Clair Castilhos: “Senhora presidenta, ouça as mulheres”
As cegonhas vão parir… tudo está resolvido!!
Será que estão nos envolvendo em mais uma ilusão? Será que ainda precisamos avisar que a nossa proposta – Assistência Integral à Saúde da Mulher – inclui pré-natal, parto e puerpério, tratamento da infertilidade e tantas outras ações indispensáveis ao longo de todo o ciclo vital da mulher? Será que ainda cabe na imaginação de alguém que possamos ser contra as ações materno-infantis? Será que é necessário ficar a todo o momento dando satisfação às forças conservadoras e fundamentalistas que o governo aparentemente não é partidário do conceito de Direitos Reprodutivos? Saúde para poucos- Disputa com planos de saúde restringe o atendimento de pediatria e de obstetrícia. Enquanto a queda de braço entre as operadoras e os profissionais segue sem solução, os usuários sofrem. Em alguns casos, os beneficiários ficam sem atendimento, devido ao descredenciamento em massa de especialistas. Uma das situações mais graves é a dos clientes de pediatras. A especialidade é tão rara nos planos que, desde 2009, todas as cirurgias pediátricas em Brasília são feitas na modalidade particular. O descredenciamento também afeta os obstetras. O presidente do Sindicato dos Médicos de Brasília, Gutemberg Fialho, relata que os convênios pagam, em média, R$ 256 por parto. Nesse procedimento, os médicos precisam de um assistente, que fica com 30% (R$ 76,80). “Se você pensar que uma consulta particular custa cerca de R$ 150, o assistente leva apenas metade disso por uma cirurgia. Assim, não há quem aceite atender pelo plano”, disse. Outra especialidade difícil de encontrar são os endocrinologistas, cada vez mais raros entre os convênios. Há anos, psiquiatras e anestesistas não atendem pelas operadoras. Contratos entre maiores operadoras e médicos estão irregulares, diz ANS - Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam que 100% dos contratos assinados entre as 30 maiores operadoras de plano de saúde do País e os médicos prestadores de serviço estão irregulares. De acordo com resolução da ANS de 2004, os contratos deveriam conter uma cláusula com os critérios para reajuste dos honorários médicos, o que é descumprido pelas empresas. O valor médio pago por uma consulta é, segundo a AMB, R$ 39. Algumas empresas chegam a pagar R$ 25. Os médicos reivindicam que o mínimo seja R$ 62. "Descontados os gastos com aluguel e funcionários, nos sobram entre R$ 8 e R$10 por consulta. Isso tem levado ao fechamento de vários consultórios", diz. Cid Carvalhaes, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (Simesp). Ministério da Saúde aperta fiscalização- Verba do SUS só será repassada a quem divulgar dados sobre atendimentos. Estados e municípios terão que tornar públicas e atualizar periodicamente todas as informações sobre o atendimento de saúde, para manter o recebimento de recursos federais do Sistema Único de Saúde (SUS). A nova regulamentação extingue o atual sistema dos relatórios de gestão, cujo conteúdo não é analisado, segundo detectou grupo de trabalho do Ministério Público Federal que analisou esses relatórios nos últimos dois anos. Essas medidas integram a reformulação do sistema de repasses de verbas federais a estados e municípios que o Ministério da Saúde deve anunciar em breve. Saúde (Ricardo Boechat) - Por ordem de Alexandre Padilha, o Ministério da Saúde retomará em abril as ações para eliminação da hanseníase. Entre 2003 e 2007, com agressiva estratégia de descentralização do diagnóstico e tratamento, o Brasil quase acabou com a doença, que tem cura. O corpo mole de algumas entidades que recebiam do governo e repasses de dinheiro de ONGs europeias atrapalhou a vitória. A meta agora é acabar com o problema até 2015. Remédios- Quatro novos medicamentos serão fabricados no país a partir de parcerias entre empresas públicas e privadas articuladas pelo Ministério da Saúde. Vão auxiliar no tratamentos de doença de Parkinson, da AIDS, da artrite reumatoide e da doença de Croh. O acordo entre o governo federal e a indústria farmacêutica foi patrocinado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Brasília. Polêmica na área de Saúde- Portaria publicada ontem no Diário Oficial limita o número de matrículas profissionais de médicos tanto em estabelecimentos públicos quanto nos privados, com o fim de evitar fraudes no Sistema Único de Saúde (SUS). A classe médica, porém, antecipou que questionará na Justiça restrições que não estejam respaldadas pela Constituição. A Portaria 134 muda as regras do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Pela medida, o profissional não poderá ter mais de dois cargos ou empregos públicos, e os que atuam no Programa Saúde da Família (PSF) ficam proibidos de manter cadastros em mais de uma equipe. As inscrições de médicos também serão bloqueadas, caso estejam matriculados em mais de cinco unidades privadas, sem justificativa expressa. Tabagismo pode causar infertilidade em mulheres e homens- O cigarro afeta a formação de espermatozóides e óvulos. O cigarro contém mais de mil diferentes componentes e a maioria faz mal à saúde. Grande parte das consequências relacionadas ao fumo está relacionada a problemas cardiovasculares e respiratórios. Além disso, vários estudos apontam que ele está relacionado à queda da fertilidade, tanto nos homens como nas mulheres. Pacientes que fumavam e pararam de fumar durante o tratamento se beneficiaram com aumento da chance de sucesso nos tratamentos de reprodução humana assistida. Droga para calvície provoca disfunção sexual prolongada- A finasterida, droga mais usada contra a calvície, pode reduzir a libido e causar impotência mesmo após a suspensão do uso, segundo estudo da Universidade George Washington, nos EUA. A pesquisa avaliou 71 homens entre 21 e 46 anos que se queixavam das reações. Segundo os autores do trabalho, publicado no "Journal of Sexual Medicine", os efeitos colaterais persistiam por 40 meses após a interrupção do tratamento, em média. Foram observados impotência e perda da libido até seis anos após o uso, em um quinto dos pesquisados. Para o endocrinologista Michael Irwig, um dos autores, os homens devem estar cientes do risco. "O estudo deve mudar a forma como médicos conversam com pacientes sobre a medicação." Estudo vai descobrir por que populações vulneráveis não fazem o teste de HIV- Descobrir o motivo de populações vulneráveis não fazerem o teste de aids é o principal objetivo do estudo População vulnerável face ao teste anti-HIV no Brasil. Respostas institucionais e experiências individuais em Fortaleza, realizado por meio da cooperação Brasil - França. Conduzido pela médica epidemiologista Ligia Kerr e pelo antropólogo Carl Kendall, a pesquisa busca conhecer os fatores que incentivam e embarreiram a testagem de profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens. Até o momento, foram realizadas 40 entrevistas qualitativas. A pesquisadora pode adiantar que a falta de informação sobre os locais que realizam o exame para aids está entre as principais causas da baixa testagem, apesar de 60 de 94 unidades de saúde oferecerem os exames. “Outros não fazem o teste porque não querem saber se tem HIV. E ainda, mais de 50% das pessoas com mais de 50 anos chegam aos serviços muito tarde, após o início dos sintomas”, comentou Ligia. Com o estudo, será possível aprimorar as campanhas de prevenção. “Muitas vezes uma informação simples, como os endereços das unidades de saúde não está disponível”, alertou Ligia.
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