CLIPPING - 02/fev./2012
Ministério da Saúde lança campanha de prevenção da aids no carnaval - Os jovens de 15 a 24 anos, principalmente gays, são o foco da campanha de prevenção da aids no carnaval 2012, que será lançada hoje (2) pelo Ministério da Saúde. O lançamento será na quadra da Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha, no Rio de Janeiro. O aumento da incidência da doença entre gays dessa faixa etária chama a atenção das autoridades de saúde. O crescimento foi de 10,1%, conforme dados divulgados pelo governo federal no fim do ano passado. Em 2010, para 10 heterossexuais com aids, existiam 16 homossexuais. Em 1998, a relação era de 10 para 12. Em 2011, o governo deu início a ações para conter o avanço da aids entre os jovens, usando as redes sociais para comunicar-se com esse público. Antes e durante o carnaval, o governo deve veicular mensagens na televisão e no rádio alertando para a importância do uso do preservativo. Após a festa, serão divulgadas mensagens estimulando a população a fazer o teste rápido da aids para o diagnóstico da doença, como foi feito nos anos anteriores.
Governo repassa R$ 4,5 milhões para o combate a hepatites virais em quatro estados - O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 4,5 milhões para ações de combate à hepatite viral nos estados do Acre, Espírito Santo, de Minas Gerais e Sergipe, este ano. A portaria foi publicada hoje (2) no Diário Oficial da União. A hepatite viral é a forma mais comum da doença na maior parte do mundo, causada principalmente pela ingestão de água e alimentos contaminados. Para o Distrito Federal, os estados e municípios serão distribuídos R$ 30 milhões para ações de combate ao HIV/aids e a outras doenças sexualmente transmissíveis. Há cerca de dois anos, as ações de estímulo ao diagnóstico e prevenção dessas doenças foram ampliadas por uma decisão do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. O Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para a transferência dos recursos em parcela única para os fundos de Saúde municipais e do Distrito Federal.
Pfizer anuncia recall de um milhão de cartelas de pílulas anticoncepcionais nos EUA - Houve erro na hora de embalar os remédios. Algumas cartelas receberam mais pílulas que outras. A Pfizer anunciou o recall de um milhão de cartelas de pílulas anticoncepcionais nos Estados Unidos devido a um erro de embalagem que pode levar as mulheres a tomarem uma dose inadequada do medicamento e aumentar seus riscos gravidez. O anúncio foi feito um dia depois de a gigante do setor divulgar que seu lucro do quarto trimestre caiu pela metade e reduzir sua previsão de ganhos de 2012, devido a questões de negócios. A Pfizer descobriu que alguns pacotes da droga tinham comprimidos a mais, enquanto outros, a menos. Um porta-voz da companhia disse que o problema foi causado por falhas mecânicas e visuais na linha de empacotamento. E afirmou que o erro já foi corrigido. O recall não está ligado a riscos para a saúde das mulheres, mas ao aumento das chances de engravidar. Foram afetados 14 lotes de Lo/Ovral e 14 lotes e os genéricos Norgestrel e Ethinyl Estradiol.
Preço de droga para impotência sexual varia até 275% - A maior diferença encontrada ocorreu entre um dos genéricos do Viagra (R$ 11,05 o comprimido) e o medicamento de referência Cialis, feito com outro princípio ativo (R$ 41,47). O estudo da Anvisa comparou dez produtos e quatro substâncias, usando os preços máximos de venda e a alíquota de ICMS de 18%. Para cada produto, foi considerada uma apresentação (um, dois ou quatro comprimidos). Os preços vêm caindo desde que a patente do Viagra venceu, em 2010, diz Pedro Bernardo, chefe do núcleo de assessoramento econômico em regulação da agência. Ele estima que 80% do mercado seja dominado por genéricos e similares. "Em outros mercados, quando o produto é semelhante, a tendência é de os preços se aproximarem. No caso de medicamentos, a diferença se explica pela dificuldade de o consumidor fazer comparação."
