#EmDiaComACidadania 01 de fevereiro de 2015 #364

O dia, hoje, é de frege no Congresso, com o início da nova legislatura, e a eleição dos novos presidentes das duas casas. No Senado, deve dar Renan de novo e, na Câmara, pode dar o energúmeno do Eduardo Cunha (PMDB/RJ), um cara metido em mil maracutaias nunca provadas, e que diz que seu mandato vai ser contra "abortistas, gays e maconheiros". Tem tudo pra ganhar, embora o PT, em tese aliado do PMDB, tenha lançado Arlindo Chinaglia (PT/SP), que já foi presidente da casa, para comandá-la outra vez. A votação será secreta e, portanto, tudo pode acontecer. Se Cunha levar, pior para nós e o governo. Dilma está tensa, mas ficou mesmo furiosa foi com o balanço da Petrobras.Segundo a Folha,"Dilma considerou o balanço "rudimentar"( ela adora esse termo), pois fala em dar baixa em 88,6 bilhões de ativos da estatal. Agora só se fala em bilhões. Milhões formam um café pequeno e milhares têm saído na urina, mas causado cálculos renais na população. A semana foi um pouco da presidente ( ainda bem, até agora Joaquim Levy não se referiu a ela como "presidenta"...), que, terça-feira fez um discurso patético na reunião com os novos ministros, mais uma vez parecendo um robô, falando coisas que não estão acontecendo nem vão acontecer, e pedindo que os ministros - até então proibidos de darem entrevistas por conta própria – que saiam em defesa do governo e desmintam o que a presidente chama de "mentiras ou acusações infundadas" contra o governo. Os petistas seguem reclamando da mídia formal, mas tem um sistema de comunicação pífio. Se a mídia não divulga as coisas boas que faz, que ele trate de fazê-lo. Reclamar faz parte, mas ficar só reclamando da mesma coisa, é um saco! O que querem com a "regulação da mídia"? João Santana na direção d'O Globo e Franklin Martins na VEJA? Vão mandar na pauta dos jornais? Isso não é regulação, mas controle. Tou fora. No mesmo discurso, defendeu as empreiteiras, dizendo que "não se deve punir as empresas, privadas ou não, e, sim seus diretores". Ora, todo mundo sabe que as empreiteiras envolvidas no petrolão mandam o governo, pagam propinas há décadas, e fazem parte do esquemão de corrupção montado no país há muito tempo, mas descoberto nas suas quase reais proporções, agora. E ainda tem delação premiada que vai devolver ao preso - no caso, o doleiro Yousseff – um percentual sobre aquilo que ele devolver à empresa. Não é fofo? Enquanto isso, a estatal para as obras e ameaça reter os dividendos dos acionistas. Uma ação, hoje, fale menos que um sanduíche. E o governo diz que a empresa "vai bem"? Para quem cara-pálidas? A ministra Kátia Abreu está sendo processada por dever um milhão ao BNDES, em empréstimo feito pelo seu filho Irajá, do qual foi avalista, para insumos em terras de propriedade da família. Para saber mais, leia aqui. Publiquei esta semana no Facebook uma manchete da Folha, datada de 2003, que já alertava para a falta dágua ( rebatizada de "crise hídrica") a partir de 2010. E também publiquei um texto fundamental, Para entender melhor as dimensões humanas, sociais, econômicas e ambientais dessa crise, o projeto Conta D'Água procurou uma das maiores especialistas do tema, a ambientalista Marussia Whately, dirigente do projeto Água São Paulo, do Instituto Socioambiental (ISA), e uma das principais protagonistas da Aliança pela Água, uma iniciativa reunindo 30 ONGs, visando propor soluções e cobrar providências do poder público . Para ler,clique aqui. Não houve investimento, o PSDB, no caso de São Paulo, e o PMDB, no do Rio, empurraram com a barriga e ,agora, querem que apenas a gente pague o pato, multando quem "gastar mais", mas não há nenhuma restrição para o agronegócio, que bebe mais de 70% do consumo hídrico, nem das indústrias. Não se trata de acabar com o agronegócio, claro, pois dependemos muito dele, mas não está correto só o contribuinte ter que economizar e ser multado.Pezão disse para orarmos para que não tenha que tomar "medidas drásticas". Morei por seis meses na Serra da Capivara, Piauí, e, lá, sempre, a quantidade da água é controlada, começando pelo banho. É um sacrifício, que tem que ser feito, pois é caatinga, não tem água mesmo. Agora, ter que ficar nessa onde de se ensaboar com o chuveiro fechado ( eu costumo fazê-lo debaixo da própria água) por descaso e irresponsabilidade dos governantes, é dose. O Globo de hoje ( pg 32) diz que um terço dos municípios brasileiros não tem sequer uma pessoa com deficiência no emprego formal. Não é uma beleza? E temos a legislação para o setor tida como a melhor das Américas. Imaginemos se fosse a pior... A mulher da foice, em 2015 ( por mim, já estou cheia, podemos passar para 2016...) anda com fome e, esta semana, levou as queridas Vanja Orico e Suzana de Moraes. E o chato do Luiz Mott, do Grupo Gay da Bahia, só se importou em perguntar por que Adriana e Suzana "demoraram tanto" para assumir a relação, pois se casaram só em 2010, embora tenha vivido juntas por 26 anos. Tem que colocar um espanador arco-íris no rabo? E duas perguntas: por acaso o casamento é obrigatório? Por acaso o casamento homo era permitido antes de 2010? Fiquei contente com a vitória do Syriza na Grécia, domingo passado, mas me deixou