CLIPPING Saúde, Sexualidade & Afins
14/Maio/2014
Maternidades do SUS passam a ter novas regras para parto humanizado
Jornal Dia a DIa
O contato aquecido pele-a-pele com a mãe e o estimulo a amamentação na primeira hora de vida são recomendações que o Ministério da Saúde oficializou em portaria publicada em maio para assegurar o direito ao parto humanizado em toda a rede pública de saúde. Além deste contato entre mãe e filho, está previsto também o clampeamento do cordão umbilical somente após o mesmo parar de pulsar. As medidas passam a valer para todas as unidades do Sistema Único de Saúde.
As diretrizes fazem parte da organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido no Sistema Único de Saúde (SUS) e oficializam recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério. O bebê saudável, com o ritmo respiratório normal, deve ser colocado sobre o abdômen ou tórax da mãe, em contato direto pele-a-pele, de acordo com sua vontade, em ambiente aquecido, afirma a portaria. Além disso, a nova regra também prevê a amamentação ainda na primeira hora de vida da criança.
“Nós precisamos estimular que essa primeira mamada aconteça na primeira hora de vida. Além de fornecer o primeiro aporte calórico para a vida do bebê, essa prática também acelera a descida do leite materno, aumentando a chance de sucesso no aleitamento e diminui a chance de hemorragia uterina”, explica o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Conforme a portaria, os procedimentos de rotina adotados após o nascimento do bebe, como exame físico, pesagem e outras medidas antropométricas, profilaxia da oftalmia neonatal devem ser realizados somente após esses primeiros cuidados, importante mudança na lógica de atendimento ao bebê.
O coordenador da Saúde da Criança do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha, esclarece que os benefícios dessas medidas afetam não só o aspecto psicológico, como reduzem os riscos de anemia e desnutrição.
“Para o bebe que nasceu chorando, vigoroso, sem nenhum tipo de complicação, o papel principal dos profissionais de saúde é proteger este momento sensível de apresentação da mãe a seu bebe e vice-versa. Isso vai ter repercussões para toda a vida”, explica Bonilha.
Para os recém-nascidos com respiração ausente ou irregular, tônus diminuído e/ou com líquido meconial, a portaria estabelece que o atendimento deverá seguir o fluxograma do Programa de Reanimação da Sociedade Brasileira de Pediatria, de 2011. A unidade de saúde deverá contar obrigatoriamente com profissional médico ou de enfermagem treinado em reanimação neonatal de acordo com orientação da Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGSCAM) do Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde já há vários anos financia capacitações de profissionais médicos e de enfermagem em todos os estados, através do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria. Em 2014-2015 serão investidos R$ 2,1 milhões para fortalecer ainda mais este processo em todo o país.
A portaria contribuirá para a redução da mortalidade neonatal, um dos principais objetivos da Rede Cegonha.
REDE CEGONHA – Criada em 2011, a Rede Cegonha tem como uma das principais metas incentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde de mulheres e crianças, desde o planejamento reprodutivo, passando pela confirmação da gravidez, pré-natal, parto, pós-parto, até o segundo ano de vida do filho. Atualmente, a estratégia Rede Cegonha está presente em mais de 5 mil municípios de todos os estados do país, e atende a 2,6 milhões de gestantes. Desde o lançamento da Rede, já foram investidos mais de R$ 3,3 bilhões para o desenvolvimento de ações em todo o país.
Atenção Pré-Natal - A Rede Cegonha se propõe ainda a organizar o cuidado às gestantes por meio de uma rede qualificada de atenção obstétrica e neonatal. Com um pré-natal de qualidade, como preconiza a estratégia é possível reduzir as taxas de prematuridade. O objetivo é garantir acolhimento e captação precoce da gestante, além de ampliar o acesso aos serviços de saúde e melhorar a qualidade do pré-natal. O diagnóstico rápido permite à mulher iniciar o pré-natal assim que a gravidez for confirmada.
Em 2012, foram realizadas 18,2 milhões de consultas pré-natais pelo SUS, e mais de 1,6 milhão de mulheres fizeram, no mínimo, sete consultas.
Entre as ações previstas durante o pré-natal, estão os exames de pré-natal de risco habitual e de alto risco; acolhimento às intercorrências na gestação; acesso ao pré-natal de alto risco; acesso rápido aos resultados; vinculação da gestante (desde o pré-natal) ao local em que será realizado o parto; implementação de ações relacionadas à saúde sexual e reprodutiva; além de prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e Hepatites.
