Escola pune estudante que bateu em colega só depois de vídeo da agressão vazar na internet
Especial para o UOL Educação
A vítima, que tem 15 anos, teria apanhado por causa de um suposto boato de que ela e o agressor mantinham um relacionamento amoroso.
Não houve nenhum tipo de intervenção de funcionários ou professores até que o vídeo com o registro do que aconteceu foi parar na internet, postado pelo próprio agressor há duas semanas. Quando tomou conhecimento do caso, o Conselho Tutelar questionou a escola, que decidiu suspender o agressor por seis dias. Quando retornar às aulas esta semana, o aluno que bateu no colega passará a estudar em turno diferente da vítima.
A secretaria informou que, além da suspensão e da mudança de turno, a 11ª Coordenadoria de Educação está acompanhando os dois envolvidos e suas famílias, a fim de evitar novos problemas. Uma reunião entre Conselho Tutelar, secretaria e familiares da vítima está marcada para esta terça-feira (5), para discussão de possíveis novas medidas de proteção ao estudante agredido.
Em pouco mais de três minutos de vídeo, o estudante leva nove tapas nos braços e no rosto e em nenhum momento reage aos atos de violência. Além das agressões físicas, o adolescente também fez várias agressões verbais, com palavrões, e ainda apelidou o colega de “Lady Gaga”.
Repercussão
O UOL Educação não conseguiu contato com o jovem agredido. Mas, em entrevista à TV Gazeta na última quarta-feira (30), sem revelar o rosto e sem informar o nome, a vítima negou que tenha espalhado qualquer boato no colégio. “Dois dias antes de começar a aula eu estava conversando com ele, que eu estava ‘ajeitando’ uma garota para ele. Aí duas meninas disseram para ele que eu estava dizendo que eu estava saindo com ele, mas é mentira isso”, disse. O agressor não quis falar com a imprensa.
Na última quinta-feira (31), um dia após a divulgação das imagens da agressão, o tema bullying foi discutido na Assembleia Legislativa do Estado. Após a divulgação do vídeo, o deputado João Henrique Caldas (PTN) sugeriu a criação de uma liga estadual para combater a prática.
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