Governo francês sabia desde 1996 sobre problemas com implantes de silicone - O Ministério da Saúde da França afirma que as autoridades haviam sido alertadas em 1996 para as práticas de trabalho da PIP, a companhia francesa no centro da polêmica sobre os implantes de silicone com problemas. Em um relatório sobre o envolvimento do governo no caso, o ministério diz que uma carta anônima enviada a um escritório regional da pasta havia levantado questões sobre as práticas da empresa e sobre o número anormal de rupturas de seus implantes. O documento observa, porém, que os resultados de uma investigação subsequente foram ignorados por 14 anos até que a companhia fosse investigada. Dezenas de milhares de mulheres em todo o mundo, incluisive no Brasil, têm sido orientadas a trocar seus implantes de silicone nos seios por temor de ruptura.
Rio no foco do combate ao crack - A fim de evitar erros, o governo fluminense vai estrear o programa federal antidroga em uma cracolândia menos frequentada, na Zona Sul da cidade. O uso de câmeras e o apoio da Força Nacional também são estratégias para blindar a iniciativa. Na posição de primeiro estado a implementar o plano Crack, é Possível Vencer, lançado pela presidente Dilma Rousseff há quase dois meses, o Rio de Janeiro precisará dar o exemplo. Todas as demais unidades da Federação, ávidas para aderir ao programa federal, acompanharão com lupa os passos do município fluminense, que, para não errar, começará por uma cracolândia incômoda, por ficar na Zona Sul, mas não tão povoada. Será no pé do Morro do Santo Amaro, no bairro do Catete, que os agentes de saúde e de assistência iniciarão o trabalho de abordagem dos usuários. Para proteger os profissionais, a Polícia Militar acompanhará a ação, contando ainda com a ajuda da Força Nacional. Apesar disso, qualquer movimento que possa parecer abuso ou truculência está proibido. Operações para prender traficantes ocorrerão de forma isolada a partir de mapeamento com câmeras a serem instaladas no local. O acordo de cooperação entre os governos local e federal deve ser assinado na semana que vem. O governo não adiantou quais serão os próximos estados a aderirem ao plano nacional Crack, é Possível Vencer. A ideia é fechar com oito ainda neste semestre. São Paulo era o prioritário, ao lado do Rio de Janeiro, mas as negociações não avançaram em função das eleições para as prefeituras paulistanas, lideradas pelos tucanos, que também se apressaram em fazer uma operação independente para descolar da imagem federal qualquer êxito no combate à droga. Além de uma epidemia — conforme admitiu o próprio ministro da Saúde, Alexandre Padilha —, o crack tem contaminado também a política. Qualquer tropeço do Rio não tardará a ser criticado pelos candidatos de oposição ao bloco governista.
Portaria polêmica - Regras para fortalecer a rede de atendimento de usuários de crack têm sido publicadas pelo Ministério da Saúde ao longo da semana. Em meio a boas notícias, como o aumento do repasse financeiro, uma das portarias prevê que os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), principal estratégia de tratamento no SUS, de funcionamento 24 horas, só poderão receber o paciente até as 19h. Depois disso, segundo a pasta, a equipe ficará reduzida para admitir novos casos. A entrada de dependentes só ocorrerá, ainda de acordo com o ministério, caso os profissionais de plantão conheçam o paciente. O receio é receber gente agitada, que, na verdade, deve ser atendida em enfermarias especializadas de hospitais gerais, a serem montadas. A regra é contrária à determinação de Dilma, que não gostou nada de saber, na ocasião em que o programa estava sendo elaborado, que a maior parte dos Caps fecha as portas às 17h.
Pacientes com diabetes tipo 2 podem levar vida normal, desde que emagreçam - O presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes , Balduino Tschiedel, explica que uma das primeiras providências a serem tomadas por um paciente após o diagnóstico da doença é a mudança do estilo de vida: alimentação controlada associada à prática de exercícios físicos para emagrecer. Aliado a isso, os médicos avaliam a medicação necessária, que pode incluir drogas orais que atuam nos hormônios gastrointestinais e, mais raro, a insulina. - Eu não vejo problema no tipo de comida. O problema é a quantidade. Não interessa o que a pessoa come, mas o peso que tem. Se ingere as calorias e gasta, não tem problema, ficando de olho, claro, no que interfere em aumento de colesterol, por exemplo – diz Tschiedel. O endocrinologista Alfredo Cury, do Spa Posse de Corpo, concorda. Para ele, o problema para este tipo de paciente é o excesso. O diabetes tipo 2 é causado por fatores genéticos, alimentação inadequada, sedentarismo e estresse. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 80% das pessoas com a doença têm sobrepeso ou são obesas. Uma dica, os especialistas afirmam, é ficar atento ao histórico familiar para ser ainda mais cuidadoso com a alimentação. O diabetes tipo 2 é mais comum em pessoas com mais de 40 anos. No Brasil, a grande maioria de diabéticos apresenta este tipo da doença.