Maioria das mulheres não tem apoio à maternidade no trabalho
Agência Brasil
Muitos países não respeitam o padrão mínimo de 14 semanas de licença-maternidade
Cerca de 830 milhões de mulheres em todo o mundo não têm proteção adequada no trabalho em relação à maternidade. A conclusão está no relatório Maternidade e Paternidade no Trabalho: Lei e Prática no Mundo, divulgado, nesta segunda-feira, 12, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). De acordo com a organização, 80% dessas mulheres estão na África e na Ásia, regiões em que há predominância de trabalho informal e altas taxas de mortalidade materna e infantil.
Para esse contingente de mães que trabalham, direitos como licença-maternidade remunerada, pausas para amamentação, garantia de emprego no fim da licença, acesso a creches, proteção contra ameaças à saúde e à segurança durante a gravidez e igualdade de tratamento no ambiente de trabalho não são garantidos na prática. Conforme o estudo, essas trabalhadoras, na maioria, são autônomas, migrantes, empregadas domésticas, trabalhadoras rurais, informais ou temporárias ou de origem indígena ou tribal.
"Para ter igualdade de gênero, tem de haver proteção à maternidade. E se você não tem equidade em casa, será uma batalha tê-la no trabalho. É aí que entram os benefícios à paternidade [para estimular a ajuda masculina em casa], assistência à criança e outras políticas de proteção à família", disse a chefe a OIT sobre questões de Gênero, Equidade e Diversidade, Shauna Olney.
De acordo com o documento, embora 66 dos 185 países-membros da OIT tenham se comprometido a pelo menos uma das três convenções da organização sobre o tema, 87 (47%) não respeitam o padrão mínimo de 14 semanas de licença-maternidade. Em relação à licença-paternidade, nos 167 países sobre os quais há informações, 70 a concedem de forma remunerada. O descumprimento das exigências é maior nos países em desenvolvimento.
O relatório também constatou que a discriminação em relação à maternidade persiste em muitos países e piorou com a crise econômica global. Em economias europeias, há registros de trabalhadoras que tiveram de assinar cartas de demissão, no momento da contratação, para serem usadas caso a mulher ficasse grávida ou tivesse de se ausentar por doença ou problema familiar.
"Enquanto os dados sugerem que muitos países adotaram em suas leis os princípios da proteção da maternidade e do suporte aos trabalhadores com responsabilidades familiares, a falta de proteção, na prática, continua sendo um dos maiores desafios para a maternidade e a paternidade no trabalho hoje em dia", destacou o documento.
No Brasil, as mulheres têm direito a quatro meses de licença-maternidade remunerada (16 semanas) pelo sistema de Previdência Social, prorrogáveis por mais dois, caso o empregador permita. Em relação à licença-paternidade, são cinco dias corridos remunerados a partir do dia do nascimento do bebê. Os mesmos direitos são estendidos aos pais adotantes heterossexuais.
No caso de homens homossexuais, é concedida licença do trabalho, mas o salário-maternidade não era admitido. Recentemente, a Justiça brasileira concedeu a um pai homossexual adotante o direito de receber salário integral enquanto cuidava do filho.
Travestis e transexuais poderão usar nome social no Enem
Agência Brasil
Estudantes poderão fazer a solicitação por telefone até o final do período de inscrição
A travesti ou transexual que se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 poderá ser identificado pelo nome social nos dias e locais de realização das provas. Para isso, é preciso fazer o pedido pelo telefone 0800-616161, até o final do período de inscrição. A informação está no site do Enem elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
No momento de fazer a inscrição, na internet, o nome a ser usado pela travesti ou transexual é o que consta no documento de identidade, de acordo com a assessoria de imprensa do Inep. As inscrições começaram hoje (12) e se encerram no dia 23 deste mês, no site do Inep.
O valor da taxa de inscrição é R$ 35 e pode ser pago até o dia 28 de maio. Estudantes da rede pública e pessoas com renda familiar até 1,5 salário mínimo ficam isentos do pagamento. As provas estão marcadas para os dias 8 e 9 de novembro.