profundamente preocupada a aliança que fez com um partido de extrema-direita, pelo fato dele também ser contra a austeridade imposta pela UE. Não me cheira bem. Para obter a maioria absoluta ( faltaram 2 votos para conseguir isso de prima), podia ter fechado com qualquer outro partido também de esquerda... Vamos ficando por aqui, sabendo não ser bom, salvo surpresas, o destino que nos aguarda no Congresso. E, no Rio, 31 casos de bala perdida só em janeiro... A todxs nós, uma ótima semana. PS: As Avós da Praça de Mayo encontraram mais um neto.Vejam o texto"COMUNICADO DE PRENSA Ref. El hijo de Ana Rubel y Hugo Castro recuperó su identidad. Las Abuelas de Plaza de Mayo informamos con enorme alegría que hemos encontrado al hijo de Ana Rubel y Hugo Alberto Castro. Ana fue secuestrada en enero de 1977 con un embarazo de dos meses y dio a luz cinco meses más tarde durante su cautiverio en la ESMA. Los padres Ana nació el 27 de julio de 1949 en Resistencia, Chaco. Su familia le decía "Ani". Hugo nació en San Isidro, provincia de Buenos Aires, el 1o de septiembre de 1951. Ambos militaban en las FAL. Ana era estudiante de Ciencias Económicas y trabajaba en el Laboratorio Bagó, mientras que Hugo era maestro mayor de obras y estudiante de Arquitectura. Hugo fue secuestrado el 15 de enero de 1977 en la vía pública cuando iba en su auto. Dos o tres días más tarde fue detenida ella por el Ejército en su domicilio de Villa Crespo, en la Capital Federal. La pareja permaneció detenida en algún centro clandestino de detención dependiente del Ejército hasta que Ana fue trasladada a la ESMA. En la enfermería del sótano, dio a luz a su hijo que nació sietemesino y con un peso de menos de dos kilos. Las sobrevivientes Sara Solarz de Osatinsky y Alicia Milia presenciaron el parto que fue atendido por un médico de la ESMA. El niño fue separado de su madre y apropiado. Ana y Hugo permanecen desaparecidos. Las búsquedas La familia Castro buscó a Hugo, a su mujer y al niño desde un primer momento. Sabían que estaba esperando un hijo con su nueva pareja a quien aún no conocían. Su denuncia data del año 1984. Por su parte, los Rubel sólo buscaban a Ana ya que desconocían que ella estaba embarazada y que había formado pareja con Hugo Castro. El 18 de enero de 1977 la familia Rubel recibió un telegrama donde les informaban que debían viajar a Buenos Aires porque su hija se encontraba muy enferma y ese mismo día partieron desde Resistencia. Al llegar no dieron con ella pero sí encontraron su departamento violentado y revuelto. Como el resto de los familiares de desaparecidos, presentaron denuncias en organismos públicos y habeas corpus en la justicia pero sin resultados. La familia Rubel ya había padecido el terrorismo de Estado: el hermano de Ana, Oscar Rubel, había sido asesinado en 1974. Ahora bien, el vínculo entre Ana y Hugo pudo ser corroborado 30 años después por la investigación de la Comisión Nacional por el Derecho a la Identidad (Conadi) y las declaraciones de los sobrevivientes de la ESMA. Recién entonces quedó confirmado que la mujer mencionada en las denuncias como "Ana de Castro" era Ana Rubel de Castro. Sabido esto, Perla Rubel, la hermana de Ana, se comunicó con su prima Delia Susana Horowitz, quien había sido la última persona en estar con ella antes de que la secuestraran. Delia le ratificó que ese día, 17 de enero de 1977, Ana le había contado que estaba embarazada. Como los padres de Ana ya habían fallecido, a pedido de Abuelas se realizó la exhumación de sus cuerpos para obtener material genético e incorporarlo al Banco Nacional de Datos Genéticos (BNDG). De esta manera, en 2008 pudo completarse el perfil genético del grupo familiar Castro Rubel. El nieto 116 El hijo de Ana Rubel y Hugo Castro se enteró en agosto de este año que no era hijo de quienes decían ser sus padres. Al principio le negaron información pero finalmente el hombre que lo crió –médico de profesión– le confesó que durante una de sus guardias en el Hospital Pedro Elizalde, dos hombres entraron con un bebé prematuro en brazos y que como nadie lo reclamaba se lo quedó. El niño fue inscripto como hijo propio y es por eso que hasta hace tres meses no dudaba de su identidad. El joven se acercó a Abuelas de Plaza de Mayo el 16 de octubre último para comenzar la búsqueda sobre su origen. Fue recibido por miembros del equipo de Presentación Espontánea de la institución, quienes de inmediato solicitaron a la Conadi la realización "urgente" del examen de ADN. Ayer, el BNDG informó el resultado y el joven recibió la noticia con alegría y tranquilidad. Habló con sus tíos por teléfono y conoció personalmente a Alicia Milia, la compañera de cautiverio de su madre que lo vio nacer. Una vez más brindamos por la libertad de un nuevo nieto que se atreve a conocer su verdad y alentamos a todos aquellos que puedan aportar información sobre posibles hombres y mujeres que estén en la misma situación. Esperamos de corazón que su decisión empuje a otros a acercarse y a encontrarse con sus familias que los buscan desde hace más de 37 años. Ciudad de Buenos Aires, 5 de diciembre de 2014. Enquanto isso, aqui, filhos de um militar acusado pela Comissão Nacional da Verdade, quer processá-la por "danos morais".