Por um único furo, operação corrige próstata aumentada
Folha de SP
25/01/2011
No último dia 12, o Centro de Referência em Saúde do Homem, em São Paulo, realizou a primeira cirurgia de próstata por orifício único.
O procedimento, segundo os médicos, é pioneiro na América Latina para esse tipo de caso.
A operação foi feita em um paciente com hiperplasia prostática benigna -aumento da próstata que pode comprimir o canal da uretra e causar complicações como dificuldade para urinar.
O problema ataca homens mais velhos e deve ser tratado com remédios ou com cirurgia, para retirar a parte da próstata que está comprimindo o canal urinário.
A técnica empregada no hospital, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, foi a laparoscopia "single port".
A diferença em relação à laparoscopia tradicional é que, em vez de cinco orifícios, só um furo de cerca de três centímetros é feito, logo abaixo do umbigo.
Por esse mesmo orifício são introduzidos uma microcâmera, que permite aos médicos acompanhar a operação pelo monitor, e os aparelhos cirúrgicos.
A expectativa de Joaquim Claro, chefe do serviço de urologia do centro de referência, é que essa técnica seja usada quando o aumento da próstata for grande a ponto de o excesso não poder ser retirado por laser ou pelo canal da uretra.
Nesses casos, a equipe médica costuma optar pela cirurgia aberta, que requer um grande corte no abdome, ou pela laparoscopia comum.
Segundo Claro, a principal vantagem do "single port" é que o tempo de internação é bem mais curto do que o de uma cirurgia aberta.
"O paciente só fica internado por um dia, em vez de sete. E já pode retomar suas atividades em cerca de uma semana, sem precisar esperar um mês", afirma.
Há ganhos também em relação à laparoscopia tradicional, diz ele.
"O "single port" é menos agressivo ao paciente. Como ele é feito com apenas um furo, a chance de lesar um vaso ou de criar um canal para infecções é menor", explica.
A laparoscopia por "single port" já é empregada em outras operações como a retirada de útero e ovários.
PACIENTE
Quem estreou o método no centro de referência foi o torneiro mecânico José Lacerda dos Santos, 66.
Por dois anos, ele sofreu com a dilatação da próstata. Acordava até cinco vezes durante a noite para urinar.
No dia 12, o problema foi resolvido. A operação não demorou mais do que 50 minutos, dizem os médicos.
Santos conta que achou estranho o fato de o corte ter sido pequeno, diferente dos casos de seus conhecidos.
"Meus colegas tinham um corte feio na barriga. Cheguei a pensar que a minha próstata é que era diferente", diz.
O aposentado afirma que está recuperado. "Hoje, só vou ao banheiro quando quero", conta.
CONTROVÉRSIA
Segundo o urologista Miguel Srougi, professor titular da USP, uma operação como essa também pode trazer complicações maiores.
"Se houver um sangramento, o campo para contê-lo será bem mais limitado porque só haverá um orifício, menor", explica.
Alberto Azoubel Antunes, urologista do Hospital das Clínicas, concorda. "O procedimento otimiza a recuperação e a vantagem estética é maior, mas exige mais treino dos médicos."
"O "single port" é menos agressivo ao paciente. Como ele é feito com apenas um furo, a chance de lesar um vaso ou de criar um canal para infecções é menor", explica.
A laparoscopia por "single port" já é empregada em outras operações como a retirada de útero e ovários.
Escrevendo na edição de janeiro de "Pediatrics", os pesquisadores usaram uma amostra nacional de 14.012 estudantes, inicialmente recrutados em 1994. Os estudantes cederam amostras de urina e preencheram questionários de comportamento sexual. Os pesquisadores entrevistaram e voltaram a testar os participantes em 2001 e 2002.
A idade média dos participantes era de 22 anos e cerca de metade era formada por mulheres. Aqueles que reportaram atividade sexual apresentaram uma chance apenas duas vezes maior de infecção do que aqueles que não reportaram nenhuma atividade, uma diferença muito pequena sob as circunstâncias.
Entre aqueles que estavam infectados, mesmo informando abstinência, não houve diferenças significativas para idade, sexo, raça ou nível de escolaridade.
Jessica McDermott, professora-assistente de saúde pública da Universidade Emory e também autora do estudo, disse que a desonestidade era apenas uma das explicações possíveis para a discrepância. Mas acrescentou: "Este é um grupo razoavelmente grande de jovens dizendo que não são sexualmente ativos, quando aparentemente são".
O estudo também descobriu que a probabilidade de um resultado positivo era 30% maior em mulheres do que em homens, seis vezes maior em negros do que em brancos e 30% maior naqueles sem um diploma colegial do que nos formados.
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