O edital do Enem com as informações completas sobre o exame está no site do Inep. O edital pode ser acessado em formato de leitura compatível com o Dosvox, sistema criado para pessoas com deficiência visual, e em vídeo na Língua Brasileira de Sinais (Libras), para quem tem limitação auditiva.
A expectativa do Ministério da Educação é que 8,2 milhões de pessoas se inscrevam. Nesta edição do Enem, detectores de metais estarão disponíveis nos locais de prova para reforçar a segurança.
A nota do Enem pode ser usada para concorrer à vagas em instituições públicas de ensino superior, em cursos técnicos e a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior. É também pré-requisito para firmar contratos por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e para a obter bolsas de intercâmbio pelo Programa Ciência sem Fronteiras.
Os estudantes maiores de 18 anos que ainda não obtiveram a certificação do ensino médio podem fazer o Enem com essa finalidade. Eles devem pedir, no ato da inscrição, que o resultado do exame seja usado para obter a certificação.
OMS adverte que depressão é a doença mais frequente na adolescência
Isto É
A depressão é a principal causa de doença e de inaptidão entre os adolescentes com idades entre 10 e 19 anos, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A depressão é a causa predominante de doença entre os adolescentes", afirma um documento da OMS, que destaca que os três principais motivos de morte no mundo nesta faixa de idade são "os acidentes de trânsito, a Aids e o suicídio".
Em 2012, 1,3 milhão de adolescentes morreram no mundo.
Esta é a primeira vez que a OMS publica um relatório completo sobre os problemas de saúde dos adolescentes. Para elaborar o documento, a organização utilizou os dados fornecidos por 109 países.
Os problemas nesta faixa de idade estão relacionados, com o cigarro, o consumo de drogas e bebidas alcoólicas, a Aids, os transtornos mentais, a nutrição, a sexualidade e a violência.
"O mundo não dedica atenção suficiente à saúde dos adolescentes", declarou a médica Flavia Bustreo, subdiretora geral para a saúde das mulheres e das crianças na OMS.
Os homens sofrem mais acidentes de trânsito que as mulheres, com uma taxa de mortalidade três vezes superior. A morte durante o parto é a segunda maior causa de mortalidade entre as jovens com idades entre 15 e 19 anos, depois do suicídio, segundo a OMS.
Entre 10 e 14 anos, a diarreia e as infecções pulmonares representam a segunda e quarta causas de falecimento.
O documento destaca ainda que pelo menos um adolescente em cada quatro não realizam exercícios físicos suficientes, pelo menos uma hora por dia, e que em alguns países um em cada três é obeso.
Jovens e escolarizados são os que mais se automedicam no Brasil
Fonte: O Globo
A cena de idosos frequentando reiteradamente os balcões das farmácias para comprar medicamentos ao sabor da própria vontade não é assim comum quanto parece. Pelo menos no Brasil, onde os maiores adeptos da automedicação são, na verdade, os jovens. A comprovação foi feita pela segunda fase da “Pesquisa sobre o Uso Racional de Medicamentos no Brasil”, realizada pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ).
O trabalho calculou que o consumo de medicamentos sem qualquer critério médico muda radicalmente de acordo com a faixa etária dos brasileiros. Entre os 16 e os 24 anos, 90,1% das pessoas chegam a se medicar sozinhas. Dos 56 anos em diante, o índice cai para 51,8%.
Consulta na internet
Na faixa de 25 a 40 anos, a automedicação chega a 77,5%. Já entre aqueles cuja idade varia de 41 a 55 anos, o total é de 66,7%. Segundo Marcus Vinicius de Andrade, diretor de pesquisas do ICTQ, esses dado podem ser atribuídos ao amadurecimento e a uma maior consciência sobre riscos entre os mais velhos:
"Na análise dos dados, vimos que, na terceira idade, há mais consciência sobre o uso inadequado de remédios, justamente porque os idosos podem já ter sofrido experiências negativas anteriores. Eles tendem a procurar mais os médicos, pois costumam ter problemas de saúde mais complicados. Isso impede o autoconsumo. Os jovens são mais desavisados, mais imediatistas. Eles não têm paciência de esperar consultas, vão direto aos sites de pesquisas e procuram o que acham que devem usar."
O risco à saúde, no entanto, ele ressalta, não é menor entre os mais jovens.
"Pode ocorrer até o contrário. Em grande parte dos casos, os jovens ainda não conhecem as predisposições genéticas que seus organismos apresentam para determinadas doenças. Assim, o risco pode ser maior, pois eles podem fazer uso de medicamentos totalmente desaconselhados", pondera.
