16/05/2011 13:07
Seminário deve gerar reações contrárias ao casamento gay
O 8º Seminário LGBT, que será realizado nesta terça-feira (17), deve gerar reações dos deputados contrários ao reconhecimento dos direitos dos homossexuais. Segundo o coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) não foi convidado a participar de nenhuma mesa de debates, mas não será impedido de comparecer ao seminário, inclusive com direito a voz.
Bolsonaro, que protagonizou um tumulto no Senado na semana passada, ao distribuir panfletos contra a criminalização da homofobia, já anunciou a intenção de se manifestar durante o evento. "Se eu tiver como comparecer e dar minha opinião, vou mostrar dados que mostram que na Bahia, por exemplo, a maioria da violência contra homossexuais é na região de prostituição e tráfico de drogas. Por que uma proteção especial para homossexuais nessas áreas, com o manto mentiroso de combate à homofobia?", questiona.
Reunião
A Frente Parlamentar em Defesa da Família também se articula para fazer uma reunião nesta terça-feira para discutir a apresentação de um projeto que limite a atuação do STF, evitando aquilo que muitos parlamentares consideram invasão da competência legislativa. O horário e o local da reunião ainda não foram definidos.
Segundo o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), a reunião não é uma reação ao Seminário LGBT, nem vai abordar especificamente a decisão do STF pela união civil estável entre homossexuais, embora considere o posicionamento do tribunal equivocado. Garotinho diz que legislar é função do Congresso e não papel do Supremo, o que, segundo ele, aconteceu no julgamento que reconheceu a união estável de casais do mesmo sexo.
Segundo o parlamentar, é preciso respeitar a diversidade, inclusive a liberdade de segmentos da sociedade, como os evangélicos, se manifestarem contra a união homossexual sem serem considerados homofóbicos.
Reportagem – Rachel Librelon e Idhelene Macedo
Edição - Paulo Cesar Santos
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