07-01-2011 ////////
Palco Social
Por Ernesto Piccolo e Rogério Blat
O projeto Palco Social começou por acaso, pois seu início tinha um foco comercial: um curso de teatro para alunos pagantes da zona sul. O tema escolhido para o desenvolvimento do espetáculo – o movimento funk – mudou o rumo do trabalho, pela quantidade de pessoas atraídas pelo tema e sem condições de pagar. Quando vimos, tínhamos 90% de alunos bolsistas e o pequeno espaço de ensaios não suportava a abundância de participantes.
Fomos convidados pela artista plástica Tereza Miranda e pela produtora Dadá Maia a desenvolver o projeto no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, onde permanecemos por oito anos e de onde fomos retirados por (des)interesses políticos. Sempre desenvolvemos um processo criativo livre que se tornou a marca de nossas peças e teve a ferocidade ampliada continuamente. Temas polêmicos se transformam em peças que discutem os incômodos sociais, longe de maniqueísmos e lições de moral redutoras. Ao contrário, sempre tivemos a oportunidade de chutar o pau da barraca através do humor e da música, incentivando a população – sem restrição de idade ou condição social – a se expressar através do teatro.
Formamos profissionais em diversas áreas técnicas e de criação que já se inseriram no mercado de trabalho. Fazemos um revezamento anual com as turmas de adolescentes e adultos (de 14 em diante) e das crianças (de quatro até 13 anos). Em 2011 apresentaremos o nosso novo espetáculo infantil “O Circo Chegou” – uma parceria com o Crescer e Viver – que nos acolhe a dois anos em suas instalações.
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