DivulgaçãoSenadores têm planos ilimitados de saúde e até quem não se reelegeu tem direito ao benefício
A Câmara e o Senado preveem gastar, neste ano, mais de R$ 141 milhões com assistência médica e odontológica para parlamentares, servidores e seus dependentes. O valor, que está no Orçamento de 2011, é R$ 10 milhões mais alto do que a previsão de 2010. Pode ser que parte do dinheiro ainda seja bloqueada durante este ano, mas, quando o assunto é saúde, nem sempre o Congresso se preocupou em fazer economias. Um levantamento feito pela ONG (organização não governamental) Contas Abertas, em novembro do ano passado, mostra que as despesas do Senado com serviços médico-hospitalares quase duplicaram em 2010, em relação ao ano anterior. Em 2009, a Casa reembolsou cerca de R$ 26,5 milhões aos parlamentares e servidores. Até o início de novembro de 2010, a despesa já tinha atingindo cerca de R$ 40,6 milhões.
De acordo com a assessoria de imprensa do Senado, o valor foi superior porque foram liberados recursos que estavam bloqueados desde 2009. Só para o Senado, a previsão do Orçamento de 2011 é que os gastos com assistência médica cheguem a R$ 73, 9 milhões.
Nesta semana, o novo primeiro-secretário do Senado, Cícero Lucena (PSDB-PB), anunciou um corte de R$ 3,5 milhões ao cancelar plantões de finais de semana em um mini-hospital anexo ao Congresso que atende exclusivamente parlamentares e servidores.
O especialista em contas públicas da UnB (Universidade de Brasília), José Matias-Pereira, lembra que, ao olhar para as despesas do Congresso, é preciso levar em conta a diferença entre os benefícios para os senadores e para os servidores.
- É muito complicado dizer que algo custa caro ou barato. Pode haver tratamentos médicos de complexidade muito elevada. O que é importante é que as duas Casas do Parlamento deem transparência a esses gastos. O papel do Legislativo é explicar o uso desse volume de recursos aparentemente significativos.
Diferentemente dos funcionários, que têm um plano de saúde padrão, os parlamentares contam com um sistema mais confortável. A cobertura é ilimitada: eles podem ser atendidos em qualquer hospital do país e até fazer tratamento no exterior. Todo dinheiro sai dos cofres públicos.
Saiba mais sobre o plano de saúde dos parlamentares
Para os ex-senadores, as despesas hospitalares e psicológicas são limitadas a R$ 32,9 mil por ano. Com dentista, o gasto máximo é de R$ 25,9 mil anuais. Para ter direito a tudo isso é preciso ter ocupado o cargo por apenas seis meses. Antes de 1995, suplentes que assumiram o posto por apenas um dia já garantiam o benefício.
No começo deste ano, um ato da Mesa Diretora da Câmara
permitiu que deputados não reeleitos e ainda não aposentados, mas que já estavam filiados ao plano de saúde, continuassem com o benefício. Para isso, eles terão que desembolsar cerca de R$ 900 por mês. Os aposentados contribuem com R$ 280 pelo plano – o mesmo valor pago pelos deputados com mandato e pelos servidores da Câmara.
Do Site: R7.
Nota Pessoal: Não acho que o SUS melhore com esse tratamento diferenciado entre o que é público e privado, o fato de você ter sido eleito , não dá a você direito de ter um tratamento diferenciado dos outros cidadãos que o elegeu, não o faz um ser superior e muito menos diferente.
Fora o meu pesar sobre a morte do Ex Vice Presidente José de Alencar, não acho que ele teria uma sobre vida tão satisfatória se ele ao invez de se tratar no Sírio Libanês em São Paulo fosse se tratar em um hospital público qualquer.
Vi no Globo Repórter de ontem 02/04/2011, o péssimo estado dos hospitais e serviços de saúde de todos os Estados, mas principalmente os da região Centro Oeste. Prefeitos em vez de usarem suas verbas para
criar clínicas ou melhorar hospitais, compram ambulâncias para levar os pacientes ao Estado mais próximo.
Não estou contra os deputados mas veja que os funcionários da Câmara e do Senado não tem o mesmo plano de saúde dos Deputados.
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