Os dados do ICTQ também indicam que a automedicação está relacionada ao grau de instrução e à renda dos brasileiros. Paradoxalmente, quanto maior o nível de ensino, maior é o índice de autoconsumo de medicamentos. Entre os que têm ensino fundamental, o índice chega a 50,9%; para os que completaram o ensino superior, o total é de 84,8%.
Na disputa entre os sexos, homens e mulheres têm a mesma tendência percentual à prática: 76,7 % entre eles, 75,1 % para elas, na média de todas as idades.
Ter sempre um medicamente ao alcance das mãos para o consumo imediato faz parte do cotidiano de 54,4% da população no país. Essa parcela costuma carregar as pílulas diariamente na bolsa ou na carte ira — quase sempre, em condições inadequadas de armazenamento.
"Trata-se de um grupo que apresenta certa fobia de não carregar alguns medicamentos consigo. Eles querem ter algo sempre ao seu alcance. Nesses casos, além da automedicação, ainda há o risco de esses usuários estragarem os remédios, devida às más condições em que são guardados", avalia Andrade.
Não conferir a data de fabricação e vencimento também é hábito de 32,2% dos brasileiros, sendo que 75,5% dos homens e 76,5% das mulheres guardam as sobras dos remédios para consumo posterior, a qualquer tempo. Ao todo, 46,1% não leem as bulas, e 23,9% revelaram não entender as informações que elas trazem.
Uso abusivo de analgésicos
Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores está relacionado ao uso de analgésicos. No total, 16,5% da população declaram consumir esse tipo de medicamento toda semana, para qualquer sintoma de desconforto. Para 65%, não há o hábito de consultar farmacêutico. Nessas situações, eles procuram somente o balconista ou o vendedor da farmácia.
"É um consumo extremamente abusivo. Essas pessoas provavelmente estão mascarando quadros clínicos mais complicados. Uma ação paliativa para resolver dores de cabeça, por exemplo, pode esconder problemas graves, como tumores", cogita o diretor do ICTQ.
O uso de antibióticos sem receita ainda é prática entre 18,4% da população; e o de medicamentos controlados, de tarja preta, atinge 8,2%.
A pesquisa quantitativa foi feita com 1.480 pessoas, entre os dias 25 de março e 3 de abril de 2014, em 12 capitais brasileiras. Na primeira fase do trabalho, avaliou-se que a automedicação no Brasil é praticada por 76,4% da população em geral.
Excesso de compromisso pode provocar disfunção erétil
R7
Disfunção erétil atinge 30% da população masculina
Problema que afeta 15 milhões de homens no Brasil tem tratamento
Você já olhou sua agenda hoje para saber como será a sua rotina? O dia a dia repleto de responsabilidades não é mais uma realidade apenas do universo feminino. Atualmente, os homens passaram a colaborar com os serviços domésticos e a acompanhar de perto a vida dos filhos.
Neste novo contexto familiar, os homens precisam ficar atentos para não negligenciar a saúde em função da agenda lotada, alerta o urologista Eduardo Bertero.
- Com essa nova realidade, alguns casais têm dificuldades em administrar a vida pessoal e a profissional, o que pode impactar no relacionamento e, consequentemente, levar ao surgimento de problemas relacionados à disfunção erétil.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a disfunção erétil afetará cerca de 322 milhões de homens até 2025. Atualmente, a doença já atinge cerca de 30% da população masculina economicamente ativa, o que representa 15 milhões de homens no Brasil.
- A disfunção erétil nesse caso pode ser causada por maus hábitos de vida, como tabagismo, má alimentação, sedentarismo, ou então, a causa pode ser por puro estresse, devido a muitos afazeres e responsabilidades no trabalho e, agora, domésticas. A dica é praticar alguma atividade física, adotar uma alimentação saudável, moderar o consumo de bebidas alcoólicas e parar de fumar. Quando o problema tende a persistir, o ideal é consultar um urologista, que irá indicar o tratamento mais adequado para cada caso.
A boa notícia é que o problema tem tratamento, por isso é fundamental procurar o médico e, claro, abrir o jogo com a mulher.
- O mais importante é o homem conversar com a sua parceira, para que juntos encontrem um caminho ideal para a vida a dois ser mais agradável para ambos.
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