O ESTADO DE S. PAULO - SP | NACIONAL
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
01/01/2011
Em pesquisa feita pelo governo, área foi a mais citada em todas as faixas de renda, bem à frente de desemprego e corrupção
Ligia Formenti e Marta Salomon - O Estado de S.Paulo
A seis meses do fim do mandato do presidente Lula, o governo quis saber qual era o principal problema do País. Pesquisa de opinião encomendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência - feita em 4.500 domicílios de 240 municípios do País - apontou a saúde como o principal problema. Essa era a percepção de 36% dos entrevistados, porcentual bem maior do que o medido em 2009, quando a saúde era apontada como o principal problema por 22,7% da amostra da população.
A saúde apareceu como maior problema brasileiro em todas as faixas de renda, à frente de temas como desemprego, habitação e corrupção. Mas foram os pobres os que mais se queixaram, aqueles que dependem dos serviços públicos, segundo a pesquisa encomendada.
Ao longo dos últimos oito anos, estatísticas oficiais apontaram avanços em várias frentes: caiu a mortalidade infantil e aumentou a expectativa de vida dos brasileiros, por exemplo. A melhora dos índices, no entanto, está longe de deixar o País em uma situação confortável na área de saúde.
Um exemplo é a mortalidade materna, em consequência do parto. Com queda expressiva, a estatística brasileira mais recente é de 78 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos. Um desempenho bem aquém do considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 20 mortes a cada 100 mil nascidos vivos.
As mortes provocadas pela TUBERCULOSE também diminuíram, de 4.823, em 2007, para 4.735, em 2008. Ainda assim, o Brasil permanece na lista de 22 países que concentram 80% dos casos de TUBERCULOSE do mundo.
O combate à AIDS manteve o papel de cartão postal da saúde do Brasil, sobretudo depois do licenciamento voluntário do antirretroviral EFAVIRENZ, uma decisão com repercussão internacional. Mas o governo também colecionou derrotas políticas, como o fim da CPMF (o imposto sobre transações financeiras), cuja prorrogação foi derrubada pelo Congresso em 2007.
Recuo. Por conta das pressões, o governo recuou das restrições à propaganda de bebidas alcoólicas e avançou pouco na regulamentação de restrições ao tabaco. Tampouco avançou o projeto de Fundação Estatal de Direito Privado, tido como fundamental pelo governo para melhorar a qualidade de gestão e atendimento em hospitais e serviços de saúde.
Ao apresentar um balanço da gestão, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, atribuiu à falta de verbas as dificuldades, agravadas, segundo ele, com o fim da cobrança da CPMF.
A insatisfação dos brasileiros com o a área da saúde não surpreende a professora da Universidade Federal do Rio Lígia Bahia. "O assunto foi levado em banho-maria durante o governo Lula", avalia a coordenadora do Laboratório de Economia Política da Saúde.
Investimentos na área de saneamento, com repercussão direta nos indicadores de saúde, também tiveram resultados pouco expressivos. A rede de coleta de esgoto avançou de 47,8% para 53,3% dos domicílios, sob Lula.
Educação. A educação também aparece na pesquisa encomendada pelo próprio Planalto entre os cinco principais problemas do País. Mas, diferentemente da saúde, a preocupação diminuiu um pouco em um ano. Pouco mais de 10% da amostra da população apontou a educação como o principal problema em junho.
No balanço dos oito anos de mandato de Lula, o governo comemorou o aumento do volume de verbas públicas investidas em educação, assim como o aumento do número de matrículas, tanto nos cursos de alfabetização de adultos, como na universidade, puxadas sobretudo pelas bolsas de estudo do ProUni, financiadas com incentivos fiscais a instituições privadas de ensino. Mas os resultados nos índices de desempenho da educação não acompanharam o ritmo do aumento de verbas ou de vagas.
Sob Lula, o número de jovens e adultos analfabetos caiu apenas um ponto porcentual. O país ainda tem mais de 14 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais de idade. Apesar de o programa Brasil Alfabetizado ter matriculado 12 milhões de pessoas desde 2003, a maioria dos analfabetos ficou fora das turmas.
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Carlos Basilia
Observatório Tuberculose Brasil
Membro Fórum ONGs Tuberculose-RJ
Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social - IBISS
Ações de Advocacy, Comunicação e Mobilização Social em Tuberculose
Opinião de Leo Mendes Liorcino:
Para nós Homens, Heteros, Bi e Homossexuais o SUS ainda é uma realidade muito distante.
As Unidades básicas de saúde estão preparadas com Clínico Geral, Ginecologista e Pediatra, quando muito.
Faltam Urologistas, Proctologistas, Psicólogos, ......
Normalmente nós Homens estamos no Sus quando estamos a beira da morte, acidentados ( de moto, carro, bicicleta, construção civil,...), feridos ( bala, tiros, facadas), ....
O Programa Saúde da Família funciona em horário comercial, pegando apenas os Homens desempregados em casa.
Na área da Aids, Os CTAs funcionam em dias e horarios comerciais, obrigando os Homens que trabalham a ir doar sangue ( para ganhar liberação de trabalho ) e ali avaliarem que estão sem o vírus.
Populações como Negros/as, LGBTs, Moradores do campo, das florestas, das águas, Indios e Indias, Ciganos/as , temos um horizonte longuiquo para ver nossas demandas pactuadas e cumpridas.
Sem dúvida alguma que os recursos da CPMF fizeram muita falta, e quem retirou a CPMF pensou apenas nos que passam Cheque e vivem da movimentação financeira e esqueceram da população mais pobre que nao suporta pagar plano de saúde.
A rotatividade de trabalhadores e gestores da saúde é outro nó.
A EC 29 teima em não sair do papel.
Mesmo assim, o SUS é um patrimônio e precisamos , Gestores, Trabalhadores, usuários e rede complementar, lutar para que a Educação ( principio que garante melhor qualidade de saude), seja prioridade, assim como a prevenção de Toda População brasileira, nao importa se negro/a, lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual, indío, india, ribeirinho, morador da floresta, cigano...Todos temos direito a saúde.
Léo Mendes
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Nota Pessoal:
Eu faço minha as palavras de Liorcino, pois tendo feito meu exame de PSA e constatado uma alteração, minha infectologista me encaminhou para o Urologista, fiz uma Romaria por vários hospitais todos eles estão com agenda fechada, finalmente no meu posto fiz uma inscrição para uma lista de espera e a atendente disse "Que vai demorar darem resposta". estou aguardando o início do ano para tentar outros Hospitais !!!
Agora se é assim com uma simples doença como será com as PVHAS que descobre outra doença juntamente com seu diagnóstico positivo!
As PVHA com outra doença em conjunto terãm muito mais problemas para se tratarem.
Nilo Geronimo Borgna
ativismocontraaidstb.blogspot.com
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