Células de defesa geneticamente modificadas eliminam leucemia
HIV foi usado para transportar material genético para os linfócitos T.
Tratamento inédito funcionou melhor do que os cientistas esperavam.
“Dentro de três semanas, os tumores tinham sido destruídos de um modo muito mais violento do que poderíamos esperar”, reconheceu Carl June, que conduziu a pesquisa. “Funcionou muito melhor que imaginávamos”.
“Além de terem uma grande capacidade de se reproduzirem, as células T infundidas são ‘serial killers’. Em média cada uma levou à morte de milhares de células do tumor e, ao todo, destruíram pelo menos cerca de 1 kg em cada paciente”, completou o pesquisador.
A nova técnica foi aplicada em três pacientes com leucemia linfoide crônica que já não tinham muitas opções de tratamento. Sem ela, eles seriam submetidos ao transplante de medula óssea, no qual o risco de morte é de pelo menos 20% e a chance de cura não supera os 50%.
Agora, a equipe planeja usar o mesmo procedimento em tumores parecidos, como o linfoma não Hodgkin e a leucemia linfoide aguda. Eles também querem experimentar o tratamento em crianças que não reagiram bem ao tratamento convencional. No futuro, a ideia é adaptar a técnica para combater cânceres no ovário e no pâncreas.
Células T modificadas mostram sucesso na terapia contra a leucemia, publicado pelo NEJM e pelo Science Translational Medicine
Um vírus HIV inerte foi usado para transportar material genético para os linfócitos T dos pacientes acometidos pela leucemia linfocítica crônica (LLC) e tratar a doença. A nova terapia consiste em retirar os linfócitos T (células de defesa do organismo) dos pacientes, transferir novos genes para eles com o auxílio de um vírus inerte da AIDS e reinfundir as células T modificadas nestes pacientes. As alterações causadas pelos novos genes tornam estas células capazes de destruir células tumorais que causam a leucemia. Além da grande capacidade de se reproduzirem, as células T infundidas são “serial killers” e levaram à morte de milhares de células cancerosas.
A nova técnica foi aplicada em três pacientes com leucemia linfocítica crônica que só tinham o transplante de medula óssea como opção terapêutica. Este transplante tem o risco de morte de cerca de 20% e a chance de cura não é maior do que 50%.
Fonte: NEJM
Leia o artigo completo em :
Chimeric Antigen Receptor–Modified T Cells in Chronic Lymphoid Leukemia
Fontes: http://g1.globo.com/ciencia-e-
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