Prefeitura entregará setores de 4 hospitais e 2 PAMs a organização social, para agilizar atendimento e evitar falta de médicos
Publicada em O Globo 05/02/2011 às 20h30mLuiz Ernesto Magalhães
RIO - As organizações sociais (OS), hoje responsáveis por administrar e contratar pessoal para os 28 postos do Programa de Saúde da Família no Rio, ampliarão sua atuação no setor. Uma delas ficará a cargo da gerência e do atendimento nas emergências dos quatro grandes hospitais da prefeitura: Souza Aguiar (Centro), Miguel Couto (Gávea), Lourenço Jorge (Barra da Tijuca) e Salgado Filho (Méier). Além deles, dois PAMs (Del Castilho e Irajá) serão incluídos no projeto de terceirização das emergências. O programa é uma tentativa da prefeitura de reorganizar o sistema, para agilizar o atendimento a pacientes e evitar a falta de especialistas.Amanhã, a Secretaria municipal de Saúde divulga o edital de concorrência com as regras para a escolha da OS. A estimativa é que cerca de 1.800 pacientes sejam atendidos por dia no novo modelo. O Miguel Couto será o primeiro a ter toda a emergência no sistema, provavelmente a partir de junho, com até 60 médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem por plantão. O controle de frequência dos terceirizados será pela leitura de impressões digitais. Isso evitará práticas comuns nas emergências, como um profissional pagar a um colega para que faça o plantão em seu lugar.O projeto foi batizado de Programa de Emergência e Urgência de Pronto Atendimento. As seis emergências serão monitoradas por uma base operacional. Em situações excepcionais, tais como acidentes que sobrecarreguem as emergências ou faltas de médicos, especialistas que ficarão de sobreaviso serão deslocados para reforçar as equipes.- O novo sistema tem mais aplicações. A base operacional permitirá que as emergências passem a atuar integradas. Vamos supor que, em um plantão, a demanda por atendimento esteja alta no Hospital Salgado Filho, mas reduzida no Miguel Couto. Caso as condições de saúde do paciente permitam, ele será levado direto para a unidade mais vazia - explicou o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann.Profissional que atingir meta terá direito a bônusO projeto será implantado paralelamente a um plano de metas de produtividade, em fase final de elaboração pela Secretaria de Saúde. Profissionais que alcançarem metas de atendimento poderão receber até cerca de R$ 5 mil por semestre.- Os servidores das emergências poderão optar por trabalhar nos plantões, contratados pela OS, ou se dedicar à rotina do atendimento no hospital - acrescentou o secretário.A estimativa da prefeitura é que a implantação do programa custe R$ 167,7 milhões em dois anos, tempo de duração do contrato. Durante esse período, a emergência do Pedro II (em Santa Cruz) - hospital estadual que, após um incêndio no ano passado, foi interditado e municipalizado - será integrada ao sistema.Outra medida que a secretaria pretende adotar para racionalizar o atendimento nas emergências é fechar o cerco a algo conhecido como "ambulanciaterapia". Pacientes de cidades do interior que sejam transportados em ambulâncias para a capital, sem que o caso seja grave, serão mandados de volta. A estratégia vem sendo adotada desde o ano passado, num programa-piloto do Souza Aguiar.As novidades, porém, ainda são vistas com desconfiança por profissionais de saúde. O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), Luís Fernando Soares Moraes, quer convocar Hans para prestar esclarecimento:- Temos que estudar a legalidade do projeto. Mas entendo que qualquer terceirização é uma forma de o poder público admitir que não tem competência para exercer suas funções. Temos dúvidas: com a terceirização, como fica a contratação dos residentes, que completam a formação nas emergências? Isso não está claro.O vereador Ivanir de Mello (PP), que foi secretário de Saúde do governador Marcello Alencar (1995-1998), lembra que na época passou a administração integral de hospitais de emergência do estado (como Pedro II e Rocha Faria) a cooperativas. O projeto não deu certo, e o sistema tradicional, com servidores públicos, foi retomado por Anthony Garotinho, sucessor de Marcello.- Tenho que analisar o projeto para saber quais são as diferenças em relação ao que fizemos. Mas reconheço que, no caso do estado, a terceirização das emergências não trouxe os resultados esperados - disse Ivanir de Mello.Já o vereador Paulo Pinheiro (PPS), que integra a Comissão de Saúde da Câmara, pretende pedir esclarecimentos ao secretário numa audiência pública. Para ele, as OS podem ser uma forma disfarçada de terceirizar pessoal, em lugar de fazer a contratação por concurso:- Só em 2010, as OS receberam R$ 334 milhões. Isso equivale a 30% dos gastos com pessoal no período. A lei municipal 5.026, que regulamentou o papel das organizações sociais, proibiu que o sistema fosse implantado em unidades antigas. Vou requerer um parecer jurídico da Câmara sobre a licitação - disse Pinheiro.Secretário diz que tem respaldo legalO secretário Hans Dohmann rebateu as críticas:- A Procuradoria do Município foi consultada e avaliou que o projeto tem amparo legal, porque licitamos um serviço novo. A administração da rotina do hospital fora das emergências, incluindo licitações para a compra de materiais e medicamentos, continuará a ser da Secretaria de Saúde e, em alguns casos, das direções. Além disso, a OS atuará só na emergência. Depois do atendimento inicial, a responsabilidade passa a ser das equipes da prefeitura - rebateu Hans.
Muito bem colocado Dra amiga DF, isso posto por vc só mostra como não
há uma conduta única, e
mesmo onde haja tal conduta ainda temos que brigar com Estado,
Município ou União!!!
Cito o caso daqui onde uma paciente com suspeita de re-infecção de
Rotavirus mesmo sendo do movimento quase morreu na fila do hospital do
Andaraí> Isso Sem falar no planos de saúde "privado$$$" que com essa
enorme quantidade de novo s "Empregados com carteira Assinada" estão
enfrentando Problemas!
Vejam matéria do Globo de hoje 06/02/11
"Uma nova receita Para
Que nada mas é que a criação de outro Órgão para atender as
emergências; Chamado de OS
trabalhar lá terão outra forma de pagamento, e poderá até receber um
aumento de salário por cumprir metas.
Isso será implantado nos hospitais municipais Souza Aguiar, Lourenço
Jorge,Miguel Couto,e Salgado filho além dos Pams Del Castilho E Irajá.
O Sr Presidente do C. R. de Medicina Luis Fernando Soares Quer
argüir a inconstitucionalidade dessa questão.
Cá entre nós aqui começa a se fazer como em São Paulo criar através
de artifícios uma nova “firma que preste serviço de saúde”
Por que não se investe em gestão?
Em salários digno s?
Em concursos ?
e avaliação dos funcionário s?
Sei lá Não sei e vou parar por aqui>>>>
NGB
Ativismocontraaidstb.blogspot.
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