Consumo de açúcar deve ser controlado como cigarro e álcool - Se os governos querem cuidar da saúde pública, então as autoridades deveriam controlar o consumo de açúcar da mesma forma que controlam o consumo de cigarro e de álcool. A afirmativa contundente é de um grupo de três cientistas da Universidade da Califórnia (EUA), em um artigo publicado nesta quinta-feira na conceituada revista Nature. Segundo as Nações Unidas, as doenças infecciosas foram superadas no mundo, pela primeira vez na história, pelas doenças não-transmissíveis.E, segundo os cientistas, o açúcar está alimentando uma epidemia global de obesidade e contribuindo para 35 milhões de mortes todos os anos, causadas por doenças não-transmissíveis, como diabetes, doenças do coração e câncer.
O poder das parcerias público-privadas na educação (Wanda Engel) - Quando se fala em parcerias entre governo e setor privado na educação, os ideólogos de plantão logo saem aguerridamente contra o que consideram proposta tipicamente neoliberal de privatização da escola pública. Para eles parceria se resume a uma terceirização da gestão de escolas, característica da experiência americana com as escolas charter, de efetividade ainda nebulosa. Fato é que as parcerias público-privadas (PPP) no Brasil vêm assumindo múltiplas e criativas formas. Temos, por exemplo, a oferta de vouchers para que os melhores alunos de escolas públicas tenham acesso a escolas particulares de alta qualidade, como no caso do programa Smart, desenvolvido pela Fundação Educar. Outra modalidade é o da criação de escolas modelo, como nas experiências da Embraer, em São José dos Campos, e da Oi, com o Nave, no Rio de Janeiro. Outra possibilidade de PPP na educação seria a de uma organização da sociedade civil funcionar como laboratório para a concepção e validação de tecnologias sociais, ou seja, de novas estratégias, capazes de contribuir para que qualquer escola pública melhorasse seus resultados e, uma vez comprovada a efetividade da proposta, transferi-la para os sistemas públicos. Isso viria atender a demanda das redes que, como têm a responsabilidade com a universalização de suas propostas, acabam encontrando sérias dificuldades na testagem de novos métodos.
Um exemplo desse modelo é a proposta, desenvolvida pelo Instituto Unibanco, conhecida como Jovem de Futuro.
RJ: 14% dos alunos da rede pública não leram nenhum livro em 5 anos - Dados divulgados pela Secretaria estadual de Educação do Rio mostram que os estudantes do ensino médio da rede pública não leem muito. Conforme antecipou a coluna Ancelmo Gois desta quarta-feira, a pesquisa feita com 4 mil alunos mostra que 14% não leram nenhum livro nos últimos cinco anos. Outros 11% leram apenas um, e 26% somente dois ou três, ou seja, 51% dos alunos leram de 0 até 3 livros nos últimos 5 anos. Já 49% leram de 4 a mais de 20 livros. A diretora executiva do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, considera o resultado alarmante. Para ela, a leitura do texto literário no ensino médio é, sem dúvida, muito importante para o aluno nesta fase de formação. - Isso é sofrível. Como esses estudantes cumpriram essa etapa da vida acadêmica sem ler um livro sequer? A literatura faz parte do ensino médio. Esse tipo de aluno nunca vai conseguir passar no Enem, por exemplo. É somente por meio da leitura que descobrimos as múltiplas faces da linguagem - diz. Era muito melhor dar livros para esses jovens do que um computador. A internet deve ser usada como uma ferramenta de acesso para a leitura - explica. De acordo com a pesquisa, a qualidade do ensino nas escolas estaduais foi bem avaliada por 67% dos alunos. Para 13% é excelente, enquanto que para 54% é bom. Apenas 4% o avaliam negativamente.
Tempos modernos (Ancelmo Gois) - Pesquisa encomendada pela Secretaria de estado de Educação do Rio, com 4 mil alunos do ensino médio da rede pública, mostra que 14% não leram um só livro nos últimos cinco anos. Outros 11% leram apenas um, e 26%, dois ou três. Já... A pesquisa revelou também que 93% dos estudantes têm celular, e 78%, computador
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