeitos da região", comenta Boechat.
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