O ROUBO DE R$ 3,0 MILHÕES NA GEAP(?)
Nilo,você por acaso leu alguma coisa a respeito deste assunto?
-Ana
O ROUBO DE R$ 3,0 MILHÕES NA GEAP Por Paulo César Régis de Souza (*) Deparamo-nos, de surpresa, com uma notícia estarrecedora nos jornais e rádios de Brasília. Roubaram R$ 3 milhões da GEAP, a prestadora de assistência à saúde dos servidores da Previdência, Saúde e Trabalho. Anteriormente, sumiram outros R$ 10,0 milhões da mesma GEAP, aplicados no Banco de Santos , na véspera da falência, por ordem de anjos e arcanjos do além. Como isso é possível? Ninguém sabe, ninguém viu? O golpe consistiu em abrir uma conta no Banco do Brasil e mandar ofício as patrocinadoras convidando as a depositarem nessa conta o dinheiro que deveria ser depositado na conta da GEAP. Algumas patrocinadoras o fizeram.Quais? É piada!?. A GEAP ainda é a maior empresa de saúde contratada para atender as mais de 700 mil vidas de servidores públicos que pagam em dia, com inadimplência zero e atendimento crítico. Com centenas de funcionários e executivos bem pagos para cuidarem da administração do dinheiro, que não é da GEAP, mas dos servidores, muitos executivos sem nenhum conhecimento de plano de saúde, pára-quedistas, sem compromisso com a atividade finalística da GEAP, não estão nem um pouco preocupados com o desaparecimento do dinheiro, nem quem foi ao banco e sacou. Segundo informações, R$ 700 mil foram retirados na boca do caixa, quando nós, pobres mortais, temos de preencher uma papelada para o Banco Central se retiramos mais de R$ 10 mil. Quem sacou? Será que não assinou nenhum papel? Que banco é esse que libera uma bolada, quando geralmente pede tempo para dispor de grandes somas? Será que avisaram que iriam sacar? Quem avisou? Não deixaram rastro? Continuam todos os executivos sentados em seus belos assentos, festejando a impunidade. No nosso entendimento isso é má gestão, má administração, pouco caso em uma instituição que passa por momentos difíceis, com atraso de pagamento, descredenciamento dos principais hospitais, clinicas, laboratórios, profissionais médicos, especialistas nas diversas áreas, pediatras, por absoluta falta de pagamento e o valor abaixo do mercado oferecido por outras operadoras. O caso é de polícia, aliás os dois, o roubo e a falta de atendimento. A GEAP foi criada como PATRONAL para atender os servidores dos antigos institutos de previdência, depois INPS, SINPAS, e mais recentemente recebeu os servidores da Saúde, egressos do antigo INAMPS, do Trabalho e de outras instituições públicas. Como PATRONAL conquistou padrão de eficiência e qualidade. Tornou-se referência entre os servidores. Tinha uma carteira de benefícios para os servidores da Previdência. Ao longo do tempo foi-se descaracterizando na medida em que deixou de atender o seu público do antigo SINPAS, passando a atender uma população desassistida. Hoje é administrada por um Conselho Deliberativo composto por seis membros, sendo três indicados pelas patrocinadoras e três eleitos pelos servidores. Nas administrações anteriores, foram criados vários conselhos (CONSULT, CRR), a nosso ver desnecessários, todos mantidos com diárias e passagens, já que somente o CONDEL deve atuar como gestor, emitindo diretrizes ao Diretor Executivo, eleito pelo próprio CONDEL. É lamentável que ninguém tenha tomado providências para defenestrar os autores desta brincadeira que têm endereço sabido e conhecido. A ANASPS, em inúmeras oportunidades, vem denunciando os desmandos na GEAP e cobrando soluções. Temos em nosso poder relatórios de vários estados sobre os padrões ínfimos de atendimento e desconforto. Lamentavelmente a GEAP hoje nada tem a ver com a PATRONAL. Outros interesses estão por trás de suas ações. Causa espanto aos servidores do INSS constatar os desmandos, a gestão perigosa, a incompetência, a indiferença. NA GEAP, há seis conselheiros no Conselho Deliberativo. Três eleitos pelos ministérios da Previdência, do Trabalho e da Saúde três indicados pelo governo. Pois bem, os eleitos podem votar, mas não podem ser votados. Não prevalece o voto majoritário. As decisões são impostas pelos três representantes do governo que tudo tem feito para preservar a galinha dos ovos de ouro em que foi transformada a GEAP. O CONDEL tem que exigir explicações para os desmandos da GEAP, sob pena de levá-la à falência e os 700 mil assistidos ao desespero. É o que querem as empresas de planos de saúde, de olho na clientela, agora que o governo lhes escancarou as portas. (*) Paulo César Régis de Souza é presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social. Nota Pessoal: Parabéns ao Paulo César Régis de Souza e a ANASPS, pelo texto e pela denuncia, pois essa vem de encontro aos meus sentimentos. Ainda bem que temos essas associações, que estão acompanhado fatos como esses e denunciam mesmo que essas denuncias, em sua maioria caem no vácuo. Cabe a todos os ativistas continuarem cobrando respostas à essas denuncias. Nilo geronimo Borgna ativismocontraaidstb.blogspot.com |
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