São Paulo
Exame prático de Medicina aprova apenas 16% dos formandos
De acordo com os resultados do exame, a maioria dos formandos desconhece diagnóstico e tratamento de doenças comuns, incluindo tuberculose
18/12/2010 |
O último exame do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) revelou o pior desempenho da história por parte dos formandos em Medicina do estado na prova prática desde a sua criação.
Dos 533 participantes, apenas 16% foram aprovados. Na primeira fase, no entanto, o desempenho dos formandos foi um pouco superior ao de 2009, com um índice de 57% de aprovação neste ano contra 40% no ano passado. Já o índice de reprovação na segunda fase do exame, que compreende a prova prática, aumentou de 4% em 2009 para 68% em 2010.
Em entrevista ao Estadão, o coordenador do exame, Braulio Luna Filho, disse que a piora no desempenho pode ser explicada pela menor participação de formandos de escolas mais tradicionais e ao maior grau de dificuldade da prova.
Já o vice-presidente do Cremesp, Renato Azevedo, ressaltou que “a prova exige o mínimo de conhecimento que alguém que quer exercer a Medicina precisa ter”.
Exame nacional unificado e obrigatório
De acordo com os resultados do exame, a maioria dos formandos desconhece diagnóstico e tratamento de doenças comuns, incluindo tuberculose e problemas no coração. O Cremesp acredita que essa realidade se deve à abertura indiscriminada de cursos e defende a realização de um exame nacional unificado e obrigatório para os formandos em Medicina.
Também em entrevista ao Estadão, o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Curi, afirmou que concorda com a criação de um exame nacional, embora tenha ressaltado que ele deva ocorrer ao longo de todo o curso de Medicina.
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Carlos Basilia
Observatório Tuberculose Brasil
Membro Fórum ONGs Tuberculose-RJ
Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social - IBISS
Ações de Advocacy, Comunicação e Mobilização Social em Tuberculose
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