Grupo Água Viva Bessa
Pessu ALL,
Após várias semanas de tratativas burocráticas, finalmente minha dissertação de mestrado em Sociologia da Educação, intitulada Habitus de gênero e experiência escolar: jovens gays no ensino médio em São Paulo, foi disponibilizada no site do Banco de Teses da Universidade de São Paulo. Ela foi defendida em agosto de 2006 e um ano depois, como condição para que eu recebesse o diploma de mestre com registro no MEC, foi-me solicitada uma cópia do arquivo digital em PDF. Eu acreditei que, mediante esta exigência, o texto seria inserido no acervo da USP. Só recentemente é que descobri que isso não havia acontecido, alertado por um pesquisador que a procurou ali e não a localizou. Finalmente, isso foi resolvido.
O link para acesso é http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-03022012-163059/pt-br.php
Abaixo transcrevo o abstract e as palavras-chave. Vale assinalar que, naquela época, ainda era vigente a sigla GLBT, que só seria alterada dois anos depois, em votação na nossa I Conferência Nacional em Brasília, em junho de 2008. E o T abreviava “transgêneros”, termo que foi então substituído por “travestis e transexuais”.
Lula Ramires
Palavras-chave
Educação
experiência escolar
gênero
habitus
masculinidades homossexuais
Resumo
Este trabalho investiga a produção de masculinidades de jovens estudantes homossexuais durante o Ensino Médio. Inicia com uma reflexão que visa a articular os conceitos de gênero de Joan Scott, de sexualidade de Jeffrey Weeks, de habitus de Pierre Bourdieu, de experiência social e escolar de François Dubet e de preconceito de Agnes Heller. Na análise, realizada com base em entrevistas com alunos secundaristas de escolas públicas e privadas da cidade de São Paulo, ressaltaram-se diversos elementos das trajetórias escolares dos sujeitos pesquisados. Constatam-se diversas contradições que revelam a instituição de ensino, de um lado, como um lugar ainda permeado pela homofobia, marcado pela violência física e verbal, pelas pressões que reiteram o padrão heterossexual e pela constante referência à homossexualidade como um não-lugar; de outro, como espaço onde também se observam o revide às agressões, situações de acolhimento e aceitação pelos colegas bem como o empoderamento resultante da transgressão das normas de gênero, possibilitados pelos movimentos feminista e GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros).
Título em inglês
Gender habitus and school experience: high-school gay youths in São Paulo
Este trabalho investiga a produção de masculinidades de jovens estudantes homossexuais durante o Ensino Médio. Inicia com uma reflexão que visa a articular os conceitos de gênero de Joan Scott, de sexualidade de Jeffrey Weeks, de habitus de Pierre Bourdieu, de experiência social e escolar de François Dubet e de preconceito de Agnes Heller. Na análise, realizada com base em entrevistas com alunos secundaristas de escolas públicas e privadas da cidade de São Paulo, ressaltaram-se diversos elementos das trajetórias escolares dos sujeitos pesquisados. Constatam-se diversas contradições que revelam a instituição de ensino, de um lado, como um lugar ainda permeado pela homofobia, marcado pela violência física e verbal, pelas pressões que reiteram o padrão heterossexual e pela constante referência à homossexualidade como um não-lugar; de outro, como espaço onde também se observam o revide às agressões, situações de acolhimento e aceitação pelos colegas bem como o empoderamento resultante da transgressão das normas de gênero, possibilitados pelos movimentos feminista e GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros).
Título em inglês
Gender habitus and school experience: high-school gay youths in São Paulo
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